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[[Ficheiro:Tetralogie-montpellier1.jpg|120px|thumb|right|Gêmeos [http://es.wikipedia.org/wiki/Policefalia dicéfalos] do Museu de Anatomia de [[Montpellier]]]]
A '''teratologia''' (do [[língua grega|grego]] ''teratos'' = "monstro" + ''logos'' = "estudo") é
Um agente teratogênico é definido como qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou função da descendência (Dicke, 1989).
Anomalias congênitas, defeitos congênitos e malformações congênitas são termos normalmente usados para descrever distúrbios do desenvolvimento presentes ao nascimento. Os defeitos de nascença (congênitos) são a maior causa de mortalidade infantil e podem ser estruturais, funcionais, metabólicos, comportamentais ou hereditários.
Uma anomalia congênita é qualquer tipo de anormalidade estrutural: entretanto, nem todas as variações do desenvolvimento são anomalias. As variações anatômicas são comuns: por exemplo, os ossos variam entre si não apenas na sua forma básica, mas em pequenos detalhes da estrutura da superfície. As anomalias congênitas são de quatro tipos clinicamente significantes: malformação, perturbação, deformação e displasia.
As causas das anomalias congênitas são divididas em:
a) Fatores genéticos (gênicos e cromossômicos)
b) Fatores ambientais
Os fatores genéticos gênicos são aqueles que passam de pai para filho e são ditos hereditários (ex: Polidactilia), enquanto que os genéticos cromossômicos se referem ao número ou estrutura anormais dos cromossomos da espécie (ex: Síndrome de Down). Os fatores ambientais compreendem os vírus que determinam as infecções (ex: vírus da Rubéola), drogas (ex: álcool, tabaco, antibióticos) e radiações (ex: raios X).
No entanto, muitas anomalias congênitas comuns são causadas por fatores genéticos e ambientais atuando em conjunto – a herança multifatorial.
Na maioria das anomalias congênitas as causas são desconhecidas.
==Períodos de gestação==▼
Causas: vulnerabilidades fetais genéticas (ameaças internas) e/ou ameaças ambientais (ameaças externas).
Ameaças internas - Distúrbios Genéticos e Cromossômicos: Duas causas principais:*Número inusual de cromossomos; *Gene (ou conjunto de genes) defeituosos)
Princípios Básicos das ameaças externas:
* As partes do corpo não se desenvolvem todas ao mesmo tempo.
* Existem períodos cruciais (críticos) para cada parte do corpo. Período sensível de desenvolvimento dos orgãos.
▲==Períodos de gestação==
O efeito de substâncias teratógenas sobre um [[feto]] é altamente suceptível à fase embrionária de [[gravidez|gestação]]:
*''Primeira semana do desenvolvimento:'' não é suscetível à ação de agentes teratogênicos, pois as células reguladoras têm capacidade [[totipotência|totipotente]];
*''2ªsemana do desenvolvimento'': é um período crítico, que vai da [[gastrulação]] à [[neurulação]], a ação de um agente teratológico pode matar o [[embrião]].
*''3ª a 8ª semana do desenvolvimento'': corresponde ao período embrionário - formação de [[Órgão (anatomia)|órgãos]] - período altamente suscetível a ação de agentes teratológicos que causam malformações nas estruturas. Os teratógenos tem maior probabilidade de causar danos estruturais durante o período embrionário.
'''ANOMALIAS CAUSADAS POR FATORES AMBIENTAIS'''
Apesar do embrião humano estar bem protegido no útero, certos agentes ambientais – os teratógenos –podem causar perturbações do desenvolvimento após a exposição materna a eles. Um teratógeno é qualquer agente que possa produzir uma anomalia congênita ou elevar a incidência de uma anomalia na população (Persaud, 1990; Kliegman, 1996). Fatores ambientais, como infecções e drogas, podem simular condições genéticas, como ocorre quando duas ou mais crianças de genitores normais são afetadas. Os órgãos e as partes de um embrião são mais sensíveis aos agentes teratogênicos durante os períodos de diferenciação rápida.
Os fatores ambientais causam de 7 a 10% das anomalias congênitas. Os teratógenos não parecem ser eficazes em causar anomalias antes do início da diferenciação celular; entretanto, sua ação precoce pode causar a morte do embrião, como, por exemplo, durante as primeiras duas semanas do desenvolvimento. Os mecanismos exatos pelos quais drogas, substâncias químicas e outros fatores ambientais perturbam o desenvolvimento embrionário e induzem anormalidades ainda permanecem obscuros.
Muitos estudos mostraram que certas influências hereditárias e ambientais podem afetar adversamente o desenvolvimento embrionário alterando processos fundamentais, como o compartimento intracelular, a superfície da célula, a matriz extracelular e o ambiente fetal. Nenhuma hipótese fundamental explica os mecanismos subjacentes (Persaud et al., 1985). Sugeriu-se que a resposta celular inicial pode assumir mais de uma forma, resultando em seqüências diferentes de alterações celulares. Finalmente, estes tipos diferentes de lesão patológica possivelmente levariam ao defeito final através de uma via comum (Beckman e Brent, 1984).
Princípios básicos em Teratogênese
Três princípios básicos têm de ser considerados quando se considera a teratogenicidade de um agente como uma droga ou substância química.
a) Os períodos críticos do desenvolvimento
b) A dose da droga ou da substância química
c) O genótipo do embrião
==Exemplos de agentes teratógenos biológicos==
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*'''[[AIDS]]''' - causa malformações crânio-faciais e retardo no crescimento intra-uterino
*'''[[Sífilis]]''' - surdez, hidrocefalia, retardo mental, dentes e ossos anormais
*'''[[Vírus Herpes Simplex]]''' - Há relatos mostrando que a infecção materna pelo vírus herpes simples (HSV), no início da gestação, aumenta três vezes a proporção de abortamentos, enquanto a infecção após a 20ª semana está associada a uma proporção mais alta de prematuros. A infecção do feto pelo HSV usualmente ocorre ao final da gravidez, provavelmente com maior freqüência durante o parto. As anormalidades congênitas que foram observadas nos recém-nascidos incluem lesões cutâneas típicas e, em alguns casos, microcefalia, microftalmia, espasticidade, displasia retiniana e retardo mental.
==Exemplos de teratógenos químicos==
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==Referências==
*PERSAUD, Moore. Embriologia Básica. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 453 p.
GOLDMAN, Lee; BENNETT, J. Claude. Tratado de Medicina Interna. 21.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. Volume 1. 1266 p.
*DAMASCENO, DÉBORA CRISTINA et al . Effect of acetylsalicylic acid on the reproductive performance and on offspring from wistar rats. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 48, n. 4, 2002. Disponível [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400036&lng=en&nrm=iso online]. Acesso em: 19 Mar 2007. Pré-publicação. doi: 10.1590/S0104-42302002000400036
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