Miafisismo: diferenças entre revisões

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O termo "miafisismo" surgiu como uma resposta ao [[nestorianismo]]. Como este tem as suas raízes na [[Escola de Antioquia|tradição antioqueana]] e era contraposta à [[Escola de Alexandria|tradição alexandrina]], cristãos na [[Síria (província romana)|Síria]] e [[Egito (província romana)|Egito]] que queriam se distanciar dos extremos do nestorianismo e desejam manter íntegra a sua posição teológica adotaram este termo para expressar sua posição.
 
A teologia do miafisismo é baseada no entendimento da natureza ({{lang-gr|{{politônico|φύσις}}}} - ''[[physis]]'') de [[Cristo]]: divina e humana. Após navegar entre as doutrinas do [[docetismo]] (que afirmava que Cristo apenas "parecia ser" humano) e o [[adocionismo]] (que Cristo era um homem que foi escolhido por Deus), a Igreja começou a explorar o mistério da natureza de Cristo com mais profundidade. Dois pontos de vista em particular causaram controvérsia:
* [[Nestorianismo]], que estressavaressaltava a distinção entre o divino e o humano em Cristo de tal forma que parecia que eraserem duas pessoas vivendo num mesmo corpo. Este ponto de vista foi condenado no [[Primeiro Concílio de Éfeso]], provocando o [[cisma]] com a [[Igreja Assíria do Oriente]].
* [[Eutiquianismo]], que por sua vez estressavasalientava a unidade das naturezas de Cristo de tal forma que a divindade consumia completamente a sua humanidade, como um oceano consome um copo de vinagre. Esta visão foi condenada no [[Concílio de Calcedônia]].
 
Em resposta ao eutiquianismo, este segundo concílio adotou o [[diafisismo]], que claramente distingue entre "pessoa" e "natureza", afirmando que Cristo é uma pessoa em duas naturezas, mas enfatiza que as naturezas são "sem confusão, sem mudança, sem divisão e sem separação".