Floresta portuguesa: diferenças entre revisões

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Celso Figueira (discussão | contribs)
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==== Para uso da matéria-prima ====
A sobre-exploração da matéria-prima proveniente de certas espécies (como é o caso da [[madeira]] no [[pinheiro-bravo]]), para consecutiva utilização na [[indústria]], é um dos principais motivos da [[desflorestação]].
A sobre-exploração da matéria-prima proveniente de certas espécies (como é o caso da [[madeira]] no [[pinheiro-bravo]]), para consecutiva utilização na [[indústria]], é um dos motivos da [[desflorestação]], no entanto é mínima em relação à indústria do papel. Esta sim é a responsável pela monocultura intensiva do eucalipto em Portugal, com períodos de rotação muito curtos (6 a nove anos), e talvez pela maioria dos incêndios em Portugal. Após um incêndio, o que geralmente é plantado são eucaliptais, sobretudo perto de zonas onde já haja uma fábrica de celucose. São fornecidos subsídios europeus para tranformar terrenos agrícolas, com pomares, com vinha e com floresta autóctone em eucaliptais. Infelizmente no fim da lista para subsidiar a florestação de árvores supostamente de crescimento lento e autóctones, vem o eucalipto...e o problema dos incêndios também se justifica aqui, pois uma árvore queimada dá à mesma para papel, só que a fábrica paga menos de metade do preço. Desta forma os incêndios em Portugal são na maioria de origem criminosa.
A eucaliptalização de Portugal é um problema ambiental: aumento dos incêndios, perda de biodiversidade vegetal e animal, aumento das pragas, períodos de rotação muito curtos, práticas de plantio muito destruidoras (com mobilizações de solo), aumento da erosão dos solos e perda de nutrientes, grande consumo de água, seca de algumas fontes. O eucalipto é uma árvore extremamente competitiva, o "perfume" do eucalipto não é mais que poderosos herbicidas naturais nas suas folhas que quando caiem não deixam que haja subcoberto. O seucalitpo também não "dá bolota", não existem animais na nossa fauna que se alimentem de eucalipto e toda a cadeia é prejudicada, os animais vêm-se obrigados a ir para as poucas zonas agrícolas onde não são bem vindos pelo homem.
Com a redução das zonas agrícolas, que mantém o homem ligado à terra, a monocultura do eucalipto implica um novo problema: uma problema social, pois o homem quando planta um eucaliptal tem de ter outro emprego e abandona a terra e vai para as cidades. Desta forma assistimos à perda da sabedoria de trabalhar a terra, o pomar, a vinha e os filhos dos agricultores vão para as cidades, perdem a ligação à terra, aos saberes. Assistimos portanto a uma desertificação vegetal, animal , humana e cultural. Nas cidades aumenta o desemprego. E voltamos a um outro problema, o económico.
A Espanha e a França à muito perceberam que a agricultura dá dinheiro, pelo menos duas vezes por ano, e enchem os nossos mercados com os seu produtos que aniquilam a nossa agriultura, pois não há escoamento de produtos. Estes vêm bem de longe, com um gasto em combustíveis fósseis irracional. E nos nossos pomares a maçâ cai no chão, ninguém a apanha, e mais tarde ou mais cedo é transformada em eucaliptal. Em Portugal a região do Bombarral "é o pomar" de Portugal. A pêra rocha é a única espécie que ainda não é plantada na Europa e por isso é a única que tem escoamento. Por uma palete de pêras pagam aos nossos agricultores apenas 14 cêntimos... o que já "não dá lucro", então a maçã essa nem a apanham. Em contrapartida somos os mais prolíferos da Europa numa das indústrias mais poluentes e destruidoras, que eles não querem, a indústria da celulose. Esta só dá lucro 1 vez de nove em nove anos, quando não é destruída por mais um incêndio, mas nós continuamos a plantar eucalipto e somos subsidiados para tal. Para além dos problemas ambientais desta indústria, é toda uma paisagem, uma sociedade e identidade cultural que é destruída. Paremos então um pouco para repensar a nossa economia, e quando formos a um supermercado devemos comprar produtos portugueses e ir a supermercados portugueses, depois não nos podemos queixar da falta de emprego, da redução dos nossos salários, da crise... se nós próprios a fomentamos.
 
==== Para uso agrícola ====
As [[árvore]]s são incendiadas ou cortadas para ocupação [[agrícola]], mesmo quando esses terrenos não são adequados para a [[agricultura]]mas sobretudo para a pastorícia, nas zonas de serra.
 
Durante o Estado Novo, proliferaram asAs monoculturas de [[cereais]] e outras plantas, para uso humano ou animal, que são completamente artificiais, uma vez que resultam da destruição da [[floresta]] (ecossistema natural), no entanto os eucaliptais também são monoculturas destruidoras.
 
=== Introdução de eucaliptos e pinheiros-bravos ===
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Ao reagirem com a [[água]], estes gases formam os ácidos sulfúrico e nítrico, substâncias causadoras de grandes alterações biológicas na [[floresta]].
 
Devido às [[chuva]]s [[ácida]]s, morrem lotes inteiros de plantas, enquanto outras nem sequer chegam a desenvolver-se. Muitas vezes a chuva ácida não é a causa directa da morte dos seres vivos, mas enfraquece de tal forma as plantas que estas morrem atacadas por insectos e fungos ou derrubadas pelo [[vento]]. As plantas coníferas e decíduas são as mais afectadas. Em Protugal este problema não é muito significativo, sendo um grave problema sim na Europa (e América) do Norte, Países onde a indústria da madeira com coníferas é muito importante.
 
== Implicações da destruição das nossas florestas ==
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A nível ambiental, o declínio florestal em [[Portugal]] diminui a biodiversidade, pondo algumas espécies em perigo e levando a que outras desapareçam por completo do nosso país.
 
As áreas que sofreram desflorestação rapidamente se tornam áridas, impedindo que as espécies nativas se ''reinstalem'' na região, dando lugar a vegetação de baixo porte ou à propagação de espécies de crescimento rápido e infestantes, como é o caso do eucalipto e da acácia.
 
Por fim, a emissão de dióxido de carbono será maior, e também menor será o [[dióxido de carbono]] fixado pelas plantas e no solo, já que não existirão plantas para fazer a remoção do [[dióxido de carbono]] da atmosfera para a [[floresta]].