Guelfos e gibelinos: diferenças entre revisões

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[[File:Friedrich-barbarossa-und-soehne-welfenchronik 1-1000x1540.jpg|thumb|[[Frederico I, Sacro Imperador Romano-Germânico|Federico Barba-roxa]], e seu filho [[Henrique VI da Germânia|Henrique VI]] e o Duque [[Frederico III, Sacro Imperador Romano-Germânico|FedericoFrederico V]], ilustração da ''Crônica dos guelfos''.]]
 
Os '''Guelfos''' e os '''Gibelinos''' constituíam facções políticas[[política]]s que, a partir do [[século XII]], estiveram em luta na [[Itália]], especialmente em [[FlorençaRepública Florentina]]. Os conflitos se intensificaram sobretudo a partir do [[século XIII]].
[[File:Guelf c12.jpg|thumb|left|250px|Possessões dos Guelfos no tempo de [[ Henrique, o Leão]] (séculoo XII).]]
==Antecedentes==
Na origem tratava-se de uma disputa entre os partidários do [[Papapapa]]do (os guelfos) e os partidários do [[Sacro Império Romano -Germânico|Império]] (os gibelinos).
 
As denominações "guelfos" e "gibelinos" originaram-se após a morte de [[Henrique V, Sacro Imperador Romano-Germânico]] ([[1125]]), sem deixar herdeiros diretos. Criou-se, então, um conflito na disputa pela sucessão do [[Sacro Império Romano Germânico|Sacro Império]]. Os guelfos e o [[Papapapa]] apoiavam os [[Casa de Wittelsbach|Wittelsbach]], a [[casa real]] da [[Reino da Baviera|Baviera]] e [[Saxônia]] dos Welfen (de onde provém a palavra guelfo), enquanto os gibelinos eram partidários da casa da [[Suábia]] dos [[Hohenstaufen]], senhores do castelo de Waiblingen (de onde provém a palavra gibelino).
[[File:Guelfi e ghibellini.jpg|thumb|240px|Famílias guelfas e gibelinas de [[Asti]] (Italia).]]
No interior das cidades, a mesma dicotomia se reproduziu, mas acabou perdendo o significado tradicional da luta politica entre o Papadopapado e Impériosacro império, para transformar-se em luta entre as facções da população, pelo domínio da cidade. Para aumentar sua força, as cidades, tanto guelfas quanto gibelinas, reuniam-se em ligas opostas.
[[File:Castello di Fenis torri.jpg|thumb|240px|Castelo de [[Fénis]], com seu [[Merlão]] ''gibelino''.]]
Assim, a partir da segunda metade do século XIII, a cidade guelfa de [[Florença]] combateu a liga gibelina formada pelas cidades [[toscana]]s de [[Arezzo]], [[Siena]], [[Pistoia]], [[Lucca]] e [[Pisa]]. Foi um longo conflito, cujos momentos mais dramáticos foram as batalhas de Montaperti ([[1260]]) e de Altopascio [[1325]]. Na segunda metade do século XIII, após a batalha de Benevento [[1266]] houve, nas cidades gibelinas, uma verdadeira crise quando perderam o seu maior apoio - a dinastia suábia. Essa crise teve início com [[Frederico Barbarossa]] para concluir-se com as derrotas de Corradino e Manfredi da Sicília, entre [[1266]] e [[1268]].
 
Disso resultou o fortalecimento dos guelfos, que predominaram na [[Península Itálica]], apoiados militarmente tanto pelo Rei[[rei de Nápoles]], [[Carlos I|Carlos I da Sicília]], como pelos vários Papas. Assim, os guelfos chegam a se reapoderar de Florença, a partir de [[1269]], quando derrotam os gibelinos de Siena.
 
== Guelfos brancos e Guelfos negros ==
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Em [[1300]], na Praça da Santíssima Trindade, em Florença, explode uma batalha que marcará a clivagem definitiva entre os dois partidos. Os guelfos negros, muito próximos do Papa [[Bonifácio VIII]], levam vantagem sobre os brancos, incapazes de se defender, e [[Carlos de Valois]] ([[1270]]-[[1325]]), vindo da [[França]] para apoiar o Papa, ataca Florença sem encontrar resistência. A partir de janeiro de [[1302]], começa o exílio dos brancos, dentre os quais [[Dante Alighieri]]. [[Cante Gabrielli]] de [[Gubbio]] reinará sobre a cidade.
 
Segundo [[Maquiavel]] em ''[[O príncipe]],'' as disputas entre Guelfos e Gibelinos eram emanações da cidade[[república de [[Veneza]] para expandir seu poder no [[norte da Itália]].
 
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