Crise política na Bélgica em 2010–2011: diferenças entre revisões

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Desde a sua criação, a [[Bélgica]] vive numa assimetria [[economia|económica]], [[ideologia|ideológica]] e [[política]] entre o [[Flandres|Norte]] ([[língua neerlandesa|neerlandófono]]) e o [[Valónia|Sul]] ([[língua francesa|francófono]]) do país. A crise política belga é o resultado de vários acontecimentos políticos que se sucederam nestes últimos anos. As eleições gerais belgas de 13 de junho de 2010 aumentaram ainda mais o fosso entre os diferentes partidos: o [[Partido Socialista (Bélgica)|Partido Socialista]] belga, que ganhou a maioria na Valónia, opõe-se a nível ideológico à [[Nova Aliança Flamenga]], partido nacionalista flamengo de direita. Desde 4 de setembro de 2010 que os partidos políticos francófonos já não hesitam em falar de uma possível cisão do país, enquanto as negociações para a formação de um novo governo, em curso desde o mês de junho, são bloqueadas<ref>{{citar web|url=http://www.rtbf.be/info/chroniques/chronique_l-epouvantail-de-la-fin-du-pays-johanne-montay?id=5031853 |título=''L’épouvantail de la fin du pays'' |data=7 de setembro de 2010 |publicado=rtbf.be |língua=francês}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.france-info.com/monde-europe-2010-09-06-le-scenario-d-une-belgique-coupee-en-deux-gagne-du-terrain-483486-14-15.html |título=''Le scénario d’une Belgique coupée en deux gagne du terrain'' |data=6 de setembro de 2010 |publicado=france-info.com |língua=francês}}</ref>. Entretanto, o [[Governo Leterme II|governo demissionário]] de [[Yves Leterme]] continua a gerir os [[Governo dos Assuntos Correntes|Assuntos Correntes]]<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/10/separatisas-flamencos-poem-fim-a-dialogo-para-formar-governo-belga.html |título=Separatisas flamencos põem fim a diálogo para formar governo belga |data=4 de outubro de 2010 |publicado=G1 Mundo |língua=português}}</ref>.
 
Nos meses que se seguiram, os partidos continuaram com dificuldades em formar governo. Em 25 de dezembro de 2010, esta crise torna-se a mais longa na história política belga, com 195 dias sem governo<ref name="llbrecap">{{citar web |url=http://www.lalibre.be/actu/elections-2010/article/631652/la-crise-politique-la-plus-longue.html |título=''La crise politique la plus longue'' |autor=Francis Van de Woestyne |data=23 de dezembro de 2010 |publicado=La Libre Belgique |língua=francês}}</ref><ref group="nota">Nas eleições de 1987, o [[Governo Martens VIII]] ([[:fr:Gouvernement Martens VIII|fr]]) foi formado 148 dias após negociações. E em 2007, o [[Governo Verhofstadt II]] ([[:fr:Gouvernement Verhofstadt III|fr]]) prestou juramento 194 dias depois das eleições (eleições: 10 de junho de 2007; juramento: 21 de dezembro de 2007) ([http://www.lesoir.be/actualite/belgique/elections_2010/2010-12-23/la-belgique-n-a-jamais-vecu-aussi-longtemps-sans-gouvernement-810618.php ''A Bélgica nunca viveu tanto tempo sem governo''], Pierre Bouillon, Le Soir en Ligne, 24 de dezembro de 2010; [http://www.lalibre.be/actu/belgique/article/391032/l-equipe-verhofstadt-reynders.html A Equipa Verhofstadt-Reynders], V.d.W. et M. Bu., site La Libre Belgique, 20 de dezembro 2007.)</ref>
 
No dia 2 de fevereiro de 2011, enquanto as negociações para a formação de um novo governo falhavam, o [[Alberto II da Bélgica|rei Alberto II]] solicitava a Yves Leterme, ainda primeiro-ministro do Governo dos Assuntos Correntes, para estabelecer um orçamento para 2011. Ainda que a margem de manobra deste governo fosse, em teoria, reduzida desde as eleições de junho de 2010, Alberto II encorajou-o a tomar mais medidas nos domínios económico, social, financeiro e estrutural<ref>{{citar web|url=http://www.lalibre.be/actu/elections-2010/article/640238/reynders-recoit-carte-blanche.html |título=''Reynders reçoit carte blanche'' |autor=M. Co., V.d.W. e M. Bu. |data=3 de fevereiro de 2011 |publicado=La Libre Belgique}}</ref>.