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Já na [[Modernidade]], o conceito será aplicado ao intelecto, na tese [[Epistemologia|epistemológica]] que fundamenta o [[empirismo]] - vertente [[filosofia|filosófica]] do [[século XVII]], segundo a qual não existem ideias inatas, sendo que todo [[conhecimento]] se baseia em dados da experiência empírica. <ref>''Piccolo Dizionario Filosofico''.[http://digilander.libero.it/syntmentis/Filosofia/Dizionario_04.htm "Tabula rasa".]</ref>
 
O argumento da ''tabula rasa'' foi usado pelo filósofo inglês [[John Locke]] ([[1632]]-[[1704]]), considerado como o protagonista do empirismo. Locke detalhou a tese da ''tabula rasa'' em seu livro, ''[[Ensaio acerca do Entendimento Humano]]'' ([[1690]]). Para ele, todas as pessoas nascem sem conhecimento algum (i.e. a mente é, inicialmente, como uma "folha em branco"), e todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido através da [[experiência]] . Não obstante, Locke achou por bem considerar válidas as particularidades de cada indivíduo no processo de construção do saber. A partir do século XVII, o argumento da ''tabula rasa'' foi importante não apenas do ponto de vista da [[filosofia do conhecimento]], ao contestar o [[inatismo]] de [[Descartes]], mas também do ponto de vista da [[filosofia política]], ao defender que, não havendo ideias inatas, todos os homens nascem iguais. Forneceu assim a base da crítica ao [[absolutismo]] e da contestação do poder como um [[direito divino dos reis|direito divino]] ou como atributo inato.<ref> LOCKE, John [http://books.google.com/books?id=aZU_N1J5buUC&printsec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false ''Political writings'']. David Wootton (org), p. 247. Indianapolis: Hackett Publishing, 1993.</ref>
 
A teoria da ''tabula rasa'' também fundamenta uma outra corrente da [[filosofia]] e da [[psicologia]], o [[behaviorismo]] clássico. O behaviorismo atual, que é o [[behaviorismo radical]], não se baseia na ''tabula rasa''.