Hipótese Curgã: diferenças entre revisões

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[[Frederik Kortlandt]] (lingüística comparativa, Universidade de Leiden) propõe uma revisão da hipótese Kurgan.<ref>Frederik Kortlandt-The spread of the Indo-Europeans (''A dispersão dos indo-europeus''), 2002,[http://www.kortlandt.nl/publications/art111e.pdf]</ref> Ele afirma que a principal objeção que pode ser levantada contra o método de Gimbutas <ref>e.g. 1985: 198i</ref> é que ele começa a partir de evidências arqueológicas e busca uma interpretação lingüística. A partir da evidência lingüística e tentado encaixar as peças em um conjunto coerente, ele chega ao seguinte quadro: o território da cultura Sredny Stog no leste da Ucrânia é o candidato mais convincente para a terra natal original do indo-europeu. Os indo-europeus que ficaram após as migrações para oeste, leste e sul (como descrito por Mallory<ref>J.P.Mallory, In search of the Indo-Europeans: Language, archaeology and myth (''Em busca dos indo-europeus: Língua, arqueologia e mito''). Londres: Thames and Hudson, 1989.</ref>) tornaram-se falantes de balto-eslávico, enquanto os falantes das outras línguas ''satem'' teriam sido conduzidos para o horizonte Yamna, e os indo-europeus ocidentais para o horizonte da cerâmica cordada. Voltando aos bálticos e eslavos, seus ancestrais deveriam ser correlacionados com a cultura do Médio Dnieper. Então, segundo Mallory <ref>Mallory pp. 1197</ref> e assumindo que a origem dessa cultura seja procurada nas culturas Sredny Stog, Yamna e Cucuteni, ele propõe que o curso destes eventos corresponde ao desenvolvimento de uma língua ''satem'' que foi retirada da esfera indo-européia ocidental de influência.
 
De acordo com Frederik Kortlandt, parece haver uma tendência geral para datar proto-línguas muito distante no passado, mais do que seja justificável pela evidência lingüística. No entanto, se o indo-hitita e o indo-europeu pudessem ser correlacionados com o começo e o fim da cultura Sredny Stog, respectivamente, ele afirma que as evidências lingüísticas a partir da família indo-européia completa não nos conduz além da terra natal secundária de Gimbutas, de modo que a [[cultura Khvalynsk]] no médio Volga e a cultura Maykop no norte do Cáucaso não podem ser identificadas com os indo-europeus. Qualquer proposta que vá além da cultura Sredny Stog deve começar a partir de possíveis afinidades do indo-europeu com outras famílias de línguas. Levando em conta a similaridade tipológica do proto-indo-europeu com as línguas caucasianas do noroeste e assumindo que essa similaridade pode ser atribuída a fatores regionais, Frederik Kortlandt considera o indo-europeu um ramo do uralo-altaico que foi transformado sob a influência do [[Estrato (linguística)|substrato]] caucasiano. Tais eventos seriam apoiados por evidências arqueológicas e localiza os mais antigos ancestrais dos falantes de proto-indo-europeu ao norte do [[mar Cáspio]] no [[sétimo milênio a.C.]]<ref>Mallory 1989: 192f</ref>, essencialmente de acordo com a teoria de Gimbutas.
 
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[[Categoria:Indo-europeus]]
[[Categoria:Linguística histórica]]
 
[[bg:Курганна култура]]