Crise de Suez: diferenças entre revisões

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[[File:1956-07-30 Suez Canal Seized.ogv|thumb|left|Nasser anuncia a nacionalização do canal, em [[30 de julho]] de 1956.]]
 
Em 1956, o [[nacionalismo, a [[guerra fria]] e o [[conflito árabe-israelense]] estiveram reunidos como fatores de um curto e violento conflito nas regiões egípcias do [[Canal de Suez]] e da [[Península do Sinai]]. O [[Egito]] e outras nações árabes ganharam há pouco tempo a independência completa dos impérios controlados por potências europeias como [[Grã-Bretanha]] e [[França]]. Estas nações jovens com culturas antigas e histórias se esforçaram para ganhar suficiência econômica e militar e para valer os seus direitos políticos como povos livres. A luta da Guerra Fria entre o Ocidente na sua maioria democrática e capitalista contra o Oriente comunista dominado pela [[União Soviética]] e na [[China]] tanto ajudou e impediu os objetivos nacionalistas de muitos países africanos e asiáticos. Por exemplo, o Egito procurou ajuda externa na construção do projeto da Barragem de [[Aswan]], que passaria a controlar o selvagem [[rio Nilo]]. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, os principais intervenientes no Ocidente, se recusaram a ajudar o Egito por causa de seus laços políticos e militares para a União Soviética. Os soviéticos apressaram em ansiosamente para ajudar o Egito. Após isso, o Egito passou a ser considerado um amigo dos soviéticos, e uma nação não muito amigável para o Ocidente. Desta forma, a Guerra Fria afetou a jovem nação do Egito e suas relações com o resto do mundo. O conflito árabe-israelense começou em 1948 e levou Egito e Israel a serem inimigos até 1979. A segunda guerra entre esses vizinhos do Oriente Médio teve lugar em 1956.
No desenrolar do conflito, Israel ocupou a [[península do Sinai]] e assumiu o controle do [[Golfo de Aqaba]], reabrindo o porto de Eilat. Os egípcios foram militarmente derrotados, mas os [[Estados Unidos da América]] e a [[União Soviética]] interferiram, e, em [[1957]], obrigaram os três países a se retirarem dos territórios ocupados sob a supervisão das tropas das [[Nações Unidas]].
 
Como parte da agenda nacionalista, o presidente egípcio [[Nasser]] tomou controle do Canal de Suez tomando-o das empresas britânicas e francesas, que o possuiam. Ao mesmo tempo, como parte de sua luta permanente com Israel, forças egípcias bloquearam o [[Estreito de Tiran]], a hidrovia estreita que é a única saída de Israel ao [[Mar Vermelho]]. Israel e Egito se enfrentaram várias vezes desde a guerra de 1948, tendo o Egito permitido e incentivado grupos de [[combatentes palestinos]] para atacar Israel a partir de território egípcio. Em resposta, as forças israelenses constantemente atacavam a fronteira, em retaliação. Grã-Bretanha e França, ambos em processo de perder os seus seculares impérios, decidiram, em uma estratégia conjunta, a ocupação do Canal de Suez. Isto teve como objetivo reafirmar o controle dessa hidrovia vital para as empresas britânicas e francesas expulsas pela nacionalização realizada por Nasser. Por sugestão da França, o planejamento foi coordenado com Israel, um fato que todas as três nações negaram por anos depois.
 
Em 29 de outubro de 1956, tropas israelenses invadiram a Península do Sinai e rapidamente superou a oposição das tropas egípcias. No dia seguinte, a Grã-Bretanha e França, se ofereceram para ocupar temporariamente a [[Zona do Canal e sugeriu uma zona de 10 milhas em cada lado que iria separar as forças egípcias dos israelenses. Nasser, é claro, recusou, e em 31 de outubro, o Egito foi atacado e invadido por forças militares da Grã-Bretanha e França. Em resposta a estes desenvolvimentos, a União Soviética, que na época estava a impiedosamente suprimir uma [[revolta anti-comunista na Hungria]], ameaçou intervir em nome do Egito. O presidente Eisenhower dos Estados Unidos pressionou a Grã-Bretanha, França e Israel a concordar com um cessar-fogo e eventual retirada do Egito. Os Estados Unidos, pegos de surpresa pelas duas invasões, estava mais preocupado com a guerra soviética na Hungria e na Guerra Fria do que com a Grã-Bretanha e da França envolvendo relações de Suez. A última coisa que o presidente Eisenhower queria era uma guerra mais ampla sobre Suez. A guerra em si durou apenas uma semana, e as forças invasoras foram retiradas em um mês, sob a supervisão das tropas das [[Nações Unidas]]. Como resultado, o Egito agora firmemente alinhado-se com a União Soviética, que armou Egito e outras nações árabes para a luta contínua contra Israel.
 
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