Giacomo Quarenghi: diferenças entre revisões

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[[ImageFicheiro:Kvarengi.jpg|thumb|Giacomo Quarenghi]]
[[ImageFicheiro:Quarenghi_smolny.jpg|thumb|Projeto do Instituto Smolny]]
[[Ficheiro:Sobornaya.jpg|thumb|275px|[[Praça das Catedrais]], pintura de Quarenghi em 1797.]]
 
'''Giacomo Quarenghi''' ([[Rota d'Imagna]], 20 ou 21 de setembro de 1744 - [[São Petersburgo]], 1 de março de 1817) foi o mais importante [[arquiteto]] [[Itália|italiano]] da tendência [[Palladianismo|palladiana]] a trabalhar na [[Rússia]].
 
Nasceu em família nobre e foi destinado a ou estudar [[Direito]] ou entrar para a [[Igreja Católica]], mas foi-lhe permitido estudar [[pintura]] com G. Reggi em [[Bergamo]], que fora aluno de [[Tiepolo]]. Recebeu educação esmerada e viajou muito pela Itália. Visitou os [[templo grego|templos gregos]] em [[Paestum]] e chegou em [[Roma]] em 1763. Ali estudou pintura com [[Anton Raphael Mengs]] e [[Stefano Pozzi]], mas então passou a se dedicar à [[arquitetura]]. Inscreveu-se como aluno de Derizet e Posi, que pouco o impressionaram, mas, ao ler uma recente edição do ''L'Archiettura'', de [[Palladio]], queimou todos os seus desenhos e estudos anteriores, e acorreu às ruinasruínas onde poderia ''"aprender a boa e perfeita escola"''. Em 1768 os monges [[beneditino]]s de [[Subiaco]] encomendaram um projeto de reforma da Igreja de Santa Escolástica a ele, iniciado em 1770. O prédio medieval foi inteiramente refeito em um estilo austero, diretamente derivado de Palladio. Mas quando o edifício foi aberto a uma inspeção em 1773, ainda incompleto, não suscitou nenhum entusiasmo no [[Papa Pio VI|cardeal Braschi]], o patrono das obras. Logo em seguida Braschi foi eleito papa, e Quarenghi percebeu que sua carreira não teria futuro na Itália. Em 1779 abriu-se uma oportunidade quando o embaixador russo visitou o país em busca de arquitetos para trabalharem para [[Catarina, a Grande]]. Aceito, partiu imediatamente para [[São Petersburgo]], tornando-se o arquiteto favorito da imperatriz.<ref name="Kirk">Kirk, Terry. [http://books.google.com/books?id=kOF3oLtH1ugC&pg=PA59&dq=palladio+quarenghi&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as_brr=3&hl=pt-BR#v=onepage&q=palladio%20quarenghi&f=false ''The architecture of modern Italy'']. Volume 1 de ''The challenge of tradition, 1750-1900'' [electronic resource]. Princeton Architectural Press, 2005. pp. 59-61</ref>
 
Ali chegando, conheceu a produção do francês [[Claude-Nicolas Ledoux]], pela qual se interessou grandemente, e que o auxiliou a aperfeiçoar seu próprio estilo. Tornou-se o autor de pelo menos dezenove grandes projetos, entre academias, teatros, palácios e outras edificações, que fizeram de São Petersburgo o mais importante centro do [[palladianismo]] no norte da Europa. Entre os mais notáveis estão o Teatro do Hermitage, o Palácio do Parque Inglês, o Banco do Estado, o Instituto Smolny e o Mercado dos Arcos, além de numerosas ''villas'' para a nobreza. Trabalhou na Rússia até depois da morte da imperatriz, e foi o inspirador de uma onda revivalista clássico-palladiana no final do século XIX, quando foi estilo de eleição na construção de prédios para bancos, uma tendência liderada por [[Viktor Schreter]].<ref name="Kirk"/><ref name="Kirikov">Kirikov, Boris. [http://books.google.com/books?id=F8e7y4V-cvUC&pg=PA125&dq=palladianism&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as_brr=3&hl=pt-BR#v=onepage&q=quarenghi&f=false ''The Architecture of Petersburg Banks'']. In Ananich, Boris; Brumfield, William & Petrov, Yuri. ''Commerce in Russian urban culture: 1861-1914''. Woodrow Wilson Center Press, 2001. p. 112-126</ref>
 
Com a ascensão de [[Paulo I da Rússia|Paulo I]] ao trono, que detestava tudo o que se relacionava com sua mãe, Quarenghi caiu em desfavor. Entrando na [[Ordem de Malta]] tornou-se o seu arquiteto oficial, mas suas encomendas permaneceram escassas, além de seu estilo estar saindo de moda. Então partiu para a Itália, onde foi recebido em triunfo, e passou a pintar [[aquarela]]s com ''vedute'' de cenários arquitetônicos. Também publicou livros com projetos arquitetônicos palladianos e criou desenhos para elementos decorativos. Sucedendo Paulo I, subiu ao trono russo [[Alexandre I da Rússia|Alexandre I]], que voltou a prestigiá-lo. Tornou-se membro correspondente da [[Academia de Artes da Rússia|Academia Imperial]], mas seu projeto para a colunata do [[Palácio Anichkov]] recebeu severas críticas. Mesmo assim foi nobilitado pelo imperador e recebeu a [[Ordem de São Vladimir]] de Primeira Classe em 1814. Depois de 1804 retirou-se da cena pública, ainda considerado uma celebridade. Teve treze filhos em dois casamentos. Alguns permaneceram na Rússia e outros se mudaram para a Itália. No sesquicentenáriocentésimo-quinquagésimo de sua morte foi-lhe erguido um busto em São PeterburgoPetersburgo.
 
==Ver também==