Asterismo (astronomia): diferenças entre revisões

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Na [[astronomia]], um '''asterismo''' é um padrão reconhecível de [[estrela]]s no céu noturno da Terra. Ele pode fazer parte de uma [[constelação]] oficial ou ser composto por estrelas de mais de uma constelação. Como as constelações, os asterismos, em sua maioria, são compostos por estrelas que, embora estejam visíveis na mesma direção geral, não são fisicamente relacionadas e estão a distâncias da Terra significativamente diferentes. As formas geralmente simples e o pequeno número de estrelas fazem esses padrões facilmente identificáveis e, portanto, bastante úteis para aqueles aprendendo a se familiarizar com o céu noturno.
É um grupo de [[estrela]]s semelhante a uma [[constelação]] que pode ser parte de uma constelação (como as [[Três Marias (Astronomia)|Três Marias]], na constelação de [[Orion]]), ou antigas constelações não mais reconhecidas como tal pela [[União Astronômica Internacional]], ou ainda qualquer grupo de estrelas que tradição reconheça como uma unidade (como as [[Plêiades]], na constelação de [[Taurus|Touro]], chamadas de sete irmãs, rosário, etc).
 
==História==
Também pode ser usado, num sentido amplo, como [[sinônimo]] de constelação.
Mesmo antes do aparecimento da civilização, ficou comum agrupar várias estrelas, ligando os pontos para formar figuras. O agrupamento de estrelas em constelações é essencialmente arbitrário, e culturas diferentes definiram constelações diferentes, embora algumas das mais óbvias fossem recorrentes, como [[Orion (constelação)|Orion]] e [[Scorpius]]. Historicamente, como não existia uma lista "oficial", não havia diferença entre uma constelação e um asterismo. Qualquer um podia arranjar e nomear um agrupamento, que podia ser ou não aceito. Algumas das atuais constelações remontam aos tempos babilônicos.
Nossa lista atual se baseia na do astrônomo greco-romano [[Ptolomeu]] de Alexandria (90 - 168). Sua lista de 48 constelações foi aceita como ''a'' lista padrão por 1.800 anos. Como se considerava que as constelações eram compostas somente pelas estrelas que constituíam as figuras, era sempre possível usar as estrelas restantes para criar novos agrupamentos entre as constelações estabelecidas.
Dois astrônomos particularmente conhecidos por tentar expandir o catálogo de Ptolomeu foram [[Johann Bayer]] (1572 - 1625) e [[Nicolas Louis de Lacaille]] (1713 - 1762). Bayer relacionou uma dúzia de figuras que tinham sido sugeridas desde os tempos de Ptolomeu; Lacaille criou novos grupos, a maior parte na área próxima do Polo Sul, não observada pelos antigos. Muitas das constelações propostas foram aceitas e as outras permaneceram como asterismos, a maioria obsoleta. Foi necessária uma clarificação para determinar quais os agrupamentos eram constelações e que estrelas pertenciam a elas. A situação foi finalmente regularizada em 1930, quando a [[União Astronômica Internacional]] (UAI) dividiu o céu em [[Anexo:Lista de constelações|88 constelações oficiais]] com fronteiras precisas. Qualquer outro grupo é um asterismo.
 
*As estações indicadas aqui são para o Hemisfério Norte. Para o Hemisfério Sul, deve-se considerar a estação oposta.
[[Categoria:Astronomia estelar]]
*Quanto menor o número da [[Magnitude aparente|magnitude]] de uma estrela, mais brilhante ela é.
*Um verdadeiro [[aglomerado estelar]] (ver abaixo), cujas estrelas ''estão'' gravitacionalmente relacionadas, não é um asterismo.
==Grandes asterismos sazonais==
Por acaso, em cada uma das quatro estações, existe um grande asterismo visível próximo da meia-noite, quando observado no hemisfério norte.<ref name="aoorg">[http://astronomyonline.org/Observation/Asterisms.asp AstronomyOnline.org — the Night Sky: Asterisms]</ref> Suas estrelas componentes são brilhantes e marcam figuras geométricas simples.
 
*Primavera. Estação marcada pelo '''Diamante de Virgo''', consistindo de [[Arcturo]], [[Espiga]], Denébola e [[Cor Caroli]].<ref name="aoo4">[http://astronomyonline.org/ViewImage.asp?Cate=Home&SubCate=MP01&SubCate2=&Img=/Observation/Images/Asterisms/Asterisms4.jpg&Cpt=Big+Dipper,+Diamond+of+Virgo,+The+Sail,+Sickle,+and+Asses+and+the+Manger AstronomyOnline: Image of ''Big Dipper'', ''Diamond of Virgo'', ''The Sail'', ''Sickle'', and ''Asses'' and the ''Manger'']</ref> Uma linha leste-oeste de Arcturo a Denébola forma um triângulo equilátero com Cor Caroli para o norte, e outro com Espiga para o sul. O triângulo Arcturo - Denébola - Espiga é chamado '''Triângulo da Primavera'''.<ref name="aoo4">[http://astronomyonline.org/ViewImage.asp?Cate=Home&SubCate=MP01&SubCate2=&Img=/Observation/Images/Asterisms/Asterisms4.jpg&Cpt=Big+Dipper,+Diamond+of+Virgo,+The+Sail,+Sickle,+and+Asses+and+the+Manger AstronomyOnline: Image of ''Big Dipper'', ''Diamond of Virgo'', ''The Sail'', ''Sickle'', and ''Asses'' and the ''Manger'']</ref> Juntos, esses dois triângulos formam o Diamante. Formalmente, as estrelas do Diamante estão localizadas nas constelações de [[Boötes]], [[Virgo]], [[Leo]] e [[Canes Venatici]].
 
*Verão. O '''Triângulo do Verão''', de [[Deneb]], [[Altair (estrela)|Altair]] e [[Vega (estrela)|Vega]] — α [[Cygnus|Cygni]], α [[Aquila]]e e α [[Lyra]]e — é facilmente reconhecível, pois suas estrelas são todas de primeira magnitude.<ref name="wro">[http://www.wro.org/ras/asterism.htm Warren Rupp Observatory: Table of Asterisms]</ref> As estrelas do triângulo estão localizadas na banda da [[Via Láctea]] que marca o equador galáctico, e estão na direção do centro da galáxia.
 
*Outono. O grande '''Quadrado de [[Pegasus]]''' é o quadrilátero formado pelas estrelas [[Alpha Pegasi|α Pegasi]], [[Beta Pegasi|β Pegasi]], γ Pegasi e [[Alpha Andromedae|α Andromedae]], representando o corpo do cavalo alado.<ref name="aoo2">[http://astronomyonline.org/ViewImage.asp?Cate=Home&SubCate=MP01&SubCate2=&Img=/Observation/Images/Asterisms/Asterisms4.jpg&Cpt=Big+Dipper,+Diamond+of+Virgo,+The+Sail,+Sickle,+and+Asses+and+the+Manger AstronomyOnline: Image of ''Cassiopeia'', ''Square of Pegasus'', ''The Circlet'', and ''Y of Aquarius'']</ref> Ele pode ser visto inteiramente nas noites do outono. O asterismo foi reconhecido como a constelação '''ASH.IKU''' (O Campo) nas tábuas [[Escrita cuneiforme|cuneiformes]] [[MUL.APIN]] entre 1100 e 700 a.C.<ref name="rogers98_p19">[http://adsabs.harvard.edu/abs/1998JBAA..108....9R Origins of the ancient constellations: I. The Mesopotamian traditions], by J.H. Rogers 1998, [http://articles.adsabs.harvard.edu//full/1998JBAA..108....9R/0000019.000.html page 19]</ref>
 
*Inverno. O céu à meia-noite no inverno do hemisfério norte é dominado por [[Orion (constelação)|Orion]], na direção oposta ao centro da galáxia. Além disso, um terço das estrelas de primeira grandeza visíveis no céu (sete em vinte e uma) estão no '''[[Hexágono do Inverno]]''', com [[Sirius]], [[Prócion]], [[Pólux (estrela)|Pólux]]/[[Castor (estrela)|Castor]], [[Capella (estrela)|Capella]], [[Aldebarã]] e [[Rígel]], na periferia, e [[Betelgeuse]] no interior.<ref name="wro"/> Embora um pouco achatado, e portanto mais elíptico que circular, a figura é tão grande que não pode ser vista em um único olhar, o que torna a falta de circularidade menos perceptível.<ref name="seds">[http://seds.org/maps/const/asterism.html Asterisms] at [http://seds.org/ SEDS]</ref>
 
==Outros exemplos==
[[File:Plough big dipper.svg|thumb|right|300px|O asterismo [[Grande Carro]].]]
Um dos asterismos mais conhecidos é o '''[[Grande Carro]]''', também chamado de Caçarola ou Carro de Davi. Ela é composta pelas sete estrelas mais brilhantes de [[Ursa Major]],<ref name="seds"/> onde elas esboçam o traseiro da ursa e a cauda exagerada. Com a sua longa cauda, a [[Ursa Minor]] se parece pouco com um urso e é também conhecida pelo pseudônimo de '''Pequeno Carro'''.<ref name="aoo5">[http://astronomyonline.org/ViewImage.asp?Cate=Home&SubCate=MP01&SubCate2=&Img=/Observation/Images/Asterisms/Asterisms5.jpg&Cpt=Little+Dipper,+Keystone,+Kite,+and+the+Lozenge Little Dipper, Keystone, Kite, and the Lozenge] in [http://astronomyonline.org/Observation/Asterisms.asp AstronomyOnline.org: Asterisms]</ref>
 
===Apelidos de constelações===
Ursa Minor não é a única constelação que não se parece muito com o que ela representa. Na verdade, muito poucas se parecem, o que levou a apelidos para algumas constelações. Um breve olhar sobre as figuras desenhadas sob as constelações nos mapas estelares explicam facilmente a origem desses asterismos.
 
*O mais conhecido deste tipo é a '''Cruz do Norte''' em [[Cygnus]].<ref name="wro"/> A haste vertical vai de [[Deneb]] (α Cyg), na cauda do cisne, a [[Albireo]] (β Cyg), no bico. A haste transversal vai de Gienah (ε Cyg), em uma asa, a Delta Cygni (δ Cyg), na outra.
*O '''Anzol''' é o nome havaiano tradicional para [[Scorpius]]. A imagem fica mais óbvia se as linhas do mapa de [[Antares]] (α Sco) para [[Acrab]] (β Sco) e Pi Scorpii (π Sco) forem substituídas por uma linha de Acrab a [[Dschubba]] (δ Sco) e Pi, formando um grande "J"
*Acrescentando-se linhas verticais para conectar os membros direito e esquerdo no diagrama de [[Hércules (constelação)|Hércules]], completa-se a figura da '''Borboleta'''.<ref>[http://www.space.com/spacewatch/night_sky_040716.html Space.com: ''Hercules: See the Celestial Strongman'']</ref>
*Embora não seja um conceito antigo, percebe-se por que o nome '''Cone de Sorvete''' aplica-se às vezes a [[Boötes]].<ref>[http://hsci.cas.ou.edu/exhibits/exhibit.php?exbgrp=3&exbid=20&exbpg=13 History of the Constellations: ''Bootes'']</ref> Ela é ainda com mais frequência conhecida como a '''Pipa'''.<ref name="aoo5"/>
*As estrelas de [[Cassiopeia (constelação)|Cassiopeia]] formam um '''W''' que é frequentemente usado como um apelido. <ref name="aaorg_fall">[http://astronomyonline.org/ViewImage.asp?Cate=Home&SubCate=MP01&SubCate2=&Img=/Observation/Images/Asterisms/Asterisms2.jpg&Cpt=The+W,+Square+of+Pegasus,+Circlet,+and+Y+of+Aquarius The W, Square of Pegasus, Circlet, and Y of Aquarius] in [http://astronomyonline.org/Observation/Asterisms.asp AstronomyOnline.org: Asterisms]</ref>
*Na Austrália, '''Frigideira''', apelido de [[Chamaeleon|Camaleão]], é uma ajuda para se encontrar o sul pelas estrelas.
==Asterismos antigos==
'''Argo''' é um caso especial. [[Argo Navis]] (o navio Argo) era, de longe, a maior das constelações de Ptolomeu. A partir de Lacaille em seu ''Coelum Australe Stelliferum'' (1763), ficou comum referir-se a suas várias partes como a Quilha, o Convés da Popa e as Velas. Na organização da UAI de 1930, Argo foi considerada grande demais e esses asterismos setoriais antigos foram reconhecidos como constelações oficiais (Carina (constelação)|Carina]], [[Puppis]] e [[Vela (constelação)|Vela]]), com o que ''Argo'', no seu conjunto, se tornou um asterismo.
O '''Cruzeiro do Sul''' não é um asterismo, mas somente uma variação no significado de [[Crux]]. Crux ''era'' um asterismo quando Bayer a criou em [[Uranometria]] (1603), a partir de estrelas das patas traseiras de [[Centaurus]]. Ela ganhou status de constelação em 1930, com isso mutilando o Centauro.
Centaurus foi reduzido de tamanho mais uma vez. '''[[Lupus (constelação)|Lupus]]''' era originalmente considerada somente um asterismo setorial, como uma Fera Selvagem não especificada agarrada ao Centauro. [[Hiparco]] a separou nos anos 200 a.C. e a lista de Ptolomeu confirmou seu status independente.
Na seu desenho original, [[Leo]] incluía uma chuva de estrelas fracas pintadas como o tufo na Cauda do Leão que se projetava do seu corpo. Antecipando até Ptolomeu em séculos, Conon de Alexandria criou o asterismo "Cabeleira de Berenice", homenageando sua rainha em 243 a.C. Seguindo a aceitação de [[Tycho Brahe]] para '''[[Coma Berenices]]''', Bayer registrou-a e redesenhou o Leão. A UAI confirmou Coma como uma constelação.
Até mesmo uma constelação venerável como '''[[Libra (constelação)|Libra]]''' já foi considerada um simples asterismo. Até a metade do primeiro milênio a.C., o [[Zodíaco]] consistia de apenas onze constelações. A referência bíblica para as "onze estrelas" (Gênesis 37:9) é, mais acuradamente "os onze asterismos/constelações (do Zodíaco)". Naquela época, as garras de Scorpius eram desenhadas estendendo-se até Zubenelgenubi, a "garra do sul", e Zubeneschamali, a "garra do norte" (Alpha e Beta Librae). Mais tarde, quando [[Virgo]] foi repersonificada como Astraea, a deusa da justiça, as Garras se tornaram um conjunto de balanças em sua mão. Na época de Ptolomeu, Libra tinha se tornado uma constelação independente, não conectada com suas vizinhas. Os nomes de suas estrelas ainda refletem a época em que ela era o asterismo "As Garras", e sua figuração é aquela do antigo asterismo setorial dentro de Virgo.
Os grupos apresentados aqui eram asterismos setoriais que foram promovidos ao status de constelações. Para uma lista de propostas de constelações que não foram aceitas para além de asterismos, e são atualmente considerados obsoletos, ver [[Anexo:Lista de constelações antigas|Constelações antigas]].
==Não asterismos==
No sentido formal utilizado aqui, asterismos são grupos de estrelas que não foram categorizados de nenhuma outra forma.<ref>Apesar de, na fala comum, "qualquer" característica celestial fixa poder ser chamado um asterismo, não é adequado referir-se desta forma para uma constelação, aglomerado ou galáxia, reduzindo-o a um simples asterismo. Os "apelidos" são asterismos porque são figuras simplificadas, desconsiderando as estrelas mais fracas da constelação oficial.</ref> Objetos que não se enquadram nos limites desta definição incluem a Via Láctea, nebulosas e aglomerados abertos.
 
Dividindo o céu noturno em dois hemisférios aproximadamente iguais, a '''[[Via Láctea]]''' aparece como uma banda enevoada de luz branca formando um arco por toda a esfera celestial. Muitas culturas têm mitos sobre a "larga estrada branca no céu".<ref>[[Henry Wadsworth Longfellow]], [http://www.theotherpages.org/poems/hiawatha.html ''The Song of Hiawatha'', Part III: "Hiawatha's Childhood"]</ref> Que o brilho se origina de inumeráveis fracas estrelas e outros materiais que se encontram no plano galáctico foi uma das primeiras descobertas telescópicas de [[Galileu Galilei]]. Da mesma forma, as '''[[Nuvens de Magalhães]]''' não são asterismos, e sim galáxias.
[[Nebulosa]]s, nuvens de gás e poeira que pontilham a galáxia, sejam de [[Nebulosa de emissão|emissão]], como a de Pelicano, ou [[Nebulosa escura|escuras]], como a [[Nebulosa Cabeça de Cavalo|Cabeça de Cavalo]], claramente não são asterismos, já que não são compostas por estrelas.
[[Aglomerado estelar aberto|Aglomerados abertos]] são grupos de estrelas que estão fisicamente relacionadas — gravitacionalmente ligadas e movendo-se pela galáxia na mesma direção e velocidade. Como esses agrupamentos não são criações humanas, mas fenômenos reais, eles não contam como asterismos. Entre os mais conhecidos e próximos estão as [[Plêiades (aglomerado de estrelas)|Plêiades]] (Catálogo Messier|M45]] e as Híades em [[Taurus]], e [[Messier 44|Praesepe]] (M44) em [[Cancer]]. Deve ser ressaltado que, com a adição de [[Aldebarã]], que está na mesma linha de visão, o aglomerado de Híades forma um asterismo setorial em forma de V em Taurus.
O ponto exato do que constitui um asterismo pode ser visto em dois exemplos. Theta Orionis (θ Ori) encontra-se no interior de, e ilumina, a [[Nebulosa de Orion]] (M42). Observada telescopicamente, ela se separa em quatro estrelas arranjadas em um trapezoide, e são chamadas o '''Trapézio'''. O asterismo manteve o nome mesmo quando se descobriu que havia ainda mais estrelas no grupo. Entretanto, determinou-se depois que a Nebulosa de Orion é um [[Nuvem molecular|berçário estelar]] e que o Trapézio é, na verdade, um aglomerado aberto. Portanto, não é mais um asterismo. Por outro lado, '''[[Messier 73|M73]]''', em [[Aquarius]], que se pensava ser um aglomerado aberto, é composto por estrelas não relacionadas entre si, e pode agora ser considerado um asterismo.
 
==Referências==
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[[Categoria:Astronomia estelar]]
[[Categoria:Asterismos astronômicos| ]]