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Os diversos núcleos de produção de '''mídia alternativa''' são uma força relevante na nova forma de comunicação que vem se constituindo. Partindo da insatisfação com as [[mídia]]s corporativas, que segundo alguns seriam comprometidas com os "interesses do [[capital]]", esses movimentos de esquerda visam a oferecer uma outra maneira de pensar a função transgressiva da [[comunicação]], sendo tudo isso feito com um aparato técnico mínimo e custos irrisórios. Seus principais veículos de comunicação são a [[Internet]], as [[rádios comunitárias]], jornais de baixa circulação e [[fanzine]]s.
 
Embora o rótulo de "alternativo" seja costumeiramente atribuído a posições ideológicas de [[esquerda]], pode haver mídia alternativa de qualquer ideologia, inclusive de [[direita (política)|direita]]. Em contextos como ditaduras socialistas, grande parte da imprensa dissidente defende valores de direita, como [[livre mercado]] e [[privatizações|privatização]]. Um exemplo de mídia alternativa direitista eram os [[samizdat]]i que circulavam na [[União Soviética]] nos anos [[Década de 1960|1960]] e [[Década de 1970|1970]].
Com várias denominações diferentes, como mídia tática, mídia independente ou mídia sob demanda, essas mídias muitas vezes têm ligações com movimentos sociais de fora da rede. Apesar de já ter havido várias manifestações, o movimento das "mídias alternativas" tomou um novo vulto com o surgimento do [[Centro de Mídia Independente]].
ISAC BOCOIÓ
 
A mídia alternativa, de forma geral, costuma enfrentar problemas como perseguição política (principalmente no contexto de regimes autoritários), falta de fontes de financiamento (com poucos anunciantes interessados em investir em mídia de baixa circulação ou alcance restrito, ou ainda receosos de se associar a causas ideológicas) e ataques à sua credibilidade, sob o argumento de que veículos alternativos não são confiáveis.
Outro tipo de mídia alternativa são os veículos geridos pelas próprias fontes, como a institucional, ligadas a organizações públicas ou privadas, e a legislativa,<ref>[http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=355DAC001]</ref> ligadas aos parlamentos. Alguns dos objetivos destas são justamente a busca de alternativas ao corte editorial da mídia tradicional e o estabelecimento de uma ligação direta entre a fonte e o seu público.
 
Com várias denominações diferentes, como [[mídia tática]], [[mídia independente]] ou [[mídia sob demanda]], essas mídias muitas vezes têm ligações com movimentos sociais de fora da rede. ApesarDiversos de já ter havido várias manifestações, o movimento das "mídias alternativas" tomou um novo vulto com o surgimento do [[Centroexemplos de Mídia Independente]].mídia
Apesar de já ter havido várias manifestações, o movimento das "mídias alternativas" em âmbito global tomou um novo vulto com o surgimento do [[Centro de Mídia Independente]] (em inglês, ''[[Indymedia]]'').
 
==Brasil==
No Brasil, exemplos a mídia alternativa podem ser traçados desde a [[Brasil Colônia|época colonial]], quando a [[imprensa]] era proibida pela Coroa Portuguesa mas mesmo assim eram produzidas folhas (manuscritas ou impressas artesanalmente) para circulação de ideias "[[Conjuração|conjuradas]]" (ou, como seriam chamadas mais tarde, "[[Subversão|subversivas]]").
 
No [[Império do Brasil|Império]], a imprensa alternativa floresceu, principalmente no [[Primeiro Reinado]], com a publicação de um número incalculável de [[pasquim|pasquins]], [[panfleto]]s e folhas avulsas que defendiam interesses dispersos e imediatos. Praticava-se mais a [[propaganda ideológica]] ou política do que o [[jornalismo]]. Tinham existência efêmera: logo depois de concretizadas suas causas ou atingidos seus objetivos, esses pasquins paravam de circular. Essas folhas eram mais frequentes em períodos de crise, como a pressão para a [[abdicação de D. Pedro I]] (1831), a [[Golpe da maioridade|maioridade de D. Pedro II]] (1840) e a [[proclamação da República do Brasil|proclamação da República]] (1889).
 
A [[Era Vargas|ditadura de Getúlio Vargas]] também viu nascer uma nova leva de jornais da imprensa alternativa, como ''[[O Homem do Povo]]'', de [[Oswald de Andrade]] e [[Pagu]]. Boa parte da mídia alternativa nessa época era ligada ao [[Partido Comunista Brasileiro]], ou feita por simpatizantes socialistas.
 
O [[regime militar de 1964]] provavelmente viu o período mais fértil da mídia alternativa no Brasil, já que a censura sistemática à imprensa (inclusive à mídia corporativa, que apoiou o golpe) inspirava e criava demanda por informação crítica ou contrária aos interesses oficiais. Jornais como ''[[Opinião (jornal)|Opinião]]'', ''[[Movimento (jornal)|Movimento]]'', ''[[O Sol]]'', ''[[Jornal da República]]'', ''[[Cadernos do Terceiro Mundo]]'' e muitos outros tentaram levar informações, análises e comentários dissidentes para o público, mas a maior parte teve vida curta. Por essa época, também começaram a se disseminar as [[rádio pirata|rádios piratas]] e as comunitárias (tipos diferentes de rádio), facilitados pela disseminação da tecnologia de [[transmissor]]es.
 
==Mídia das fontes==
Outro tipo de mídia às vezes chamada de "alternativa" são os veículos geridos pelas próprias fontes, como a institucional, ligadas a organizações públicas ou privadas, e a legislativa,<ref>[http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=355DAC001]</ref> ligadas aos parlamentos. Alguns dos objetivos destas são justamente a busca de alternativas ao corte editorial da mídia tradicional e o estabelecimento de uma ligação direta entre a fonte e o seu público.
 
==Publicidade==
A mídia alternativa é também caracterizada no âmbito publicitário como um espaço para veiculação de anúncios de [[publicidade]] e [[propaganda]] em locais inusitados e ou fora do habitual. Esses anúncios podem, também, interagir com o público.