Derek Parfit: diferenças entre revisões

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Mais notavelmente, a teoria do auto-interesse afirma que é irracional fazer qualquer ato de abnegação ou agir em desejos que afetam negativamente o nosso bem-estar. Considere uma escritora iniciante que seu mais forte desejo é escrever um romance premiado ainda mesmo o fazendo, ela sofre muito devido a falta de sono e [[depressão]]. Parfit afirma que é plausível que tenhamos [[desejo]]s que não buscam nosso próprio bem-estar e que não é irracional de agir para matar estes desejos.
 
=== Padrões médios e os padrões de utilidade total ===
O mais famoso postulado de Parfit, onde ele discute futuros possíveis para o mundo, mostrando que tanto os padrões médios e os padrões de [[Utilitarismo|utilidade total]] levam a conclusões indesejadas. A aplicação de padrões de utitilitarianismo total (''felicidade total e absoluta'') para os caminhos possíveis de crescimento da população e o bem-estar leva a uma conclusão repugnante. <ref> ''Future People, the All Affected Principle, and the Limits of the Aggregation'' (pag. 17-18) por Torbjörn Tännsjö [[Universidade de Estocolmo]] </ref>
 
Parfit ilustra isso com um simples [[experimento mental]].
Imagine uma escolha entre futuros possíveis, na alternativa "A", 10 bilhões de pessoas vivem a próxima geração tendo a vida toda a maxima felicidade, vivem muito mais feliz do qualquer um viveu até hoje. Na alternativa "B", há 20 bilhões de pessoas vivendo a vida toda, embora um pouco menos felizes do que aqueles em "A", ainda muito felizes.
[[File:Precio mopolista max beneficios.svg|thumb|190px|left|A maximização total da utilidade leva a conclusões indesejadas.]]
De acordo com a maximização total da utilidade, preferimos "B" ao invés de "A", e através do processo regressivo de aumento da população e diminuição da felicidade (onde uma diminuição de felicidade é mais do que compensada pelo aumento da população) somos forçados a preferir "Z" (Um mundo de 100 de bilhões de pessoas onde todas vivem uma vida que mal vale a pena viver), mais que a alternativa "A". Se não presumir que causa para existir pode beneficiar alguém, então devemos pelo menos admitir que "Z" não é pior do que "A".
 
A conclusão absurda toma uma forma similar, diz Parfit. Se tudo o que importa é a felicidade média, seríamos forçados a concluir que uma população extremamente pequena, digamos, 10 pessoas, ao longo da história humana é o melhor resultado se supormos que estas primeiras 10 pessoas (Adão e Eva et al) tiveram vidas mais felizes do que jamais poderíamos imaginar. Ele nos pede para considerarmos o caso da imigração americana.
 
Presumivelmente, o bem-estar estrangeiro é menor do que americano, mas o supostamente o estrangeiro se beneficia tremendamente por se mudar de sua terra natal. Considere-se também que os americanos ganham com a imigração (pelo menos em pequenas doses), porque que recebem mão de obra barata, etc. No âmbito imigração ambos os grupos estão em melhor situação, mas o bem-estar médio é menor. Assim, embora, todo mundo está em melhor situação, este não é o resultado preferido. Parfit afirma que isso é simplesmente absurdo.
 
== Identidade pessoal ==