Parábola do amigo inoportuno: diferenças entre revisões

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==Interpretação==
 
[[File:Importunate neighbour.jpg|thumb|left|300px|[[William Holman Hunt]]'s ''The Importunate Neighbour''.]]
Esta parábola aparece no Evangelho de Lucas imediatamente após [[Jesus]] ensinar o [[Pai Nosso]], e pode, portanto, ser visto como uma continuação de Jesus ensinando seus discípulos a [[orar]], <ref name="Green">[[Joel B. Green]], ''[http://books.google.com.au/books?id=wzRVN2S8cVgC&pg=PA445 The Gospel of Luke]'', Eerdmans, 1997, ISBN 0802823157, pp. 445–450.</ref>enquanto os versos que seguem ajudam a explicar o significado da parábola.
Joel B. Green sugere que a pergunta que abre a parábola ("Qual de vocês que tem um amigo ...?" também expresso como" Você pode imaginar ...?") se destina a ser respondida como um enfático "Não! ", já que nenhum amigo se recusariam a ajudar em tais circunstâncias <ref name="Green"/>. No entanto, Jesus continua a salientar que mesmo que a amizade não fosse uma motivação grande o suficiente, a ajuda ainda estaria próxima. <ref name="Green"/> Tal como acontece com os versículos 9-13 , a parábola é, portanto, um incentivo para orar. <ref name="HM">[[I. Howard Marshall]], ''[http://books.google.com.au/books?id=rKqiibViFowC&pg=PA462 The Gospel of Luke: A commentary on the Greek text]'', Eerdmans, 1978, ISBN 0802835120, pp. 462–465.</ref> A parábola do juiz iníquo tem um significado similar. <ref name="Blomberg">Craig L. Blomberg, ''[http://books.google.com.au/books?id=sTtbVUIDesAC&pg=PA275 Interpreting the Parables]'', InterVarsity Press, 1990, ISBN 0830812717, p. 275.</ref>
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===Amigo importuno===
[[File:Importunate neighbour.jpg|thumb|left|300px|[[William Holman Hunt]]'s ''The Importunate Neighbour''.]]
 
Ao ver a hora avançada em que o viajante chegou, o seu amigo percebeu a pro­blema. No fim do dia, após todos os de sua casa se alimentarem, não havia mais pão, e agora todos já des­cansavam. Na manhã seguinte eles assariam mais pão para o consumo de mais um dia. A falta de pão para um visitante era uma censura insu­portável para um oriental. Por isso, apesar de ser tão tarde, o chefe da família foi à casa de seu amigo, que morava perto, para pedir-lhe em­prestados três pães —que seriam su­ficientes para a refeição de seu hós­pede. Aqueles que querem dar algum significado parabólico para cada de­talhe de uma parábola vêem nos "três pães" uma descrição figurada de três dons espirituais específicos. Tudo o que essa cena pretende nos transmitir é o fato que esse amigo era hospitaleiro; portanto, à meia-noite ele foi bater à porta de seu vi­zinho, exatamente como o viajante batera na sua.<ref name="Herbert Lockyer "/>
 
===Amigo com má vontade===
[[Imagem:The_Importunate_Friend.jpg|thumb|right|300px|Amigo importuno.]]
 
O vi­zinho que dormia, quando foi acor­dado por seu amigo que, por sua vez, fora despertado pelo viajante, não fi­cou muito contente por ser pertur­bado tão tarde da noite, e respondeu ao pedido por pão com uma recusa educada, porém definitiva. Sua es­posa e filhos dormiam tranqüilamen­te, e movimentos estranhos poderi­am acordá-los e alarmá-los. Era me­lhor alguém ficar sem comer até à manhã seguinte, do que uma famí­lia inteira ser perturbada à meia-noite! Mas aquele que suplicava à sua porta não aceitou um não como resposta. Ele fechou os ouvidos à recusa, e continuou a bater e pedir. O amigo, que acordou com os seus rogos, agora percebe que o método adotado para preservar a agradável quietude da noite era, na verdade, a melhor forma de conturbá-la, apesar de sua intenção de preservar a sua família, que dormia, de ser pertur­bada. O bater insistente na porta e os gritos acordariam não apenas a sua família, mas também a vizinhan­ça. Por isso ele saiu da cama e deu ao seu amigo o pão que ele pedia. Note bem que ele não o fez por ami­zade, mas rendeu-se por causa do incômodo. A descrição que Butterick faz aqui é cativante: "Não havia como dormir com aquele tumulto! Por isso era melhor um arrastar de pés pela pequena casa, um mover desajeitado da tranca da porta e uma mão estendida pela fresta da porta entreaberta, com a seguinte expres­são: 'Tome! Pegue o seu pão e suma!' Certamente os olhos de Jesus brilha­ram quando disse: 'Digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhe os pães, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que ele necessitar'".<ref name="Herbert Lockyer "/>
 
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==Oração==
[[Imagem:Cor-nostrum03.JPG|thumb|right|300px|Jesus orando.]]
 
===A primazia da oração (v. 1)===
Costumamos pensar em João Batista como profeta e mártir,
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===Um modelo de oração (vv.2-4)===
[[Imagem:Exercitia_Spiritualia_1ed2.jpg|thumb|left|300px|''Exercitia spiritualia''<BR> 1548, Primeira Edição por Antonio Bladio (Roma) (158x108 mm). Livro com exercícios espirituais (incluindo a oração).]]
Não há nada de errado em fazer essa oração pessoalmente
ou com outros membros da igreja,