Batalha da Jutlândia: diferenças entre revisões

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== Violento combate ==
O Derflinger ficou inicialmente um pouco esquecido, navegando mais para trás, a fumaça espessa não permitiu que fosse bem visto até começar a disparar sobre o Princess Royal. Os britânicos estimaram mal a distância a que estavam dos germânicos, regulando as suas alças para 16.300 metros, pelos que as suas granadas caíam muito para trás da linha de batalha alemã. O Lützow começou por disparar um cano de cada vez com granadas de perfuração de blindagem para tentar depois uma saraivada única com as suas oito peças de 305 mm que se mostrou demasiado curta, obscurecendo o alvo, pelo que reduziu a sua cadência para uma saraivada de quatro peças de cada vez. Mas, o melhor tiro inicial partiu do Moltke que não deixou o Tiger disparar mais do que duas salvas até ver as suas torres Q e X postas fora de ação. A X foi avariada temporariamente por uma granada que perfurou a barbeta sem explodir. O Tiger voltou a ser atingido por mais nove tiros, dois dos quais perfuram a couraça lateral, explodindo já no interior do navio. O navio-almirante não foi muito feliz, pois foi atingido muitas vezes pelo Lützow, só que nem todas as granadas alemãs explodiram. A terceira granada quase afundava o Lion, entrando na torre Q para fazer voar a cobertura superior. Toda a infeliz guarnição foi despedaçada pela explosão da granada e pela ignição da muita cordite que estava no interior da torre. Um valente marinheiro conseguiu descer paraconvéses baixoabaixo e avisar o pessoal do paiol para fechar as respectivas portas e inundar a câmara das munições, evitando que o incêndio se propagasse paraconvéses baixoabaixo.
 
A sorte do Lion não foi a mesma do Indefatigable que ao ser atingido por dois tiros de 280 mm do Von der Tann explodiu numa enorme nuvem de fumaça e fogo. Parece que uma das granadas penetrou na barbeta de uma torre de artilharia cheia de sacos de cordite que arderam repentinamente. O fogo propagou-se aos paióis de munições que fizeram voar a popa do navio e afundar o resto, deixando só dois sobreviventes da sua desditosa guarnição de 1.019 almas. Uns vinte minutos depois, o Lion, com o almirante Beatty a bordo, volta a ser atingido, enquanto o Seydlitz acertava quatro tiros de 280 mm no Queen Mary de 26.770t com 8 peças de 343 mm. Uma das granadas alemãs atingiu um paiol de munições da vante do gigantesco cruzador de batalha, fazendo explodir toda a proa e provocar outra explosão a meia-nau que fez voltar o navio e afundar-se instantaneamente de quilha para cima com quase toda a sua guarnição de 1.266 oficiais e marinheiros, salvando-se só vinte homens. Antes de ser assim atingido, o Queen Mary encaixou quatro tiros no Seydlitz; o primeiro acertou um pouco à frente do mastro, fazendo estragos no interior e nas cobertas principais, o segundo penetrou pela barbeta da torre da popa, fazendo explodir duas cargas de cordite apenas e iniciando um incêndio que não se propagou para a zona dos paióis. Os alemães não mantinham mais do que uma ou duas cargas de cordite nas torres, além disso tinham-nas parcialmente encartuchadas em latão, o que não permitia a propagação do fogo, ao contrário dos ingleses que utilizavam exclusivamente sacos de seda para meter a cordite nos canhões. Os seus paióis estavam bem protegidos por couraças longitudinais de aço-níquel bem no fundo do navio e numa posição intermédiária alguns segundos paióis de abastecimento direto das torres ainda bem protegidos mas com poucas granadas, Praticamente, cada granada que subia para a torre era para ser imediatamente disparada, numa cadência de uma por vinte segundos nas peças de 305 mm, não se fazendo reservas em zonas acima da linha de água. A carga propelente era constituída por um cartucho de latão e um saco de seda com cordite, dado que então a indústria não fabricava invólucros de latão suficientemente grandes. Mas, para as outras peças, o cartucho estava inteiramente revestido de latão. Para além disso, o fato de só utilizarem o carvão como combustível e não o petróleo ajudou muito a proteger os navios alemães de incêndios e explosões instantâneas.