Partido Comunista de Espanha: diferenças entre revisões

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A [[17 de Março]] de [[1932]] foi celebrado o IV Congresso do PCE em [[Sevilha]]. A tarefa central foi a construção de um grande partido comunista de massas, como ocorria na [[União Soviética]]. Neste trabalho jogaram um papel relevante os "camaradas" eleitos para o [[Comitê Central]] como [[José Díaz Ramos|José Díaz]], [[Dolores Ibárruri]], [[Vicente Uribe]], [[Antonio Mije]], [[Manuel Delicado]], [[Pedro Checa]] e outros.
 
A [[3 de Dezembro]] de [[1933]] [[Cayetano Bolívar Escribano]] foi eleito deputado por [[província de Málaga|Málaga]], sendo o primeiro deputado comunista da história, e saindo da cárcere para ocupar a sua cadeira. Posteriormente, na chamada [[Revolução de 1934]] contra a política do governo [[Partido Republicano Radical|radical]]-[[Confederación Espanhola de Derechas Autónomas|cedista]], o PCE desempenhou um papel menor que o do [[Partido Socialista Operário Espanhol|PSOE]] (cuja base é a protagonista da mesma junto às [[Juventudes Socialistas de Espanha|Juventudes Socialistas]] e [[União Geral de Trabalhadores (Espanha)|UGT]]) e a [[Confederação Nacional do Trabalho|CNT]], que não participa nela exceto em [[Astúrias]]. Contudo teve de voltar à clandestinidade. Nesse momento o PCE adere-se à política de criar um [[Frente Popular (Espanha)|Frente Popular]] que agrupe todas as forças de [[esquerda]]. Esta política era uma proposição teórica da Internacional Comunista. Após a vitória eleitoral da Frente Popular a [[16 de Fevereiro]] de [[1936]], o prestígio do Partido Comunista cresceu depressa: em cinco meses passa de 30.000 a 100.000 afiliados.
 
A expansão do PCE teve nos momentos prévios à [[Guerra Civil Espanhola|Guerra Civil]] e nos imediatamente posteriores dois grandes marcos:
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== Ditadura de Francisco Franco ==
O [[franquismo|regime de Franco]] demonizou o PCE, encarcerando, torturando e assassinando os seus membros, submetendo alguns de eles a julgamentos sumaríssimos. O governo franquista aplicou a lei retroativamente, qualificando de insurgentes os que se mantiveram fiéis à legalidade constitucional. Nessas duríssimas condições, o PCE teve-se de reorganizar na clandestinidade ([[País Basco]], [[Galiza]], [[Andaluzia]], [[ExtremaduraEstremadura (Espanha)|Estremadura]], [[Valência]], [[Navarra]] e [[Catalunha]] mantiveram organização), no [[Exílio republicano espanhol|exílio]] ([[México]], [[Cuba]], [[Chile]], [[Uruguai]], [[França]] e [[África]] do norte, além da [[União Soviética]]) e nos cárceres (onde estavam dirigentes como Girón ou Ascanio).
 
Ao pouco tempo de começar a [[Segunda Guerra Mundial]], o Secretário General [[José Díaz Ramos|José Díaz]] faleceu em [[Tiflis]], e foi substituído por [[Dolores Ibarruri]], "''La Pasionária''". Durante muito tempo, o PCE foi a principal força organizada contra a ditadura de Franco. Entre [[1944]] e [[1948]] impulsiona a luta guerrilheira, o chamado [[Maquis (guerrilha antifranquista)|maquis]], que terminou com a morte de muitos militantes comunistas e uma dura repressão sobre a população civil das zonas nas quais agia esta guerrilha, que fez perder apoios numa população rural que passava ademais graves dificuldades econômicas e manipulada por uma igreja alinhada inequivocamente com os governantes. Por tudo isso, o partido decidiu abandonar a via guerrilheira em [[1948]], embora alguns focos se mantivessem até [[1952]].