Racionalização: diferenças entre revisões

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Para [[Zygmunt Bauman]], a racionalização como uma manifestação da modernidade pode estar intimamente associada com os acontecimentos do [[Holocausto]]. Em ''Modernidade e Ambivalência'', Bauman objetivou oferecer uma exposição das diferentes abordagens que a sociedade moderna adota em face do estrangeiro. Ele argumentou que, por um lado, em uma economia orientada para o consumidor, o estranho e o desconhecido são sempre sedutores. Em diferentes estilos de comida, diferentes modas e no turismo, é possível experimentar o fascínio do que é desconhecido. No entanto, esse fato de ser estranho também tem um lado mais negativo. O estranho ou estrangeiro, por não poder ser controlado e ordenado, é sempre objeto de temor. Ele é o assaltante em potencial, a pessoa fora das fronteiras da sociedade que está constantemente ameaçando.
 
O famoso livro de Bauman, ''Modernidade e Holocausto'', é uma tentativa de dar um relato completo sobre os perigos que se originam desses tipos de temor. Com base nos livros de [[Hannah Arendt]] e [[Theodor Adorno]] sobre o totalitarismo e o Iluminismo, Bauman desenvolveu o argumento de que o Holocausto não deve simplesmente ser considerado um evento na história judaica, nem uma regressão à barbárie pré-moderna. Em vez disso, ele argumentou, o Holocausto deve ser visto como profundamente ligado à modernidade e seus esforços de criação de ordem. A racionalidade procedimental, a divisão do trabalho em tarefas cada vez menores, a categorização taxonômica de diferentes espécies e a tendência a considerar moralmente bom o cumprimento de regras foram todos fatores que desempenharam o seu papel na ocorrência do Holocausto.<!--And he argued that for this reason modern societies have not fully taken on board the lessons of the Holocaust; it is generally viewed - to use Bauman's metaphor - like a picture hanging on a wall, offering few lessons. In Bauman's analysis the Jews became 'strangers' ''par excellence'' in Europe;<ref>''Modernity and the Holocaust'', p. 53.</ref> the Final Solution was pictured by him as an extreme example of the attempts made by societies to excise the uncomfortable and indeterminate elements existing within them. Bauman, like the philosopher [[Giorgio Agamben]], contended that the same processes of exclusion that were at work in the Holocaust could, and to an extent do, still come into play today.
 
Bauman argumentou que, por essa razão, as sociedades modernas não aceitaram plenamente as lições do Holocausto, sendo este geralmente visto - para usar a metáfora de Bauman - como um quadro pendurado na parede, que oferece poucas lições. Na análise de Bauman, os judeus se tornaram "estranhos" por excelência na Europa<ref>''Modernity and the Holocaust'', p. 53.</ref>; a Solução Final foi retratada por ele como um exemplo extremo das tentativas feitas pelas sociedades para extirpar os elementos desconfortáveis ​​e indeterminados existentes dentro delas.
===Adorno and Horkheimer's definition of "enlightenment"===
 
Bauman, como o filósofo [[Giorgio Agamben]], sustentou que os mesmos processos de exclusão que operaram no Holocausto poderiam atuar ainda hoje. E até certo ponto efetivamente atuam.
 
<!--===Adorno and Horkheimer's definition of "enlightenment"===
In their analysis of the contemporary western society, ''[[Dialectic of Enlightenment]]'' (1944, revised 1947), [[Theodor Adorno]] and [[Max Horkheimer]] developed a wide and pessimistic concept of enlightenment. In their analysis, enlightenment had its dark side: while trying to abolish superstition and myths by 'foundationalist' philosophy, it ignored its own 'mythical' basis. Its strivings towards totality and certainty led to an increasing instrumentalization of [[reason]]. In their view, the enlightenment itself should be enlightened and not posed as a 'myth-free' view of the world. For [[Marxist]] philosophy in general, rationalisation is closely associated with the concept of "[[commodity fetishism]]".