Parque Güell: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m |
|||
Linha 54:
De ambos os lados do portão de entrada situam-se dois pavilhões destinados aos serviços do parque. Estes estão integrados na muralha exterior do parque, que deveria envolver todo o recinto mas que apenas foi parcialmente construída, constituída por um muro de tijolo revestido com pedra rústica extraída do local e rematado no topo com peças de cerâmica branca e vermelha onde se destacam medalhões com as inscrições "Park" e "Güell".<ref name=Xavier/><ref name=Zimmermann33/> Tanto a muralha quanto os pavilhões foram construídos entre 1900 e 1903.<ref name=Zimmermann42/>
A seguir ao portão de entrada situa-se um vestíbulo com {{fmtn|400|m<sup>2</sup>}} destinado a organizar o acesso ao parque, em cujos lados se localizam duas áreas de serviço a jeito de [[caverna|grutas]], construídas por Gaudí aumentando e reforçando grutas pré-existentes no local; a da esquerda era usada como armazém, enquanto que a da direita destinava-se a servir de garagem e era suficientemente grande para receber até quatro [[carruagem|carruagens]]. Esta última consiste numa sala
=== Pavilhões ===
Linha 78:
=== Sala hipostila ===
[[Ficheiro:36 Parc Güell, Sala Hipòstila.jpg|thumb|upright=1.02|Sala hipostila.]]
No topo da escadaria situa-se a ''sala hipostila'' ou ''sala das cem colunas'', uma espécie de grande alpendre originalmente destinado a albergar um [[mercado]] ao ar livre para a urbanização,<ref name=Xavier/><ref name=Zimmermann37/> construída entre 1906 e 1913.<ref name=KP81>Kent e Prindle, ''Hacia la arquitectura de un paraíso: Park Güell'', p. 81</ref> A sala contém 86 colunas [[ordem dórica|dóricas]] com cerca de {{fmtn|6|m}} de altura,<ref>Kent e Prindle, ''Hacia la arquitectura de un paraíso: Park Güell'', p. 80</ref> construídas com [[resíduos de construção e demolição|entulho]] e argamassa imitando [[mármore]] e revestidas com trencadís branco liso até uma altura de {{fmtn|1.8|m}},<ref name=KP85>Kent e Prindle, ''Hacia la arquitectura de un paraíso: Park Güell'', p. 85</ref> uma adaptação prática tendo em conta o uso previsto para o espaço mas que está deslocada neste tipo de coluna.<ref name=Zimmermann38>Zimmermann, ''The Best of Gaudí'', ''op. cit.'', p. 38</ref> Para além disso, ao contrário do que seria de esperar em colunas de ordem dórica, possuem [[ábaco (coluna)|ábaco]] [[octógono|octogonal]] e as colunas exteriores são ligeiramente inclinadas para o interior, atuando como [[contraforte]]s.<ref>Kent e Prindle, ''Hacia la arquitectura de un paraíso: Park Güell'', p. 91</ref> No topo das colunas exteriores existe ainda um [[friso]] com [[gárgula]]s em forma de cabeça de [[leão]], bem como pequenos relevos em forma de gota de água sobre o ábaco.<ref name=Zimmermann38/> O teto é composto por abóbadas
Entre a floresta de colunas igualmente espaçadas, Gaudí criou três espaços maiores suprimindo algumas colunas, possivelmente com o objetivo de organizar as bancas dos vendedores que periodicamente vinham vender ali os seus produtos.<ref name=Xavier/> Nos espaços vagos deixados no teto pelas colunas suprimidas encontram-se quatro grandes [[roseta (ornamento)|rosetas]] coloridas com quase {{fmtn|3|m}} de diâmetro<ref name=IAAP/><ref name=KP83>Kent e Prindle, ''Hacia la arquitectura de un paraíso: Park Güell'', p. 83</ref> representando o [[Sol]] durante as [[estação do ano|quatro estações]] do ano, rodeadas por catorze menores com desenhos de remoinhos e espirais, representando estrelas ou [[satélite natural|luas]].<ref name=Zimmermann38/><ref>Carandell, ''Park Güell. Utopia de Gaudí'', p. 55</ref> Estas rosetas são da autoria de [[Josep Maria Jujol]], que para além dos habituais fragmentos de cerâmica e vidro também usou materiais pouco usuais, como um fragmento de uma [[boneca]].<ref name=Zimmermann38/> No centro das rosetas maiores existem ganchos metálicos que provavelmente serviam para pendurar [[candeeiro]]s caso fosse necessário iluminar o espaço durante a noite.<ref name=IAAP/>
|