Invasões da Britânia por Júlio César: diferenças entre revisões

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No fim do verão de [[55 a.C.]], apesar de ser já tarde para iniciar uma campanha, César decidiu realizar uma [[expedição militar|expedição]] à Britânia. O general republicano convocou os comerciantes que negociavam com a ilha, mas não pôde obter nenhuma informação útil a respeito das táticas militares dos britanos, ou dos portos nos quais poderia desembarcar, pois estes não queriam perder o seu monopólio comercial. Carente de informação, César enviou um dos seus [[tribuno militar|tribunos militares]], [[Caio Voluseno Quadrato|Caio Voluseno]], numa missão de exploração. Voluseno explorou a região de Kent, embora não se atreveu a entrar no território desconhecido por medo aos bárbaros,<ref>''Commentarii de Bello Gallico'' [http://ar.geocities.com/rubenjoseribeiro/Clasicos_Latinos/Julio_Cesar_La_guerra_de_las_Galias.htm 4.22]</ref> "e após cinco dias voltou à Gália, onde César por fim obteve algo da ansiada informação".
 
Após essa preocupante ação do general romano, muitos dos povos da Britânia enviaram embaixadas aos comerciantes gauleses para que impidissemimpedissem a iminente invasão, comunicando a César uma promessa de submissão. César decidiu enviá-los de volta à Britânia acompanhados polo seu aliado [[Cômio]], o rei dos [[atrébates]], que usou a sua influência para atrair um bom número de tribos à sua causa.
 
Uma frota de oitenta barcos de transporte foi reunida, suficiente para transportar duas legiões (''[[Legio VII Claudia|Legio VII]]'' e ''[[Legio X Equestris|Legio X]]''), e um número desconhecido de navios de guerra. A frota reuniu-se em algum porto do território dos [[mórinos]] —provavelmente o [[Porto Icio| Ício]] (''portus Itius'', atual [[Boulogne]])—. A eles uniram-se outras dezauito embarcações, procedentes talvez de [[Ambleteuse]], para transportar a cavalaria.<ref>Frere, ''Britannia'', p. 19</ref> Os barcos que César usou puderam ser quer [[trirreme]]s, quer [[birreme]]s, quer um resultado da melhora dos barcos de guerra vénetos e de outras tribos costeiras. César deixou uma pequena guarnição no porto e embarcou, sem perder tempo, com a infantaria, deixando para trás a cavalaria, que recebeu a ordem de unir-se tão logo for possível. Esta decisão poderia ser um erro tático, pois a infantaria chegou à ilha sem armamento pesado, ou também um indício de que a autêntica intenção de César era explorar o território e não conquistá-lo.<ref>''Commentarii de Bello Gallico'' [http://ar.geocities.com/rubenjoseribeiro/Clasicos_Latinos/Julio_Cesar_La_guerra_de_las_Galias.htm 4.30]</ref>