Serra da Boa Esperança (canção): diferenças entre revisões

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'''Serra da Boa Esperança''' é uma música (samba-canção) de autoria de [[Lamartine Babo]]. A melodia foi composta por Lamartine, em [[1937]] , sendo que a letra também é dele, com intervenções do dentista [[Boa Esperança (Minas Gerais)|dorense]] [[Carlos Alves Netto]].
 
== História ==
Conforme informa Áurea Netto Pinto ,<ref>"Serra da Boa Esperança", Imprensa oficial de Minas - 1969, pag 17 a 21.</ref>, no princípio da década de 30, do [[século XX]], seu irmão, o dentista [[Carlos Alves Netto]] (chamado “Caro”, pelos amigos) colecionava fotos de celebridades do rádio. Ele mesmo era um artista, compunha e cantava suas próprias composições, tocava vários instrumentos, escrevia peças [[teatro|teatrais]], pintava cenários e interpretava.
 
==História==
Conforme informa Áurea Netto Pinto <ref>"Serra da Boa Esperança", Imprensa oficial de Minas - 1969, pag 17 a 21.</ref>, no princípio da década de 30, do [[século XX]], seu irmão, o dentista [[Carlos Alves Netto]] (chamado “Caro”, pelos amigos) colecionava fotos de celebridades do rádio. Ele mesmo era um artista, compunha e cantava suas próprias composições, tocava vários instrumentos, escrevia peças [[teatro|teatrais]], pintava cenários e interpretava.
Para obter as fotos dos artistas, lançava mão de todos os recursos. Inicialmente, escrevia a eles e, por vezes, para maior êxito, adotava um [[pseudônimo]] feminino.
[[Lamartine Babo]], que estava no auge do prestígio, era o artista do momento e acabara de compor a música “[[Mulata|O teu cabelo não nega, mulata]]”, que lhe gerou problemas autorais.
 
Assim, [[Carlos Alves Netto|Carlos Netto]] escreveu a [[Lamartine Babo]], fazendo se passar por uma certa “Nair Oliveira Pimenta”, mineira de [[Boa Esperança (Minas Gerais)|Dores da Boa Esperança]].
Com o tempo, Lalá (apelido de Lamartine) e Nair passaram a se corresponder com freqüência. Se Lamartine escrevia em prosa, Nair respondia em prosa, sem ele escrevia em versos, “ela” respondia em versos. Lamartine se admirou com a inteligência da sua correspondente, enviou as fotos e, por um ano, manteve esta correspondência; até que Nair interrompeu as cartas, alegando que iria se casar com um primo e que “tudo não se passava de um sonho impossível”.
 
Lalá, ansioso e preocupado, no ano de [[1937]], resolve ir a [[Boa Esperança (Minas Gerais)|Boa Esperança]] para conhecer Nair .
Com o tempo, Lalá (apelido de Lamartine) e Nair passaram a se corresponder com freqüência. Se Lamartine escrevia em prosa, Nair respondia em prosa, sem ele escrevia em versos, “ela” respondia em versos. Lamartine se admirou com a inteligência da sua correspondente, enviou as fotos e, por um ano, manteve esta correspondência; até que Nair interrompeu as cartas, alegando que iria se casar com um primo e que “tudo não se passava de um sonho impossível”.
As crônicas do lugar descrevem Lamartine, ao chegar na [[Boa Esperança (Minas Gerais)|cidade]], como “magro, feio e desdentado; porém, um sultão orgulhoso de seu harém”.
 
Lalá, ansioso e preocupado, no ano de [[1937]], resolve ir a [[Boa Esperança (Minas Gerais)|Boa Esperança]] para conhecer Nair .
 
As crônicas do lugar descrevem Lamartine, ao chegar na [[Boa Esperança (Minas Gerais)|cidade]], como “magro, feio e desdentado; porém, um sultão orgulhoso de seu harém”.
 
Apresentaram-lhe a única Nair do lugar, que era uma menina de 6 anos de idade. Decepcionado, não desistiu e continuou sua busca pela cidade, até que alguém lhe revelou: “Nair era um ‘marmanjo’ que o ludibriara para conseguir sua foto”!
Apesar do receio da verdade, o dentista [[Carlos Alves Netto]], irmão de Nair, assumiu: era ele quem mandava as cartas.
 
Ao saber de tudo, Lalá capitulou, silenciosamente, sem comentários. Ficou na cidade e conheceu melhor [[Carlos Alves Netto|Carlos Netto]], de quem se tornou grande amigo.
 
A juventude e os músicos do [[Boa Esperança (Minas Gerais)|lugar]] passaram a se reunir, diariamente, com [[Lamartine Babo|Lalá]], que à luz de [[lampião (lanterna)|lampião]], em volta da mesa, a todos encantava com sua inteligência privilegiada.
 
Assim, marcado um piquenique para a despedida de Lamartine, este, olhando a [[Serra da Boa Esperança]] que emoldurava a paisagem, começou a solfejar as notas, que Carlos Netto ia escrevendo na pauta improvisada num pedaço de jornal. E com as notas, foi saindo a letra.<br />
 
Quando da reinauguração do Clube Dorense, foi prevista uma homenagem a [[Lamartine Babo]], porém ele faleceu antes. Assim, em sua homenagem, a municipalidade ergueu um monumento, numa das principais vias públicas da [[Boa Esperança (Minas Gerais)|cidade]], a Avenida Marechal Floriano Peixoto.
 
Esta música, composta em [[Boa Esperança (Minas Gerais)| Boa Esperança]] fez muito sucesso, sendo interpretada por [[musicista|artistas]]:
 
* [[Francisco Alves (cantor)|Chico da Viola]]
* [[Silvio Caldas]].
* [[Cascatinha e Inhana]].
* [[César Camargo Mariano]] e [[Wagner Tiso]] (Versão Instrumental - [[1983]])
* [[Eduardo Dusek]] ([[1984]])
* [[Tetê Espíndola]].
 
== Filmagens ==
Esta música esteve presente na trilha sonora:
 
* “[[Cinema, Aspirinas e Urubus]]” - [[filme]] de [[2005]] – interpretação de [[Francisco Alves]].
* “[[Éramos Seis (1977)|Éramos Seis]]” Novela da [[Rede Tupi]] de [[1977]]- interpretação de [[Elizeth Cardoso]] e [[Silvio Caldas]].
=={{Ligações externas}}==
*[http://www.samba-choro.com.br/partituras/pordatacontribuicao/vermusica?mid=4048&pos=2881 Partitura e Cifras]
*[http://letras.terra.com.br/lamartine-babo/689972/ Letra e Música]
 
{{ref-sectionReferências|Notas}}
 
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== {{Ligações externas}} ==
*[ {{Link||2=http://www.samba-choro.com.br/partituras/pordatacontribuicao/vermusica?mid=4048&pos=2881 |3=Partitura e Cifras]}}
*[ {{Link||2=http://letras.terra.com.br/lamartine-babo/689972/ |3=Letra e Música]}}
 
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[[Categoria:Canções do Brasil]]
[[Categoria:Sambas]]