Arte pela arte: diferenças entre revisões

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'''Arte pela arte''' é um sistema de crenças que defende a autonomia da [[arte]], desligando-a de razões funcionais, pedagógicas ou morais e privilegiando apenas a [[Estética]].
 
A origem desse conceito remonta a [[Aristóteles]], mas só foi desenvolvido e consolidado em meados do século XVIII. Seu primeiro formulador foi [[Alexander Baumgarten]], que criou a palavra "estética" em 1750, e a definiu como alheia à moral e até mesmo ao prazer. [[Kant]] logo em seguida aprofundou a questão dizendo que o prazer estético é desinteressado e não visa outras coisas além de si mesmo, o que encontrou apoio nas idéias de [[Schelling]] e [[Hegel]]. Em 1804 [[Jean-Joseph Benjamin-Constant|Benjamin Constant]] sumarizou o debate cunhando a expressão "arte pela arte".
 
Usada pelos românticos alemães, logo a [[França]] se torna o centro dessa teoria, tendo como grande divulgador [[Théophile Gautier]], que a emprega para atacar o moralismo e o utilitarismo que via como inimgos da verdadeira arte, chegando ao ponto de colocar em oposição a Beleza e a Utilidade. A influência de suas idéias se alastrou para os [[Estados Unidos]], onde teve em [[Edgar Allan Poe]] um divulgador de peso, que conseguiu a conversão de [[Baudelaire]] e [[Mallarmé]] a este sistema. Na [[Inglaterra]], a teoria é defendida por [[Algernon Charles Swinburne|Swinburne]], e nesse país ela adquire um significado profundo com o trabalho de [[John Keats]], que identificava Verdade com Beleza e assim colocava a Estética em primeiro plano. Desde então, "arte pela arte" é um sinônimo de esteticismo.