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Agentes provocadores em Portugal (greves gerais) e reorganização de ordem
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Um '''agente provocador''' (em [[língua francesa|francês]], '''''agent provocateur''''', ''agents provocateurs'' no [[plural]]) é uma pessoa que secretamente destrói as atividades de um grupo de dentro do próprio grupo.
 
Os agentes provocadores representam tipicamente os interesses de um outro grupo, ou são agentes dire(c)tamente designados para provocar agitação, violência, debate, controvérsia ou controvérsiadescrédito através (ou dentro) de um grupo enquanto agem como membros do mesmo.
 
== Tipos ==
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Historicamente, a a(c)tividade do agente provocador têm sido uma [[táctica]] operacional dos [[agente infiltrado|agentes infiltrados]] que podem ser pagos para se imiscuir, monitorar, destruir e/ou subverter entidades [[sindicato|sindicais]].
 
 
== No Brasil ==
No [[Brasil]], aconteceram dois casos célebres da ação de agentes provocadores.
 
O primeiro deles foi o major Jorge Elias Ajus se infiltrou na [[Insurreição anarquista de 1918]] cuja meta era derrubar o governo e realizar uma revolução social. Afirmando apoiar a causa como representante de uma parcela dos setores baixos do exército e incitando os demais a ação, Ajus na verdade trabalhava como espião para o governo federal delatando todos seus movimentos e levando a prisão seus principais articuladores, entre eles o filólogo libertário [[José Oiticica]].
 
O outro foi o caso em que "[[Cabo Anselmo]]" supostamente agiu como agente provocador pago pela [[CIA]] para provocar a "Revolta dos Marinheiros" em [[1964]], um dos estopins do [[golpe militar]] desencadeado em [[31 de março]] daquele ano.
 
== NaEm EuropaPortugal ==
 
A utilização de agentes provocadores e infiltrados da polícia tornou-se particularmente visível nas contestações sociais que ocorrem desde a formação do [[XIX_Governo_Constitucional_de_Portugal]]. A presença destes em manifestações e acções associadas às greves gerais de 11 de Novembro de 2011 e de 22 de Março de 2012 tem sido denunciada através de relatos, fotografias e vídeos de cidadãos.<ref>http://5dias.net/2011/11/28/nova-fotografia-do-agente-infiltrado-e-da-carga-policial-miguel-macedo-expulse-o-trambolho-violento-da-policia-e-demita-o-extremista-mentiroso-do-governo/</ref> <ref>http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/03/22/manifestantes-responsabilizam-policias-a-paisana-por-incidentes-frente-a-reitoria-do-porto</ref>.
 
== Na Europa ==
As actividades de agentes provocadores contra os revolucionários no [[Imperio_Russo|Império Russo]] constituem exemplos notórios.
 
[[Sir John Retcliffe]] foi um famoso ''agent provocateur'' da [[polícia secreta]] da [[Prússia]].
 
Em 2001, na 27ª Cimeira do [[G8]], polícia e serviços de segurança infiltraram-se em [[black bloc]]s com agentes provocadores. As alegações surgiram pela primeira vez após uma sequência de vídeo na qual "homens de negro foram vistos sair de carrinhas da polícia perto das marchas de protesto" <ref>Rory Carroll, John Vidal, John Hooper, David Pallister and Owen Bowcott. Men in black behind chaos: Hardliners plan 'actions' away from main protesters. The Guardian, http://www.guardian.co.uk/world/2001/jul/23/globalisation.davidpallister Monday 23 July 2001.</ref><ref>FAIR. Media Advisory: Media Missing New Evidence About Genoa Violence. http://www.fair.org/activism/genoa-update.html</ref>
 
Em vários países europeus, "agente provocador" é uma expressão legal oficial para definir uma pessoa que aborda outras com ofertas de [[suborno]], com o consentimento da polícia. Isto tem se provado bastante eficaz no combate à [[corrupção]] em países do [[Leste Europeu]].
 
 
== Nos Estados Unidos ==
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As a(c)tividades dos agentes provocadores levantam várias questões [[ética]]s e [[lei|legais]]. No âmbito da jurisdição da ''[[common law]]'', a lei de ''[[entrapment]]'' busca discernir se o alvo da "provocação" pretendia cometer o crime do qual participou com o agente provocador, ou se a sugestão para cometer o crime partiu do provocador. É também motivo de discussão se a fraude institucionalizada que o uso de agentes provocadores implica, não é, ''[[de facto]]'', mais daninha para a ordem social do que os vários delitos consentidos tipicamente investigados pelos provocadores.
 
== No Brasil ==
No [[Brasil]], aconteceram dois casos célebres da ação de agentes provocadores.
 
O primeiro deles foi o major Jorge Elias Ajus se infiltrou na [[Insurreição anarquista de 1918]] cuja meta era derrubar o governo e realizar uma revolução social. Afirmando apoiar a causa como representante de uma parcela dos setores baixos do exército e incitando os demais a ação, Ajus na verdade trabalhava como espião para o governo federal delatando todos seus movimentos e levando a prisão seus principais articuladores, entre eles o filólogo libertário [[José Oiticica]].
 
O outro foi o caso em que "[[Cabo Anselmo]]" supostamente agiu como agente provocador pago pela [[CIA]] para provocar a "Revolta dos Marinheiros" em [[1964]], um dos estopins do [[golpe militar]] desencadeado em [[31 de março]] daquele ano.
 
== Na Europa ==
Em vários países europeus, "agente provocador" é uma expressão legal oficial para definir uma pessoa que aborda outras com ofertas de [[suborno]], com o consentimento da polícia. Isto tem se provado bastante eficaz no combate à [[corrupção]] em países do [[Leste Europeu]].
 
{{Referências}}<small></small>
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* {{Link||2=http://www.jornalopcao.com.br/index.asp?secao=Cartas&subsecao=Colunas&idjornal=82 |3=E agora José, outra provocação? |4=por Jarbas Silva Marques em [http://www.jornalopcao.com.br Jornal Opção]. Acesso em [[12 de junho]] de [[2007]].}}
* {{Link||2=http://www.fab.mil.br/imprensa/enotimp/2005/05-MAI/enotimp142.htm |3= O julgamento do agente duplo |4=por Leonel Rocha e Eumano Silva do [[Correio Braziliense]] em [http://www.fab.mil.br/ FAB]. Acessado em [[12 de junho]] de [[2007]].}}
 
 
 
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