Argumento ontológico: diferenças entre revisões

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Em [[teologia]] e na [[filosofia da religião]], o '''argumento ontológico''' é um argumento a favor da [[existência de Deus]]. Por ele, a existência de uma divindade pode ser provada ''[[a priori]]'', com um [[silogismo]], isto é, bastando apenas o uso do pensamento humano, não sendo necessária, portanto, uma evidência física, ou seja, ''[[a posteriori]]''.<ref name="deusumdelirio">DAWKINS, Richard. ''Deus, um Delírio'', 2007, 1ª edição, p. 115-122.</ref><ref name="iep">{{citar web|url=http://www.iep.utm.edu/ont-arg/ |título=Ontological Argument na Internet Encyclopedia of Philosophy |autor= |data= |publicado=IEP |acessodata=17 de dezembro de 2008}}</ref>
 
O argumento ontológico diz que Deus é um ser perfeito ao máximo, não é possível que nada seja mais perfeito que ele. Segundo os defensores do argumento, o atributo essencial da perfeição é a [[existência]], logo Deus, sendo tão perfeito, existir, sem o que ele não seria perfeito; sua existência faz parte do seu ser. Esse argumento foi diversas vezes reabilitado ao longo da história, mas também criticado por não respeitar fundamentos básicos da [[lógica]]. Foi proposto pela primeira vez pelo [[doutor da Igreja]] '''[[Anselmo de Cantuária]]''', dito Santo Anselmo.
 
Alguns filósofos contra-argumentaram o argumento ontológico, entre eles [[David Hume]] (1711-1776) e [[Immanuel Kant]] (1724-1804). Com o mesmo tipo de raciocínio, seria possível provar a inexistência de Deus, conforme o australiano Douglas Gasking demonstrou, esclarecendo, por fim, que existência ou não de Deus é uma pergunta simples demais para ser decidida por uma "prestidigitação [[dialética]]".<ref name="deusumdelirio" /> O filósofo estadunidense Norman Malcolm defendeu que o argumento de que a existência é um dos requisitos para a perfeição não é aceitável e que algo não é mais ou menos perfeito por existir fisicamente ou não.<ref name="iep" />
 
== Ver também ==