Pietà de Florença: diferenças entre revisões

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== Análise da obra ==
[[Ficheiro:Pietà bandini 10.JPG|thumb|esquerda|Pormenor da Pietà.]]
Ao contrário da serenidade que representou na sua primeira realização da [[Pietà (Michelangelo)|Pietà do Vaticano]], nesta demonstra o seu estado anímico apresentando o dramatismo da morte com a angústia nas personagens. Representam-nos numa composição piramidal, o Cristo mostra-se como uma "[[figura "serpentinata]]" própria do [[maneirismo]]. Tolnay interpretou-o alegoricamente:
{{Quote1|Uma vez mais patentiza-se o [[simbolismo]] dos lados: o direito, onde se encontra a Madalena, é o da [[vida]], e o esquerdo, onde está Maria, é o da [[morte]]. Personificando a [[divina Providência]], Nicodemo, como o sacerdote nuns esponsais, completa com emoção a reunião da Mãe e do Filho, tão desejada por Maria, A dor pela morte foi superada: as personagens vivas ficam invadidas do mesmo sentimento de beatitude que se lê nos serenos traços de Jesus Cristo morto. Os corpos individuais fundem-se, compenetrando-se intimamente como os sentimentos das personagens. Esta nova concepção da Pietà é uma demonstração de que Miguel Ângelo se reconciliou com a ideia da morte, que vê agora como a suprema libertação da [[alma]].<ref>Charles Tolnay (1951) Michelangelo, Florença, p.158</ref>}}