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[[Ficheiro:Salus.jpg|thumb|Moeda com a efígide de Salústio.]]
'''Caio Salústio Crispo''' ({{dni|lang=br|||86-34 a.C.|si}} — {{morte|lang=br|||-34}}) foi um dos grandes escritores e poetas da literatura latina.
 
Nasceu em Amiterno, na Sabina, em [[86 a.C.]], em uma família interiorana, mas de posses, tevetendo uma formação requintada. Foi cedo para Roma, e recebeu apoio de pessoas de influência da sua família. Com o apoio de [[César]], Salústio foi eleito [[questor]], cargo que lhe assegurou uma cadeira no [[Senado Romano]]. Investiu contra adversários de César, e estes passaram a ser seus adversários, como [[Milão]] e [[Cícero]].
 
A inimizade que Salústio tinha para com Cícero se encontra refletida em sua obra; por exemplo, nos episódios relativos à conjuração de [[Catilina]], o autor se mostra hostil a Cícero, não entrando em muitos detalhes quanto à importante participação daquele durante o ocorrido, não reproduzindo nem mesmo os discursos de Cícero no Senado Romano, discursos estes que até hoje são lembrados pela historiografia [[política]]. Em compensação, Salústio descreve com riqueza de detalhes o discurso de César, com quem colaborava.
 
Salústio foi expulso do Senado pelo [[censor]] [[Ápio Cláudio Pulcher]], grande amigo de Cícero, sob a acusação de imoralidade, mas pouco depois foi reconduzido ao cargo pelo chefe e padrinho, Júlio César.
 
Durante a guerra Civil, ele apoiou a causa de César, a quem prestou serviços e por quem foi nomeado governador da [[Numídia]] (África Nova), onde conseguiu acumular uma grande riqueza e passou a desfrutar da “angustiante fadiga romana”. No final de sua carreira política, ele passou a se dedicar à literatura. Já desiludido com a corrupção em Roma, escreveu sobre a decadência do povo romano e foi útil ao descrever dois grandes momentos do fim da república romana, a saber, a Conjuração de Catilina e a Guerra de [[Jugurta]], episódios sobre os quais escreveu no período que vai da morte de Cícero, em [[43 a.C.]], à [[guerra Purúgia]], em 40 a.C., quando os grandes personagens da conjuração, Crasso, Pompeu, [[Catão]], César, Cícero e o próprio protagonista, Catilina, já haviam desaparecido do cenário político.
 
Salústio usa de suas narrativas como um pretexto para criticar os erros políticos cometidos pelos que detiveram o poder em Roma, principalmente aqueles de Cícero, seu inimigo político e pessoal.
 
Encerra sua vida pública em uma mansão adquirida com as riquezas arrecadadas durante o período em que foi governador da Numídia, escrevendo suas monografias em seu belo jardim. Deixou seu nome na história, sobretudo pelos relatos legados sobre momentos decisivos da política da República Romana.
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[[Categoria:Historiadores da Roma Antiga]]