Oposição à ditadura portuguesa: diferenças entre revisões

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[[Imagem:HumbertoDelgado.jpg|thumb|200px|General Humberto Delgado, um dos símbolos da oposição]]
 
A [[oposição]] começou logo após a implantação da [[ditadura]] portuguesa em 1926 e foi-se fortificando e alargando à medida que o regime autoritário (1926-1974) perdurava. Ela sempre lutou, perturbou e se opôs às ideias da [[ditadura nacional|ditadura militar]] (1926-1933) e do [[Estado Novo (Portugal)|Estado m Novo]] (1933-1974).
 
Muitos intelectuais e pessoas importantes, como [[Humberto Delgado]], [[Álvaro Cunhal]], [[Norton de Matos]], participaram na oposição e contribuíram muito. A oposição sofria muito com as perseguições e repressão da [[PIDE]], a polícia política do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], por isso ela optou pela clandestinidade. Muitos opositores foram forçados a exilar-se para o estrangeiro e alguns até foram assassinados pela PIDE, como o General [[Humberto Delgado]] ou o escultor [[Dias Coelho]], entre muitos outros.
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No dia 31 de Dezembro de 1961, dá-se uma revolta militar e civil no quartel de Beja (regimento de infantaria 3), comandada pelo capitão Varela Gomes e [[Manuel Serra]] (líder civil). O general [[Humberto Delgado]] regressou clandestinamente ao país para participar nesta revolta, que apesar de ter quebrado um ciclo de 30 anos em que a oposição não pegou em armas, acabou fracassada.
 
No ano seguinte, um grupo de oficiais liberais, dirigido pelo General [[Botelho Moniz]] ([[Ministério da Defesa Nacional|,Ministro de Defesa]]), lançou um tentativa de [[golpe de Estado]] (chamada depois de [[Golpe Botelho Moniz]]). Este golpe de Estado, destinado a afastar [[António de Oliveira Salazar|Salazar]], fracassou devido às falhas de organização dos implicados e à denúncia do golpe por oficiais de extrema-direita (apoiantes do regime), como por exemplo o [[Kaúlza de Arriaga|general Kaúlza de Arriaga]] e o almirante [[Américo Tomás]]. A silenciada e semiadormecida opinião pública portuguesa não teve conhecimento de nada do que se passara, tendo apenas sido surpreendida com uma remodelação ministerial e a demissão de vários altos chefes militares posteriormente ditada por Salazar.
 
=== Terceira fase (finais da década de 60 até à queda do regime) ===
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Na década de 70, os sectores da finança e negócios, classes médias e movimentos operários alinharam-se à oposição devido às dificuldades económicas vividas no país causadas pela guerra e pela crise mundial de [[1973]] e foram muito importantes na contestação à política do regime. O regime já tinha os seus dias contados porque quase todos os sectores da sociedade já não o apoiam, até mesmo as forças armadas e alguns membros do clero.
 
Crescia o descontentamento e a angústia nas [[Forças Armadas Portuguesas]] (a grande base de apoio do regime), especialmente a partir de década de 70, porque eles perceberam que a [[guerra colonial]] estava longe de acabar e que eles não iriam conseguir ganhá-la. A recusa do governo em aceitar uma solução política par.apara a guerra levou a que os oficiais percebessem que o fim do conflito passava pelo derrube da ditadura. Os oficiais intermédios do exército, principalmente os capitães, sabendo que tinham o apoio dos seus chefes superiores, organizaram-se num movimento clandestino, o Movimento das Forças Armadas ([[MFA]]) que tinha como principais objectivos democratizar o país e acabar a [[guerra colonial]]. O programa do MFA, concluído em Março de 1974 e divulgado nos quartéis (na metrópole e nas colónias), iria depois resumir-se em três palavras-lema: Democratizar, Descolonizar e Desenvolver (os três “D”).
 
==Queda do regime==