RKO Pictures: diferenças entre revisões

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{{Sem-fontes|data=maio de 2010| arte=| Brasil=| ciência=| geografia=| música=| Portugal=| sociedade=|1=|2=|3=|4=|5=|6=}}
{{Infobox empresa
{{Info/Empresa
| imagem =Orson Welles-Citizen Kane1.jpg
|img-des =<br>[[Orson Welles]] em [[Citizen Kane]], o filme mais importante realizado pelo estúdio
| nome_empresa = RKO Pictures
| fundação = [[1928]] (RKO Radio Pictures)
| logo_empresa =
| fundaçãotipo = [[1928]]
| localsede = {{USA}} [[Hollywood]], [[Los Angeles]], [[Califórnia|CA]] <br/> {{USA}}
| sedefundador = [[LosDavid AngelesSarnoff]], <br>[[CalifórniaJoseph P. Kennedy|CAJoseph Kennedy]] <br/>{{USA}}
| proprietário =
| página = [http://www.rko.com Site Oficial]
| gênero = Produtora e distribuidora de filmes
| }}
| principais_pessoas =
 
| página = [http://www.rko.com Site Oficialrko.com]
A '''RKO Radio Pictures''' foi criada em [[1928]] pela [[Radio Corporation of America]] ([[RCA]]), cujo sistema de som em película (Photophone) tinha sido preterido pelo da rival [[Western Electric]] (Vitaphone). Como resposta a RCA adquiriu a rede de salas de cinema [[Keith-Albee-Orpheum]] e a produtora [[Film Booking Office of America]] ([[FBO]]), criando a RKO com o objectivo de produzir apenas filmes sonoros.
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A '''RKO Radio Pictures''' foi criada pela [[Radio Corporation of America]] ([[RCA]]), cujo sistema de som em película (Photophone) tinha sido preterido pelo da rival [[Western Electric]] (Vitaphone). Como resposta, a RCA adquiriu a produtora [[FBO]] (Film Booking Office of America), que existia desde o início da [[década]], e, a seguir, a rede de salas de cinema [[Keith-Albee-Orpheum]]. Em [[23 de outubro]] de [[1928]], foi confirmada a [[fusão (direito)|fusão]] dessas [[duas]] empresas, e assim nasceu a Radio-Keith-Orpheum Corporation, com capital de [[trezentos]] [[milhão|milhões]] de [[dólar|dólares]].<ref name="multipla">JEWELL, Richard B. e HARBIN, Vernon, '''The RKO Story''', [[número ordinal|terceira]] impressão, [[Londres]]: Octopus Books, [[1984]] {{en}}</ref> O objectivo era produzir exclusivamente filmes sonoros.
 
== Primeiros anos ==
[[File:KingKongStyleA.jpg|thumb|250px|left|<center>[[poster]] do clássico [[King Kong]], de [[Merian C. Cooper]] ([[1933]])</center>]]
 
[[File:BabyPoster2.jpg|thumb|250px|right|<center>[[Katherine Hepburn]] e [[Cary Grant]] em [[Bringing Up Baby]], de [[Howard Hawks]] ([[1938]]), clássico da comédia maluca</center>]]
Os [[número ordinal|primeiros]] [[ano|anos]] da empresa, dominados por [[filme musical|musicais]] e [[comédia|comédias]] cheias de [[diálogo|diálogos]], foram de algum sucesso, mas os realizadores que trabalhavam para o estúdio não estavam satisfeitos com as condições existentes e, em [[1931]], a RKO adquiriu a [[Pathé]] [[Estados Unidos|norte-americana]], cujos estúdios e rede de distribuição permitiram aumentar a capacidade de produção e distribuição da RKO. Nesse mesmo ano, [[David O. Selznick]] torna-se o responsável pela produção do estúdio e cria uma unidade em que produtores independentes são contratados para produzir um determinado número de filmes, sem qualquer interferência do estúdio, mas em que este dividia os custos de produção em troca dos direitos de distribuição. A estratégia de Selznick passava também por realizar grandes estreias das suas maiores produções e, assim, foi responsável pela construção da maior sala de cinema do mundo, o [[Radio City Musical Hall]], em [[Nova York]]. A sala possibilitava a estreia das maiores produções do estúdio, rodeadas de grande publicidade e notoriedade. Infelizmente a estratégia revelou-se bastante cara: quer para o estúdio, que fechou o ano de [[1932]] com [[dez]] [[milhão|milhões]] de [[dólar|dólares]], quer para Selznick, que foi despedido.
 
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Para além das suas próprias produções, a RKO distribuía ainda os filmes de [[Walt Disney]] (curtas e longas-metragens) e as produções de [[Samuel Goldwyn]]. Durante a [[década de 1930]], estão sob contracto do estúdio estrelas como [[Cary Grant]], [[Irene Dunne]], [[Douglas Fairbanks Jr.]], [[Fred Astaire]], [[Ginger Rogers]] e [[Katharine Hepburn]], e embora a RKO não tivesse os recursos financeiros dos concorrentes, seus filmes eram conhecidos pelo estílo e desenho de produção.
 
== Década de 401940 ==
 
[[File:Notorious1946.jpg|thumb|250px|right|<center>[[Cary Grant]] e [[Ingrid Bergman]] em [[Notorious]], de [[Alfred Hitchcock]], produção de [[1946]] do estúdio</center>]]
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Em [[1948]], o milionário [[Howard Hughes]] adquire parte do capital da RKO por pouco menos de [[nove]] milhões de dólares e o estúdio, ao contrário do que seria de esperar, entra num período conturbado: para além de despedir [[dois]] terços dos empregados, as psicoses de Hughes fazem parar a produção durante [[seis]] [[mês|meses]], enquanto o milionário investigava o passado político dos restantes. Uma vez retomada a produção, Hughes interferia nas filmagens e ordenava a rodagem de novas cenas sempre que considerava que os atores não se sobressaíam ou que a mensagem [[anticomunista]] não era suficientemente explícita.
 
== Década de 501950 e declínio ==
 
A ordem do tribunal norte-americano em obrigar os estúdios de Hollywood a vender as suas salas de cinema afetou também a RKO, que viu a sua frágil situação financeira piorar. Para agravar a situação ainda mais, Hughes dava mais atenção aos seus interesses aeronáuticos do que ao estúdio (o milionário detinha fábricas de aviões e era dono da transportadora aérea TWA) e foi alvo de diversos processos judiciais por má gestão. Aborrecido, Hughes acabou por comprar a maioria das ações da RKO por $24 milhões, em [[1954]], tornou-se a primeira pessoa a ser dona de um dos grandes de Hollywood. Seis meses depois, Hughes vende inesperadamente a RKO à empresa de pneus [[General Tire and Rubber Company]] por $25 milhões, mantendo apenas os direitos sobre os filmes que produziu pessoalmente.
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O nome do estúdio permaneceu durante os anos, já que a RKO General era a dominação da empresa subsidiária da General Tyres para os meios de comunicação e que detinha uma cadeia de rádios. Em 1989, a General Tyres é comprada pela alemã [[Continental]] Tire, que vendeu a RKO General à empresária [[Dina Merrill]] e ao seu marido, o produtor [[Ted Hartley]]. Os novos donos, que detêm todos os direitos sobre os logótipos, marcas, argumentos, histórias, remakes e sequelas dos filmes da RKO Radio Pictures, ressuscitam a produtora, produzindo remakes de sucessos antigos e peças de teatro. Embora ainda hoje se mantenha ativa, a atual RKO Pictures é uma sombra dos seus tempos áureos, mas a sua história é parte integrante da sétima arte.
 
{{Referências}}
 
==Referências bibliográficas==
* JEWELL, Richard B. e HARBIN, Vernon, '''The RKO Story''', [[número ordinal|terceira]] impressão, [[Londres]]: Octopus Books, [[1984]] {{en}}
 
== {{Ligações externas}} ==