Tamera: diferenças entre revisões

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== História ==
O projecto começou na [[Alemanha]] há mais de 30 anos, quando uma equipa de [[pioneiro]]s em torno do [[psicanalista]] Doutor [[Dieter Duhm]], da [[teóloga]] [[Sabine Lichtenfels]] e do [[engenheiro]] e [[físico]] [[Charly Rainer Ehrenpreis]] tiveram a ideia de criar um modelo demonstrativo para o futuro, tão flexível, concreto e convincente quanto possível.
 
Quinze anos depois, ao chegar a Portugal, Sabine Lichtenfels deu o nome “Tamera” a este projecto pelo seu significado ancestral: “''junto à fonte primordial''”. O nome é um apelo para a ligação primordial às nossas origens, à natureza, à vida comunitária e ao empenho pela paz mundial.
 
== Missão ==
O principal objectivo desta [[escola]] e centro de [[pesquisa]] é investigar o conhecimento necessário para o estabelecimento de [[aldeia]]s para a [[paz]] que possam surgir em muitos países. Estes modelos de [[ecoaldeias]] assentam num modo devida [[sustentabilidade|sustentável]], tanto do ponto de vista [[ecológico]] como social, incluindo a cooperação com a [[natureza]] e com os animais.
 
Os seus estudantes e investigadores dedicam-se à formação humana e tecnológica, levando a cabo experiências sociais e tecnológicas, fomentando modelos para uma convivência autêntica entre as pessoas, baseada em novos valores éticos e no aproveitamento descentralizado da [[energia solar]], [[reflorestação]] e recuperação da natureza pela [[permacultura]] e [[Lacustre|paisagem aquática]], arquitectura com materiais naturais e da [[auto-suficiência]] regional, e na criação do que eles chamam "células germinativas de uma nova cultura pela paz", independentes dos grandes sistemas ideológicos e das grandes indústrias e sistemas centrais de fornecimento.
 
== A desertificação no Alentejo ==
Desde [[2007]], Tamera tem vindo a construir juntamente com [[Sepp Holzer]], camponês de montanha e especialista em permacultura, uma paisagem aquática, um modelo que visa a regeneração de paisagens gravemente danificadas e a desertificação que ameaça não só Portugal mas todo o Sul da Europa.
 
“A seca neste país não é uma catástrofe natural. É o resultado de uma exploração errada da terra. O manuseamento errado da água, a desflorestação, a pastagem excessiva e as monoculturas são responsáveis pela diminuição da vegetação e pelo início da desertificação”, explica Sepp Holzer.
 
== A Aldeia Solar ==
Em Outubro de [[2009]] foi inaugurado o Campo Experimental da Aldeia Solar. Foi pensado para ser um local onde pioneiros da investigação na área de energia solar poderão trazer desenvolvimentos e experimentá-los longe da sociedade vigente. O projecto foi concebido e é monitorizado pelo físico e inventor Jürgen Kleinwächter. Este afirma não querer competir com mega projectos como as gigantescas centrais solares no Saara. “Em vez de monopolizar a produção de energia, nós ambicionamos no fornecimento energético e alimentar a autonomia regional. Deste modo, a paisagem pode ser protegida e podem ser criados postos de trabalho locais para que a vida volte às aldeias”.
 
Até os equipamentos na cozinha solar funcionam com energia solar. Neste caso com óleo quente que foi aquecido na estufa de energia e armazenado em reservatórios especiais. O óleo não fornece apenas calor para cozinhar durante dia e noite. Também pode ser usado para accionar serras ou outros aparelhos através da força mecânica, para desinfectar ou para refrigerar. É simplesmente o centro de um conceito energético totalmente novo para uma aldeia.
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Em Outubro de 2009, vários membros da comunidade e convidados, de Portugal e do mundo inteiro, [[Activista|activistas]] pela paz, peregrinos, visionários e dinamizadores de todas as idades, juntaram-se para realizar pela primeira vez a peregrinação Grace na [[Europa]], e caminharam através do pais.
 
A intenção foi a de dar início a uma reconciliação e chamar a atenção das forças governamentais europeias para as alternativas que consistem em construir modelos de paz. A peregrinação teve início no pré-histórico [[Cromeleque dos Almendres]] perto de [[Évora]], passando por [[Torrão]], [[Grândola]], [[Santiago do Cacém]], [[Sines]], [[Odemira]] e terminando no próprio Círculo de Pedras de Tamera, um dos lugares mais estimados pela comunidade.
 
Esta viagem pretendeu também estimular a recordação e a compreensão do caminho percorrido pela humanidade, desde a utopia primordial de uma antiga cultura pacífica e tribal, até chegar a um projecto de um modelo de uma futura cultura pacífica e global.