Porsche 911: diferenças entre revisões

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== Motores arrefecidos a ar (1964–1998) ==
=== 911 Series (1964–1988) ===
O 911 foi designado como um substituto muito mais potente, maior e mais confortável para o [[Porsche 356]], o primeiro modelo da firma e, essencialmente, uma evolução do [[Volkswagen Fusca]]. O novo carro foi apresentado ao público no [[Internationale Automobil-Ausstellung]] de 1963, mais conhecido aos falantes da língua portuguesa como Salão Internacional de [[Frankfurt]].
 
Ele foi designado "[[Porsche 901]]" (901 sendo o número interno do projeto). A [[Peugeot]] protestou baseada no fato de que eles tinham o registro de todos os nomes de carros consistindo de dois números com um zero entre eles. Logo, antes do início da produção, o novo Porsche teve seu nome alterado para 911. Começou a ser vendido em 1964.
 
==== 911 2.0-litros / Séries O, A e B (1964–1969) ====
Os modelos mais antigos do 911 possuíam um motor de seis cilindros e 130 [[PS (cavalos)|PS]]<sup>[[#Notes|1]]</sup> (96&nbsp;kW), na configuração "Boxer" como o 356, refrigerado a ar e montado na traseira, com 1991 cc comparados ao 1600 cc quatro cilindros do 356. O carro possuía quatro lugares, embora os assentos traseiros fossem bem pequenos – o carro é geralmente considerado um 2+2 ao invés de um quatro lugares, assim como o 356. Era equipado com uma transmissão manual de cinco marchas, "Type 901". O estilo foi obra principalmente de [[Ferdinand Alexander Porsche|Ferdinand "Butzi" Porsche]], filho de [[Ferdinand Anton Ernst Porsche|Ferdinand "Ferry" Porsche]]. [[Erwin Komenda]], o encarregado do departamento de carrocerias da Porsche, também esteve envolvido no projeto, embora sua morte repentina tenha limitado suas contribuições.
 
O 356 chegou ao fim da linha em 1965, mas ainda havia mercado para um Porsche 4 cilindros, sobretudo nos EUA. O [[Porsche 912]], lançado no mesmo ano, serviu como um substituto direto. Ele usava o motor 4 cilindros, 1600&nbsp;cc 90&nbsp;PS (66&nbsp;kW) do 356, com a carroceria do 911.
 
Em 1966 a Porsche introduziu o mais potente 911S, a força do motor aumentada para 160&nbsp;PS (118&nbsp;kW). Rodas de liga da Fuchs, em um distinto padrão de 5 folhas, foram oferecidas pela primeira vez. Nas competições, instalado nos [[Porsche 904]] e [[Porsche 906]] de motor central, o motor foi levado a 210&nbsp;PS (154&nbsp;kW).
 
Em 1967 a versão [[Targa]] foi lançada. O Targa possuía um painel removível no lugar do teto, uma janela de [[plástico]] também removível (embora uma versão de vidro, fixa, tenha sido disponibilizada a partir de 1968), e um sant antônio de [[aço]] fixo. A Porsche havia pensado, em dado momento, que os conversíveis totalmente abertos fossem ser proibidos nos EUA, um importante Mercado para a Porsche, e introduziram o Targa como uma versão "reserva". O nome "Targa" vem da corrida de rua [[Targa Florio]] na [[Sicília]], na qual a Porsche teve sucesso notável: vitórias em 1956, 1959, 1960, 1963, 1964, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970 e 1973.
 
O modelo 911T de 110&nbsp;PS (81&nbsp;kW) foi também lançado em 1967 e substituiu o 912. O modelo de 130&nbsp;PS (96&nbsp;kW) foi renomeado 911L. Com um apelo esportivo ainda maior, o 911R foi produzido em série limitada (20 ao todo). Foi uma versão mais leve direcionada às corridas, com portas de alumínio, bloco do motor em magnésio, e 210&nbsp;PS (154&nbsp;kW).
 
Em 1968 a série B foi introduzida, e o entre-eixos foi alongado de 2211&nbsp;mm para 2268&nbsp;mm, uma solução efetiva para o comportamento nervoso da direção. O tamanho total do carro não mudou: ao invés, as rodas traseiras foram deslocadas para trás. Ignição eletrônica passou a ser oferecida no modelo 911S e no 911E, um novo modelo intermediário. Foi também adicionado à linha um modelo semi-automático Sportomatic [http://www.sportomatic.org], composto de um conversor de torque, uma embreagem automática e uma transmissão de quatro velocidades.
 
==== 911 2.2-litros / Série C e D (1970–1971) ====
Para a linha 1970 os motores de todos os 911 passaram a ter 2195 cc. As potências passaram a 125&nbsp;PS (92&nbsp;kW) no 911T, 155&nbsp;PS (114&nbsp;kW) no 911E, e 180&nbsp;PS (118&nbsp;kW) no 911S. O 912 foi descontinuado com a introdução do [[Porsche 914]] como modelo de entrada.
 
O 911E de 2.2&nbsp;L foi chamado de "Arma secreta de Zuffenhausen". Apesar da pouca potência do 911E (155&nbsp;PS) comparado ao 911S (180&nbsp;PS), o 911E era mais rápido na aceleração de 0 a 160&nbsp;km
 
==== 911 2.4-litros / Séries E e F (1972–1973) ====
Os modelos 1972–1973 consistiam dos mesmos modelos – o mais barato T, o modelo E e o top de linha S. Entretanto, todos os modelos receberam um motor maior de 2341&nbsp;cc/142&nbsp;in³. Este modelo, embora conhecido como "2.4&nbsp;L", estava mais próximo da designação 2.3— mas isto não enfatizaria tão bem a melhoria com relação ao 2.2. As potências passaram para 130&nbsp;PS (96&nbsp;kW), ou 140&nbsp;hp (104&nbsp;kW) nos EUA, para o modelo T, 165&nbsp;PS (121&nbsp;kW) para o E e 190&nbsp;PS (140&nbsp;kW) para o S.
 
O 911E e 911S usavam [[injeção de combustível]] mecânica (MFI) em todos os mercados. O 911T era carburado, exceto nos EUA, onde também usavam MFI, que explica a diferença de 7&nbsp;kW de força entre a versão européia e americana. Em janeiro de 1973, os 911T americanos passaram a usar a nova injeção K-Jetronic CIS (Continuous Fuel Injection) da [[Robert Bosch GmbH|Bosch]]. Estes automóveis são comumente referidos como modelos 1973.5.
 
Com o aumento de potência e torque, os carros de 2,4L também ganharam caixas de marchas mais fortes, identificadas internamente pelo código Typ 915. Derivadas da transmissão utilizada no [[Porsche 908]] das pistas de corrida, a Typ 915 acabou com o estilo "perna de cachorro" da 1° marcha da transmissão Typ 901/911, optando pelo arranjo mais tradicional em "H", com a primeira marcha à esquerda, segunda abaixo da primeira, etc. Alguns dizem que é porquê o arranjo antigo era inconveniente para dirigir na cidade, outros dizem que é porque a Porsche desejava colocar a quinta marcha fora da carcaça da transmissão, onde ela poderia ser facilmente mudada de uma corrida para outra. A transmissão Sportomatic continuava disponível, mas apenas sob encomenda.
 
Em 1972 grandes esforços foram feitos para melhorar a dirigibilidade do 911. Uma medida da Porsche foi realocar o tanque de óleo de sua posição atrás da roda direita traseira para frente desta. Com isso, todo o peso de mais de oito litros de óleo saiu de trás do eixo traseiro para o entre - eixos, melhorando a dirigibilidade.
 
Para facilitar encher o tanque, a Porsche instalou uma portinhola para o filtro de óleo (parecida com a utilizada para dar acesso ao tanque de gasolina) na parte de trás, do lado direito. Esta inovação, entretanto, durou apenas um ano, alguns dizem que por causa de frentistas desatentos, que colocavam gasolina no tanque de óleo.
 
O tanque de óleo voltou para sua posição original no modelo 1973, e lá permaneceu até ser movido novamente para o entre - eixos, no modelo 964.
 
Os modelos 911S ganharam um discreto spoiler embaixo de seu para choque dianteiro, para ajudar na estabilidade em alta velocidade. Com o carro pesando apenas 1050&nbsp;kg, estes são freqüentemente considerados os melhores 911 clássicos de produção. Para as pistas, o 911 ST foi produzido em quantidade reduzida, com motores de 2466&nbsp;cc ou 2492&nbsp;cc, produzindo 270&nbsp;PS (199&nbsp;kW) à 8000&nbsp;rpm. O peso foi reduzido para 960&nbsp;kg. Os carros foram bem sucedidos nas 6 horas de Daytona, as 12 horas de Sebring, os 1000Km de Nurburgring e a Targa Florio.
 
==== 911 Carrera RS 2.7 (1972–1974) ====
[[Ficheiro:Porsche RSR am 19.05.1974.jpg|thumb|300px|Porsche RSR with Gijs van Lennep at the Nürburgring 1974.]]
 
Este modelo, muito valorizado por colecionadores, é um dos clássicos imortais da Porsche. Foi construído apenas para atender ao critério de certas competições, que exigiam que um número mínimo de carros "de rua" fossem produzidos. Comparados ao 911S padrão, o Carrera RS possuía um motor maior (2687 cc) desenvolvendo 210&nbsp;PS (154&nbsp;kW), suspensão modificada e endurecida, um spoiler traseiro "rabo de pato", freios, rodas e caixas de roda maiores, e cerca de 150&nbsp;kg mais leve - principalmente devido ao aço mais fino utilizado na carroceria. No total 1636 foram fabricados, confortavelmente excedendo o requerimento de 500 da [[Fédération Internationale de l'Automobile|FIA]] em sua classe [[Group 4]]. Uma versão mais poderosa, a Carrera RS 3.0, também foi produzida. Os carros de 3.0&nbsp;L utilizavam aço padrão na carroceria, e graças ao aumento de 180&nbsp;kg, os 20&nbsp;PS (15&nbsp;kW) extras não o deram vantagem na performance.
 
O Carrera RSR 3.0 e o Carrera RSR Turbo (seu motor 2.1&nbsp;L devido a uma fórmula de equivalência de 1.4x) foram produzidos em pequenos números para as corridas. O carro turbo chegou em segundo nas [[24 Horas de Le Mans]] em 1974, um evento significativo, já que seu motor seria a base das futuras incursões da Porsche nas corridas, e poderiam ser considerados o status do comprometimento da marca com motores turbo. O grande spoiler traseiro e o motor 3.0 turbo seriam utilizados novamente no 911 Turbo de produção e no 934 de corrida.
 
Para homenagear o Carrera RS, em 2009 a Porsche criou o 911 Sport Classic, que repriza as formas do Carrera RS de 1973.
e uma porcaria
 
==== 911 2.7-litros / séries G, H, I e J (1974–1977) ====
A partir de 1974 uma versão simplificada do motor 2687&nbsp;cc do Carrera RS passou a ser utilizada nos carros de produção. Os carros tinham aparência diferente das versões de anos anteriores, graças a grandes para choques na frente e atrás, para se adequar aos requerimentos de impacto em baixa velocidade da lei Americana. O interior também foi melhorado. A linha agora era: 911, 911S e 911 Carrera (o último agora um modelo de produção normal.) O Turbo foi introduzido em 1975 (veja abaixo). Em 1976 o Carrera foi melhorado com um motor que era essencialmente o Turbo de 2992 cc, menos o turbocharger, desenvolvendo 200&nbsp;[[horsepower#PS|PS]] (147&nbsp;kW). Os motores 2.7 se mostraram menos confiáveis do que os "a prova de bala" 2.4. Na verdade, o 2.4&nbsp;L foi expandido em cilindrada sem resfriação adicional, o que causava problemas, sobretudo em regiões mais quentes - onde as diferentes taxas de expansão entre a carcaça do motor de magnésio e as cabeças dos pistões em alumínio causavam problemas graves. Somado a isso, alguns motores acabavam com as presilhas das cabeças dos cilindros acabavam ejetadas da carcaça do motor. O motor 3.0&nbsp;L do Turbo e do Carrera não utilizavam magnésio, mas alumínio, possibilitando uma taxa de dilatação igual entre pistões e carcaça. A mudança de motores era bem vinda por razões de confiabilidade. Entretanto, a carcaça de alumínio pesava mais do que a de magnésio. Somava-se a isto a mudança de injeção ocorrida nos modelos 1973.5 (da MFI para Bosch K-Jetronic CIS), que variava a pressão do combustível nos injetores dependendo do fluxo de ar. Embora extremamente confiável, ele não permitia o uso de um comando de válvulas "envenenado", como era o caso do sistema MFI ou dos carburadores. Assim, a potência do 911S diminuiu de 190 para 175 PS, apesar do aumento de 2.4 para 2.7L. Entretanto, o motor aumentou a dirigibilidade.