Amós: diferenças entre revisões

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'''Amós''' (nome que em [[hebraico]] significa "levar" e que parece ser uma forma abreviada da expressão Amosiá, que significa Deus levou)<ref name=teb>[[Tradução Ecumênica da Bíblia]], Ed. Loyola, São Paulo, 1994, p 905</ref>) foi um Profeta do [[Antigo Testamento]], autor do [[Livro de Amós]].
{{VDA2|1=http://ecclesia.com.br/synaxarion/?p=5194 , http://liderancapreparada.no.comunidades.net/index.php?pagina=1974473337 e muitos outros|2=26 de junho|marcação=20120626}}
 
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O terceiro dos chamados [[profetas menores]] era um vaqueiro e cultivador de sicômoros (7:14), um fruto comestível que se parece com o figo, cujas frutas devem ser arranhadas com a unha ou com um objeto de metal antes de amadurecerem para que fiquem doces, que vivia em [[Tecoa|Técua]] (Teqoa), nos limites do deserto de [[Reino de Judá|Judá]] (1:1), perto de [[Bet-Lehem]], era povoado situado a menos de 20 Km ao sul de [[Jerusalém]]<ref name=airton>[http://www.airtonjo.com/faq_amos.htm Perguntas mais Frequentes sobre o Profeta Amós], acessado em 29 de agosto de 2010</ref>, que aproximadamente no 760 AC, caiu na arapuca de Deus (3:5), deixou sua vida tranquila e foi anunciar e denunciar no [[Reino de Israel Setentrional]], durante o reinado de [[Jeroboão II]] (1:1) no Reino de Israel Setentrional (787-747 AC) e de [[Ozias]] em Judá (781-740 AC)<ref name=teb/>. Um leão começava a rugir (3:8): era [[Javé]] que colocava em polvorosa todo um regime de injustiças<ref name = pastoral>[http://www.paulus.com.br/BP/_PTI.HTM Amós], [[Edição Pastoral|Edição Pastoral da Bíblia]], acessado em 29 de junho 2010</ref>.
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****** NOTA INVISÍVEL QUE SERVE PARA CONTROLAR [[Especial:Páginas_curtas]] ******
Menos de um século antes da pregação de Amós, tinha acontecido no [[Reino de Israel Setentrional]] um golpe militar, promovido por um antepassado de [[Jeroboão II]], o general [[Jeú]], que, ao romper os acordos com os vizinhos, jogara o país em profunda dependência, especialmente da grande rival [[Damasco]], governada por [[arameus]]. O Reino de Israel Setentrional levou muito tempo para recuperar a sua autonomia. E isto começou com o rei [[Joás]], pai de Jeroboão II, que governou entre 797 e 782 AC.
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****** deve-se retirar esta nota invisível apenas quando se adicionar ******
O reinado de [[Jeroboão II]] (783 - 743 AC), era uma época aparentemente gloriosa para o [[Reino de Israel Setentrional]] que ampliava seus domínios (2 Rs 14:25) (6:1-3.13-14), certamente tomou [[Damasco]] e submeteu a [[Síria]] ao seu poder, e enriquecia, entretanto, o sistema administrativo adotado por Jeroboão II provocou a concentração da renda nas mãos de poucos privilegiados com o conseqüente empobrecimento da maioria da população, os pequenos agricultores ficavam tão endividados que chegavam à escravidão para pagar suas dívidas. Os tribunais, que teoricamente deveriam defendê-los da exploração dos mais poderosos, bem pagos por quem podia, decidiam sempre a favor dos ricos<ref name=airton/>.
****** algum texto válido à página ******
 
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Nesse contexto, o luxo dos ricos insultava a miséria dos oprimidos e o esplendor do culto disfarçava a ausência de uma religião verdadeira. Amós denunciava essa situação com a rudeza simples e altiva e com a riqueza de imagens típica de um homem do campo.<ref name = Jerusalem>[[Bíblia de Jerusalém]], Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004), Ed. Paulus, São Paulo, p 1.246</ref>
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Amós, após um curto período de pregação de no máximo alguns meses<ref name=teb/> , acabou sendo expulso, mas antes rogou uma praga em cima do sacerdote [[Amasias]], que presidia o culto em [[Betel]], de acordo com a vontade do rei (7:10-17).
 
A palavra de Amós incomodava porque ele dizia que o julgamento de Deus iria atingir não só as nações pagãs, mas principalmente, o povo escolhido, que já se considerava salvo, mas na prática era pior do que os pagãos (1:3-2:16).
 
Dentre as denuncias deitas por Amós, pode-se destacar, as denúncias contra:
 
* os ricos que acumulavam cada vez mais, para viverem em mansões e palácios (3:13-15; 6:1-7), criando um regime de opressão (3:10);
* as mulheres ricas que, para viverem no luxo, estimulavam seus maridos a explorar os fracos (4:1-3);
* os que roubavam e exploravam e depois iam ao santuário rezar, pagar dízimo, dar esmolas para aplacar a própria consciência (4:4-12; 5:21-27);
* os juízes que julgavam de acordo com o dinheiro que recebiam dos subornos (2:6-7; 4:1; 5:7.10-13);
* os comerciantes ladrões e os atravessadores sem escrúpulo que deixavam os pobres sem possibilidades de comprar e vender as mercadorias por preço justo (8:4-8)<ref name = pastoral/>.
 
Além disso, Amós denunciava a falsa segurança posta em ritos, nos quais a alma não se compromete (4:4-5; 5:4-5.21-27)<ref name = Jerusalem/>.
 
Em '''cinco visões''', Amós anuncia o fim do [[Reino de Israel Setentrional]], porque a situação era insustentável diante de Deus (os gafanhotos 7:1-3 e o fogo 7:4-6; o estanho 7:7-9 e o fim do verão 8:1-3; a visão do santuário 9:1-4).
 
Essas visões são comparáveis aos textos de vocação em [[Isaías]], [[Jeremias (profeta)|Jeremias]] ou [[Ezequiel]], por meio delas, o profeta associava coisas comuns na região, como uma praga de gafanhotos, uma seca, um cesto de frutas maduras ao que estava acontecendo ou por acontecer com Israel.
 
* Em 7:1-3, Amós conta que um dia viu uma praga de gafanhotos destruindo as plantações dos agricultores. E isto acontecia depois que o feno destinado ao pagamento do tributo ao palácio do rei já tinha sido cortado. Os gafanhotos, que têm alto poder de destruição, estavam piorando a situação dos agricultores, levando-os à fome. Pois estes já eram muito explorados pelo governo que, todo ano, tomava boa parte do que produziam. Amós, compadecido, apela a [[Jave|Iahweh]], argumentando que os agricultores eram frágeis demais para sofrer tal ameaça de fome. E Iahweh, segundo o profeta, revoga o castigo.
* Em 7:4-6, Amós vê um incêndio terrível que, de tão forte, consome até as fontes subterrâneas de água depois de ter acabado com os campos. Novamente Amós apela a [[Javé|Iahweh]] para que suspenda a praga, porque a ameaça agora é de grande seca, penalizando os fracos agricultores de sua época. Esta visão se parece muito, no seu jeito, com a dos gafanhotos. Elas formam um par. Mostram a realidade da roça na época de Amós, quando os pequenos agricultores sofrem muitas ameaças, sejam naturais, sejam da exploração que vinha lá de cima, do governo. Amós diz que Iahweh tem compaixão dos pequenos e retira os castigos que os ameaçam. Mas e os mecanismos sociais que provocam fome e sede no campo? Estes permanecem… Por isso a gente diz que estas duas visões são indicadores do nível de consciência profética de Amós no que se refere ao campo.
* Em 7:7-9 Amós vê [[Javé|Iahweh]] verificando o alinhamento de um muro com um fio de prumo. O muro simboliza [[Reino de Israel Setentrional|Israel]] que está torto e deverá ser demolido para ser realinhado, porque muro torto não tem conserto. Só derrubando. Desta vez Amós não intercede e a certeza do castigo torna-se mais forte.
* Em 8:1-3, Amós vê um cesto de frutas maduras e isto simboliza para ele o fim de [[Reino de Israel Setentrional|Israel]]. Cabe observar que em [[hebraico]], língua que ele falava, "frutas maduras" é qayits, enquanto que "fim" é qets, ou seja, duas palavras com sons parecidos. Também desta vez Amós não pede nada a [[Javé|Iahweh]]. Esta visão forma um par com a visão de 7:7-9, porque estas duas chamam atenção para a gravidade da situação e para a proximidade do fim do Reino de Israel Setentrional, cabendo observar que não trazem uma cena rural, pois estas duas visões trazem cenas urbanas: sofrem com os castigos a cidade, os santuários, o palácio. Para este grupo não há intercessão de Amós. É uma realidade corrupta que não tem conserto.
* Na quinta visão, Amós conta que, desta vez, é o próprio [[Javé|Iahweh]] quem atua e de modo dramático. De pé sobre o altar dos holocaustos - portanto, diante do edifício do santuário - ele bate nos capitéis, provocando um terremoto que destrói o santuário e mata as pessoas que estão ali dentro. Não há possibilidade de fuga, garante o texto. Esta visão é o ponto máximo deste ciclo. O próprio Iahweh volta-se contra o local no qual se lhe presta culto. É porque, na visão de Amós, o santuário (de [[Betel]]) traiu seu papel de conduzir o povo a Iahweh e à vida. Tornou-se um lugar de culto sem sentido, amparando e ocultando as múltiplas opressões e injustiças que se cometem no país<ref name=airton/> .
 
 
O [[Livro de Amós]] termina com uma mensagem de esperança (9:11-15). Tal esperança foi vislumbrada pelos judeus que, dois séculos depois, se encontravam na [[Babilônia]] e acrescentaram este trecho, conscientes de se terem purificado do seu pecado, no amargor do [[Exílio na Babilônia|exílio]]<ref name = pastoral/>.
 
{{Referências}}
 
[[Categoria:Personagens do Antigo Testamento]]
 
[[ca:Amós]]
[[cs:Ámos]]
[[en:Amos (prophet)]]
[[es:Amós (profeta)]]
[[et:Aamos]]
[[fa:عاموس]]
[[fi:Aamos]]
[[fr:Amos (prophète)]]
[[he:עמוס]]
[[it:Amos (profeta)]]
[[ja:アモス]]
[[ka:ამოს წინასწარმეტყველი]]
[[la:Prophetia Amos]]
[[lt:Amosas]]
[[nl:Amos (profeet)]]
[[nn:Amos]]
[[no:Amos]]
[[pl:Amos (biblijny prorok)]]
[[ru:Амос (пророк)]]
[[sr:Амос]]
[[sv:Amos (profet)]]
[[uk:Амос (пророк)]]
[[zh:阿摩司]]