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BIOGRAFIA
[[Ficheiro:Bernal Diaz del Castillo.jpg|thumb|200px|right|Busto de Bernal Díaz del Castillo, Medina del Campo ([[Espanha]])]]'''Bernal Díaz del Castillo''' ([[Medina del Campo]], [[Espanha]] [[1492]] - [[Guatemala]], [[1584]]) foi um [[conquistador]] e [[cronista]] espanhol, que escreveu um relato da [[Conquista do México|conquista espanhola do México]] liderada por [[Hernán Cortés]], junto de quem serviu.
Bernal Díaz del Castillo nasceu em Medina del Campo, Espanha, aproximadamente em outubro de 1495 e março de 1496. Filho de Francisco Díaz del Castillo e María Díaz Réjon. Sua família serviu a coroa espanhola e os reis católicos – Fernando e Isabel. Pertencia a uma família influente, sendo seu pai vereador da vila e parente de Gutierre Velazquez, juiz do Conselho das Índias. Teve grande importância na Conquista do México, participando como soldado e relator dos acontecimentos das expedições. Esses relatos deram origem à sua obra conhecida como: “História Verdadeira da Conquista da Nova Espanha”.
Participou de expedições exploratórias da conquista da “Nova Espanha”, como por exemplo a conquista da capital Asteca juntamente com Pedro de Alvorada e Hernán Cortés no período entre 1514-1520.
Através de documentos da época, sabe-se que Bernal Díaz em 1539 retorna à Espanha com cédulas reais atestando sua posse de terras na região da Guatemala. Porém, ao chegar na Guatemala e se dar conta que os índios são escassos e de pouco valor, retorna para Castilla em busca de maiores bens.
Em 1549 se estabelece definitivamente na Guatemala. Conquista grande prestígio na sociedade, se dedica à agricultura e à prefeitura da Guatemala como vereador e casa-se com Teresa Becerra, tendo dois filhos legítimos. É durante esse período de glória literária e militar que escreve suas crônicas.
Falece no dia 03 de Fevereiro de 1584, deixando filhos legítimos e ilegítimos – sem precisão de quantidade – e sem ver sua obra publicada.
 
OBRA
Partiu para as [[Caraíbas]] em [[1514]], quando ainda era um jovem de pouco mais de vinte anos de idade. Era de baixa instrução escolar e que não contava com riquezas em sua terra natal. Permaneceu dois anos na recém-conquistada ilha de [[Cuba]] onde nenhuma oportunidade preencheu seus interesses.
“Historia Verdadera de la conquista da Nueva España”, escrita no século XVI, entre os anos de 1550 é 1568 descreve a história de Bernal Díaz del Castillo de 1514 – sua saída de Castilla – até se tornar vereador mais antigo da cidade de Coatzacoalcos, na Guatemala. Essa obra foi financiada pela coroa espanhola no ano de 1575, publicada inicialmente na Espanha e na Guatemala.
Essa obra é composta pela junção de três manuscritos de Bernal Díaz del Castillo, sendo esses anotações de viagem encaminhadas à coroa espanhola com o objetivo de retratar essas expedições.
Para a conclusão da obra, Bernal apoia-se em seus manuscritos, dialoga com testemunhos orais de companheiros de viagem e de obras de outros cronistas como Gómora, cartas de Hernán Cortés e documentos pertencentes à coroa relativos ao mesmo período.
Seus manuscritos são três no total: o primeiro denominado Remón, enviado a Madri, o segundo Guatemala , conhecido também como Original ou Rascunho, que pouco se diferenciava do primeiro, e o último o manuscrito Alegría.
Segundo seus relatos, foi participante de expedições exploratórias, como as de 1514 para Caraíbas, uma ilha localizada em Cuba, 1517 para as costas de Iucatã e no final do ano seguinte (1518) retorna à mesma para melhor explorar as terras recém-descobertas.
Entretanto, sua principal expedição foi a realizada conjuntamente com Hernan Cortés à capital Asteca. É nela em que há maior número de relatos sobre os movimentos iniciais de Hernán Cortés, bem como a preparação para a invasão e o ataque de Tenonchtitlan no dia 30 junho de 1520, conhecida como “Noche Triste”, ocasionando muitos mortos, dentre eles Montezuma II.
Bernal Díaz não se prende à ordem cronológica dos acontecimentos e datas – para isso podem ser consultados os escritos de Hernán Cortés – mas sim em captar o ambiente humano, utilizando de testemunhos orais de seus companheiros de viagem e da experiência pessoal. Descreve com precisão o apoderamento de índios que serviram como intérpretes para os espanhóis, seus costumes, sua relação com os conquistadores, a nova terra, as atitudes de mesquinhez dos espanhóis pela busca do ouro e a influência da religião no processo colonizador.
Diferentemente de outros cronistas da época – como Las Casas – Bernal descreve que a finalidade dos expedicionários não era os escravos, sendo obrigados pelos chefes das missões colonizadoras a escravizá-los. Outro ponto em que se difere é a questão do financiamento das expedições. Na descrição do cronista, dá-se a impressão de que essas expedições eram realizadas pelos próprios expedicionários, ocultando qualquer financiamento de sócios capitalistas.
Sua narração é ampla, sendo mestre na descrição e na captação de diálogos dos viajantes. Porém, não sendo um especialista das letras, a gramática, a concordância e a grafia em seu texto não estão sempre corretos e a maneira como escreve é irregular, dificultando, muitas vezes, sua leitura e interpretação.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Como a população nativa da ilha se esgotava, devido à submissão ao trabalho [[Escravatura|escravo]] e às epidemias trazidas pelos europeus, o então governador organizou uma pequena expedição às ilhas vizinhas do [[Caribe]], com o objetivo de capturar novos [[Povo indígena|índios]], para reduzi-los à escravidão e vendê-los aos fazendeiros e colonos espanhóis de Cuba.
______DÍAZ Del Castillo, Bernal. Historia Verdadera de la conquista de la Nueva Espana. Madrid: Espasa- Calpe, 1997. 10ª Edição.
 
______MARÍA, Carmelo Saenz de Santa. Historia de una Historia. Madri: Consejo Superior de Investigaciones Científicas. Instituto Gonzalo Fernández de Oviedo, 1984. Edição única.
Bernal fez parte desta expedição de [[1517]] que, sob as ordens do capitão [[Francisco Hernández de Córdoba]], descobriu as costas do [[Iucatã]], depois de penosas e perigosas travessias, regressando a Cuba no mesmo ano, em condições desastrosas.
______TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2003. 3ª edição.
 
No final do ano seguinte, Bernal embarcou em outra expedição, desta feita comandada por [[Juan de Grijalva]] com a finalidade de explorar as terras então descobertas e, retornando a Cuba pela segunda vez, acabou se alistando com [[Hernán Cortés]], a quem seguiu definitivamente.
 
Bernal Díaz de Castillo foi testemunha e participante dos principais sucessos na queda das grandes civilizações mesoamericanas, tais como as dos Estados [[Civilização maia|Maias]] e Império [[Asteca]], escapando surpreendentemente da morte. Ele mesmo diz que :
:''... nenhum capitão nem soldado passou por esta [[Nova Espanha]] três vezes seguidas, uma atrás da outra, como eu; de maneira que sou o mais antigo descobridor e conquistador que tenha havido ou que haja na Nova Espanha...''.
 
Segundo parecer de vários historiadores, Bernal é pessoa idônea e autorizada para nos reportar sobre a epopéia dos espanhóis na América no [[Século XVI]].
 
Bernal frequentemente conversava com seus companheiros de armas sobre o tema da conquista da Nova Espanha; esse contínuo evocar dos acontecimentos foram formando nele algumas idéias que mais tarde deram lugar a um conjunto de narrações. Recorre a suas recordações reforçado por seus companheiros e é por isto que sua obra pode ser considerada coletiva o que a isenta de elementos subjetivos.
 
Em sua obra ''[[História Verdadeira da Conquista da Nova Espanha]]'' nos adverte que ele não sabe latim nem foi à universidade mas isto não era impedimento porque ... escreve :
:''... mas o que hoje vi e com que estive lutando, como boa testemunha ocular e o descreverei, com a ajuda de Deus, muito sinceramente, sem torcer nem para uma parte nem outra...''
 
Sua obra está constituída pelo que viu e nela plasma sua experiência pessoal. Durante o transcurso de suas narrações nos indica quais os sucessos que presenciou, quais a ele foram contados por seus companheiros e quais houve por bem saber por papéis escritos que acessou.
 
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