Popol Vuh: diferenças entre revisões

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== Estrutura e narrativa ==
 
O texto aborda questões sobre a criação do mundo, dos homens e dos animais, segundo a tradição maia. O manuscrito original do Popol vuh não possuía divisões em capítulos, no entanto as edições atuais, baseadas na tradução de Brasseur, apresentam estas divisões, que são feitas de acordo com a ordem cronológica e temática dos acontecimentos. Apesar de não apresentar estas divisões originalmente, é possível notar duas partes distintas na narrativa. A primeira parte refere-se a origem do mundo e a vitória dos gêmeos Hunahpú e Ixbalanque sobre os Senhores do Inframundo. A segunda parte aborda desde a criação do milho até a presença dos quichés na América Central.<br />
 
Antes de iniciar a história da criação do mundo, o texto diz que havia uma preexistência, composta de calma, silêncio e imobilidade. Existiam apenas o céu e o mar, onde estavam o Criador, o Formador, Tepeu, Gucumatz ou Quetzalcoatl, os Progenitores e Huracán, também chamado de Coração do Céu. A narrativa da criação se inicia quando Tepeu e Gucumatz decidem criar o homem. Os deuses criam, então, o mundo e o que nele está presente, a natureza e os animais. Como os animais, apesar de dotados de voz, eram incapazes de adorar seus criadores, foram amaldiçoados. É neste momento que também é criado o primeiro homem, feito de lodo, porém este se desmanchava e não possuía entendimento do mundo, deste modo também não podia adorar aos deuses, e por isso foi destruído.<br />
No segundo momento da criação, os deuses consultaram os adivinhos Ixpiyacoc e Ixmucané, que lançaram a sorte com grãos de milho, e orientaram que o novo homem fosse feito de madeira. Assim os deuses fizeram. Os homens de madeira se multiplicaram e dispersaram, porém, assim como o homem de lodo, não foram capazes de invocar seus criadores, e por isso foram destruídos em um dilúvio de resina. Os sobreviventes tornaram-se macacos.
 
No segundo momento da criação, os deuses consultaram os adivinhos Ixpiyacoc e Ixmucané, que lançaram a sorte com grãos de milho, e orientaram que o novo homem fosse feito de madeira. Assim os deuses fizeram. Os homens de madeira se multiplicaram e dispersaram, porém, assim como o homem de lodo, não foram capazes de invocar seus criadores, e por isso foram destruídos em um dilúvio de resina. Os sobreviventes tornaram-se macacos.<br />
 
Em um terceiro momento da criação (ou no próprio segundo momento, dependendo da fonte), a narrativa ocupa-se em relatar a história dos gêmeos Hunahpú e Ixbalanque, que despertaram a atenção dos Senhores do Inframundo, e estes, incomodados com o comportamento dos homens, decidiram transformá-los em peixes. Os gêmeos, por fim, atiram-se em uma fogueira e transformam-se no Sol e na Lua.
Na quarta e última idade abordada pelo Popol vuh, uma nova tentativa de criação ocorre, desta vez utilizando milho como matéria prima. Os homens feitos de milho tomaram ciência de si e então deram graças aos seus deuses criadores. Esta é a origem da atual humanidade, e explica a criação dos povos que habitavam a Mesoamérica.
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* Criação dos homens de milho, que se tornaram a atual humanidade.
* Estes possuíam percepção do mundo e invocaram seus criadores, que lhes concederam limites mortais, para que não ameaçassem a soberania dos deuses.
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=== Deuses ===