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Aspergillus Fumigatus
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'''''Aspergillus fumigatus''''' é um [[fungo]] da família [[Trichocomaceae]]. É agente etiólogico da [[aspergilose]]. É um fungo [[saprófita]] presente no ar atmosférico e habitante da [[mucosa]] das [[vias respiratórias]] humanas <ref>{{citar livro|autor=Moura, Roberto de Almeida (coordenador)|título=Técnicas de laboratório|editora=Atheneu|ano=2005|páginas=463-464|id=}}</ref>.
Os A.fumigatus crescem no ser humano em formas multicelulares filamentosas, as hifas septadas, formando um micélio. Cada hifa tem 4 micrómetros de diâmetro e muitos mais de comprimento, frequentemente dividindo-se em ramos. Na natureza são muito comuns e capazes de crescer livremente, alimentando-se de detritos orgânicos como plantas podres.
 
O A.fumigatus é a causa mais frequente de aspergilose, mas outros como A.flavus, A.niger, A.nidulans ou A.terreus também causam a doença.
 
 
Epidemiologia
Existe em todo o mundo. A infecção é pela inalação dos esporos, ou pela entrada por feridas na pele. A micotoxicose é devida à ingestão de comida contaminada por toxinas do fungo.
 
Podem infectar igualmente quase todos os animais, mas a transmissão destes para o Homem não ocorre.
 
 
Progressão e Sintomas
A manifestação mais frequente é a aspergilose pulmonar. Os micélios crescem em bolas, denominadas aspergilomas, geralmente assintomáticos excepto pel hemoptise (tosse com sangue) ocasional; ou então produzem pneumonia disseminada crónica com expectoração, tosse e falta de ar. As infecções do olho devido a feridas não tratadas leva quase sempre à perda desse órgão de visão. A doença é geralmente controlada excepto nos imunodeprimidos.
 
Em doentes com SIDA/AIDS, o fungo não é controlado no pulmão e dissemina-se pelos órgãos de forma rápida. A aspergilose cerebral, cardíaca ou da medula óssea resultam quase sempre em morte se não tratadas, devido a hemorragias e enfartes múltiplos nos orgãos.
 
A micotoxicose é devida à ingestão de comida contaminada, com vómitos, diarreia e náuseas.
 
O Aspergillus pode ainda causar reacções alérgicas sem se multiplicar ou infectar a pessoa, como asma e rinite alérgica. A constante exposição ao fungo pode levar a recções do sistema imunitário agressivas na ausência da sua multiplicação, por vezes resultando em problemas pulmonares após muitos anos.
 
 
Diagnóstico e Tratamento
A expectoração é observada ao microscópio, mas a cultura pode ser necessária para a identificação. A sorologia, com detecção de anticorpos específicos contra o fungo é usada também.
 
O tratamento é com o fármaco antifúngico anfotericina B, ou com derivados de azol, como itraconazol.
 
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