Ana Perena: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
EmausBot (discussão | contribs)
m r2.7.2+) (Robô: A adicionar: sr:Ана Перена
links mais específicos
Linha 13:
Ovídio conta que Ana Perena era a mesma Ana que aparece na [[Eneida]] de Virgílio como irmã de Dido, rainha de Cartago. Depois que esta morreu tragicamente, Cartago foi atacada pelos [[Numídia|númidas]] e por [[Jarbas (mitologia)|Jarbas]] e Ana se viu obrigada a fugir. Embarcou num navio e se refugiou inicialmente em [[Malta]], sob a proteção do rei Bato, para não cair nas mãos de seu irmão [[Pigmalião de Tiro|Pigmalião]].
 
Obrigada novamente a lançar-se ao mar, naufragou nas costas do [[Lácio]], na [[Península Itálica|Itália]], onde foi recebida carinhosamente por [[Eneias]] em [[Lavínio]], porém sua estada ali despertou os ciúmes de [[Lavínia (mitologia)|Lavínia]], que arquitetou um plano contra ela. Dido lhe apareceu em sonho e a aconselhou a deixar a casa do anfitrião. Temendo por sua vida, ela fugiu apressadamente durante a noite e caiu nas águas do [[Númico]]. E, com o nome de Ana Perena, tornou-se uma [[Ninfa (mitologia)|ninfa]] do rio. Os habitantes da região começaram logo a celebrá-la com festas ao ar livre.
 
Numa segunda história, Ovídio relata que alguns identificavam Ana Perena com a [[Lua]], com [[Têmis]], com [[Io]], filha de [[Ínaco]], ou com [[Amalteia]]<ref>Ovídio, ''Fastos'', III, 657</ref>. Mas afirma que o mais certo é que, durante a revolta dos plebeus romanos em [[494 a.C.]], a comida acabou e uma mulher idosa chamada Ana preparava bolos e os levava aos rebeldes todas as manhãs. Os plebeus, em reconhecimento, construíram-lhe uma estátua e a adoraram como deusa.
 
Numa terceira história, Ovídio conta que, pouco depois que a velha Ana se tornou deusa, [[Marte (mitologia)|Marte]] pediu-lhe que convencesse [[Minerva]] a corresponder ao seu amor. Ana assumiu o aspecto de Minerva e compareceu à presença do deus. Mas, quando Marte levou a suposta noiva ao seu quarto, tirou-lhe o véu e quis beijá-la, descobriu que não era Minerva, e sim a velha Ana, que sorriu para ele com desprezo.
 
Essa lenda deu motivo para que o povo contasse piadas e cantasse canções grosseiras na festa de Ana Perena. Como a festa da deusa caía no mês de Marte, era razoável que Marte e ela estivessem unidos, pelo menos em alguns ritos da época, como parceiros de culto.
Linha 26:
Existem atualmente referências de culto a Ana Perena em dois lugares. Um em Busceni, na ([[Sicília]]), onde em [[1899]] foram encontradas inscrições dedicadas a Ana e a [[Apolo]], e outro em [[Roma]], onde em [[1999]] foi descoberta uma fonte dedicada aos ritos de Ana Perena.
 
{{Referências}}
==Notas==
<references/>
 
==Ligações externas==