Orfeu da Conceição: diferenças entre revisões

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'''Orfeu da Conceição''' é uma [[teatro|peça teatral]] escrita por [[Vinicius de Moraes]] em [[1954]], baseada no drama da mitologia grega de [[Eurídice|Orfeu e Eurídice]]<ref>[http://www.showbras.com.br/orfeu/orfeu_VINICIUS.html Texto de Vinicius de Moraes]</ref>. A trilha sonora da peça foi lançada em [[disco de vinil|vinil]] no ano de [[1956]], pela [[EMI-Odeon|Odeon]], com música escrita por [[Antônio Carlos Jobim]] e letra de Vinicius.
 
Em 1959, baseado na peça, foi lançado o filme [[Orfeu Negro]], premiado com a [[Palma de Ouro]], o [[Óscar|Oscar]] e o [[Golden Globe Awards|Globo de Ouro]]. Em 1999 foi lançado o segundo filme baseado na peça, chamado de [[Orfeu]] e dirigido por Cacá Diegues com música de Caetano Veloso.
 
== Peça ==
'''Orfeu da Conceição''' é uma adaptação em forma de peça musical do [[mito]] [[grego]] de [[Orfeu]] transposto à realidade das [[favela]]s [[carioca]]s. A obra marca o encontro artístico do autor Vinicius de Moraes com Antonio Carlos Jobim que musicou todo espetáculo. O espetáculo estreou no [[Teatro Municipal]] do [[Rio de Janeiro]] em [[25 de setembro]] de [[1956]] <ref>[http://www.showbras.com.br/orfeu/orfeu_POSTERS_ORIGINAIS.html Cartazes da peça]</ref> com cenários de [[Oscar Niemeyer]].<ref>[http://www.jobim.com.br/dischist/orfeu/orfeu.html Referência do cenário de Oscar Niemeyer ''Online'' no ''site'' Jobim.com.br]</ref>. Encenado pelo Teatro Experimental do Negro de Abdias Nascimento<ref>[http://www.geledes.org.br/atlantico-negro/afrobrasileiros/abdias-do-nascimento/11375-teatro-experimental-do-negro-ten TEN]</ref>, foi a primeira vez que um elenco de atores negros ocupava o mais famoso teatro brasileiro.
{{Info/Álbum
| Nome = Orfeu
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| Crítica =
| Formato = 16 atores negros (Orfeu: Érico Bras, Eurídice: Aline Nepomuceno, Mira: Jéssica Barbosa, Poeta: Wladimir Pinheiro, Prosérpina: Thatiana Pagung, Dama Negra/Mulher do Clube Maiorais do Inferno: Isabel Fillardis, Clio: Maria Salvadora, Apolo/PC/Garçom: Eduardo Canto, Cara de Cavalo/Aristeu/Cérbero: Milton Filho, Amigo do Poeta/Prudentino: Dandara Mariana, Fernandinho/Plutão: Édio Nunes, Amigo do Poeta/Policial: Márcio Vieira, Oficial de Justiça: Patrícia Costa, Amigo do Poeta/Policial: Pedro Lima, Amigo do Poeta/Policial: Rodrigo França, Amigo do Poeta/ Manuel-vizinha-mulher da tendinha: Verônica Bonfim) acompanhados por 7 músicos( Violão: Jaime Alem, Cello: Jaques Morelenbaum, Teclado: João Carlos Coutinho, Percussão: Zero Telles, Baixo: Rômulo Gomes, Sopro: Marcelo Bernardes, Bateria: Ronaldo Silva }}
Em 2010, passados 54 anos e rebatizado apenas de ''Orfeu''<ref>[http://www.showbras.com.br/orfeu/orfeu_ABERTURA.html O Musical Orfeu]</ref>, o musical foi remontado e produzido pela Showbras<ref>[http://www.showbras.com.br Showbras]</ref> com direção de Aderbal Freire-Filho, direção musical de Jaques Morelenbaum e Jaime Alem e cenários de Marcos Flaksman<ref>[http://www.showbras.com.br/orfeu/orfeu_LOGOTIPOS.html Logotipos do Musical]</ref>. No elenco 16 atores negros acompanhados por sete músicos interpretam na íntegra o texto de Vinicius de Moraes e um repertório de 46 músicas da dupla Tom e Vinicius ao longo do Musical<ref>[http://www.showbras.com.br/orfeu/orfeu_TOM_JOBIM.html O repertório do Musical Orfeu]</ref>. Foi apresentado no Rio de Janeiro, em São Paulo e Brasília<ref>[http://www.showbras.com.br/ORFEU.htmlorfeu ORFEU]</ref>, com ampla cobertura da Imprensa.<ref>[http://www.showbras.com.br/orfeu/orfeu_IMPRENSA.html A repercussão do Musical na Imprensa]</ref>O diretor Aderbal Freire Filho disse: " Encenei, ao longo de toda minha carreira de diretor de teatro, cerca de 100 espetáculos. Ganhei praticamente todos os prêmios do teatro brasileiro (Molière, Mambembe, Shell, Golfinho de Ouro, APCA, etc)...nem sempre mereci quando ganhei e muitas vezes deixei de ganhar quando provavelmente merecia...poucas vezes me senti tão realizado e tão justificado enquanto artista de teatro como com o último espetáculo que criei, Orfeu..." <ref>[http://www.showbras.com.br/orfeu/orfeu_ADERBAL.html A palavra de Aderbal]</ref>.
 
===Sinopse da peça===
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O [[diretor de cinema]] e escritor [[francês]] [[Marcel Camus]] filmou no [[Rio de Janeiro]] ''[[Orfeu Negro]]'' ([[1959]]), uma adaptação da peça de Vinícius. O filme foi escrito por Marcel Camus, Vinicius de Moraes e [[Jacques Viot]] e dirigido por Marcel Camus, que foi premiado com a [[Palma de Ouro]] no [[Festival de cinema de Cannes]], na [[França]].<ref>[http://www.imdb.com/title/tt0053146/fullcredits#writers "Orfeu Negro" e seus créditos no DataBase Internacional de Filmes {{en}}.]</ref> Marcel Camus também recebeu o [[Oscar]] de melhor filme de [[1959]] em língua estrangeira com ''Black Orpheus'' (título do ''Orfeu Negro'' pelo qual foi premiado nos [[EUA]].<ref>[http://awardsdatabase.oscars.org/ampas_awards/BasicSearchInput.jsp DataBase da "Academia" para busca de filmes premiados com o ''Oscar'' no passado) Use ''Black Orpheus'' em ''Film Title'' (título do filme).]</ref> [[Luís Bonfá]], que toca violão em "Orfeu da Conceição", comporia "[[Manhã de Carnaval]]", usada no filme de Camus junto a outras canções, e que nos anos que seguem é lançada em várias compilações diferentes para discos, ainda pelo mesmo título de ''[[Orfeu Negro]]''; compilações em discos que não foram necessariamente a trilha sonora do filme oficial, nem da peça teatral de Vinicius.
 
O texto de Orfeu voltou a ganhar destaque mundial ao ser citado em ''A Origem dos Meus Sonhos'', a autobiografia de Barack Obama. No livro, o presidente americano descreve a noite em que, aos 16 anos, acompanhou a mãe ao cinema para assistir ao filme ''Orfeu Negro''.<ref>[http://www.showbras.com.br/orfeu/orfeu_BARACK_OBAMA.html ''A Origem dos Meus Sonhos'' - autobiografia de Barack Obama]</ref>
 
== Ver também ==