Victor Hugo de Azevedo Coutinho: diferenças entre revisões

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<1> FERNANDO TOMÁS ROSA GOUVEIA, Orgânica Governamental…, p. 24 (8º ministério; 7º do mandato de Manuel de Arriaga); Pabón, pp. 181-182<2>Teixeira da Silva, Reis Arenga, Silva Ribeiro, Santos Serafim, Alburquerque e Silva e Melo e Sousa. “A Marinha na Investigação do Mar. 1800-1999”. Instituto Hidrográfico, Lisboa 2001 <3>Processo 3/158/107 de 16/10/1923, folhas 125 do livro F, Arquivo Central da Marinha</ref>'''Victor Hugo de Azevedo Coutinho''' <small>[[Ordem Militar de Cristo|GC C]] • [[Ordem Militar de Avis|GO A]]</small> ([[Macau]], {{dni|12|11|1871|si}} — [[Lisboa]], {{morte|27|6|1955|lang=pt}}) Foi oficial da [[Armada Portuguesa|Armada]]. Professor Doutor «honoris causa» em Ciências Matemáticas pela [[Universidade de Coimbra]] e da [[Escola Naval (Portugal)|Escola Naval]] e político ligado ao [[Partido Democrático (Portugal)|Partido Democrático]] .Exerceu funções de [[Presidente do Conselho de Ministros]] de um dos governos da [[Primeira República Portuguesa]], nomeadamente o 7º governo Republicano 2º ministério Democrático. Tendo governado entre [[12 de Dezembro]] de [[1914]] e [[25 de Janeiro]] de [[1915]]. Este Ministério ficou jocosamente conhecido pelos ''Miseráveis de Victor Hugo''.
Foi Alto-Comissário (Governador) para Moçambique, de Novembro de 1924 a Maio de 1926 </2>.
==Biografia==
Nasceu na freguesia de São Lourenço, Macau, filho do [[General de Brigada]], [[Manuel de Azevedo Coutinho]] e de Leonor Stuart Mendonça. Casou com D. Aurora Elizenda Ramires Leal em 23/07/1898, falecida a 7/04/1916 </3>.
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Assentou praça na [[Armada Portuguesa]], sendo admitido como aspirante em 5 de Novembro de 1888. Concluído o curso da [[Escola Naval (Portugal)|Escola Naval]], foi promovido a guarda-marinha em 1892, iniciando uma carreira militar naval multifacetada que o levaria ao posto de capitão-de-mar-e-guerra em 1929 (2.º tenente em 1893; 1.º tenente em 1899; capitão-tenente em 1914; e capitão-de-fragata em 1917).
 
Especializou-se em Engenharia Hidrográfica e para além do exercício de funções docentes, políticas e na administração colonial,. ao
Ao longo dessa carreira integrou as guarnições de vários navios de guerra, entre os quais as corvetas ''Vasco da Gama'' (1889, 1893), ''Bartolomeu Dias'' (1890,1893), ''Mindelo'' (1891, 1893) e ''Duque da Terceira'' (1899), dos transportes ''África'' (1889, 1893, 1898) e ''Índia'' (1896), da fragata ''[[fragata D. Fernando II e Glória|D. Fernando II e Glória]]'' (1891), da barca ''Cabinda'' (1892, 1893) e das canhoneiras ''Limpopo'' (1892, 1902-1903), ''Rio Lima'' (1895), ''Zaire'' (1896) e ''Vouga'' (1905).
 
Participou activamente nas [[campanhas de pacificação]] conduzidas pelas forças militares portuguesas em [[Moçambique]],. tendoTendo integrado as forças que fizeram a [[Campanha de Lourenço Marques]] (1894-1895) e a [[Campanha de Gaza]] (1897).
Ainda 2.° Tenente fez o reconhecimento hidrográfico do rio Incomati, em 1898.
Foi ministro da Marinha por três vezes. A primeira vez, de Dezembro de 1914 a Janeiro de 1915 sendo em simultâneo Primeiro-ministro. A segunda vez, de Novembro de 1915 a Abril de 1917. A terceira vez de Fevereiro de 1922 a Julho de 1923, época em que contribuiu decididamente para a realização e o sucesso da [[Primeira travessia aérea do Atlântico Sul ]] feita por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 1922.
Como lente de Hidrografia da Escola Naval durante mais de trinta anos, deixou uma valiosa obra pedagógica. Sendo co-autor das famosas tábuas náuticas que ficaram conhecidas como "Tábuas de Fontoura e Coutinho".
Foi o criador, em 1912, da Missão Hidrográfica da Costa de Portugal.
 
No seu segundo consulado como ministro da Marinha nos dias, 06-02-1916, 24-02-1916 e 06-03-1916 foram apresados diversos navios alemães estacionados em portos Nacionais (70 navios alemães e 2 austro-húngaros) o que originou, finalmente , a declaração de guerra da Alemanha, em 9 de Março de 1916.
A 3 de Dezembro de 1916 um submarino alemão U-83 , atacou a cidade do Funchal, e torpedeou dois navios franceses e um inglês.
Foi convidado a autorizar a cedência em aluguer à Inglaterra de 42 navios (dos apresados) , que nos faziam falta e dos quais só voltaram 20. Este tema aliás , quase resultou em mais uma revolta da Armada.
No ano de 1916 foi "requisitado" á Companhia Nacional de Navegação o paquete "Malange", lançado ao mar em 1889, para ser utilizado como cruzador auxiliar, recebendo o nome de Pedro Nunes.
Foi episodicamente preso no forte S. Julião da Barra, juntamente com outros camaradas da Marinha, em Janeiro de 1918, por ordem do ministro da Marinha da época, por problemas de ordem política.
Foi o representante português em 1919 na Conferência Hidrográfica Internacional, em Londres. Na sequência da qual foi nomeado, para fazer parte da comissão que estudou e propôs a organização dos Serviços Hidrográficos portugueses.
Em 1923 mandou construir na Noruega o primeiro navio oceanográfico português, o "Albacora".
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Passou à reserva em 12/11/1933