Ilha Rasa (Rio de Janeiro): diferenças entre revisões

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a bateria da ilha rasa
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[[ImagemFicheiro:Oiticica na Ilha Rasa.jpg|thumb|upright=1.3|[[José Oiticica]] em frente ao [[farol da Ilha Rasa]] em ([[1918]]).]]
 
A '''ilha Rasa''' localiza-se no litoral do estado [[brasil]]eiro do [[Rio de Janeiro]], a cerca de dez7,6 [[quilômetromilha náutica|milhas náuticas]]s ao sul da barra da [[baía da Guanabara]].<ref>MARTIRE FILHO, Amadeu. "Farol da Ilha Rasa: história e lendas". in ''Revista do Clube Naval'', ano 117, nº 349, jan/fev/mar 2009, p. 44-51.</ref>
[[Imagem:Oiticica na Ilha Rasa.jpg|thumb|upright=1.3|[[José Oiticica]] em frente ao [[farol da Ilha Rasa]] em 1918.]]
 
Apresenta uma área de 230.000 metros quadrados, com 1020 metros no seu maior comprimento, na direção geral NW-SE, e 390 metros na sua maior largura, na direção geral NE. A ilha é inóspita, rodeada por pedras íngremes, de difícil desembarque, uma vez que não possui nenhuam praia. De vegetação rala, também não possui fontes naturais de água potável.<ref>MARTIRE FILHO, Amadeu. "Farol da Ilha Rasa: história e lendas". in ''Revista do Clube Naval'', ano 117, nº 349, jan/fev/mar 2009, p. 44-51.</ref>
A '''ilha Rasa''' localiza-se no litoral do estado [[brasil]]eiro do [[Rio de Janeiro]], a cerca de dez [[quilômetro]]s da barra da [[baía da Guanabara]].
 
Foi utilizada como [[prisão]] política, ali tendo estado detido o catedrático [[José Oiticica]], por ocasião da [[Insurreição anarquista de 1918]], e novamente durante o [[Estado Novo (Brasil)]].
 
== [[Farol da Ilha Rasa|O farol da Ilha Rasa]] ==
A ilha abriga um [[farol]], o [[Farol da Ilha Rasa]], mantido pela [[Marinha do Brasil]].
 
== História ==
A primeira notícia de que se dispõe, relativa a um auxílio à navegação instalado na ilha é anterior à [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821)]], época em que, à noite, era acesa uma fogueira no ponto mais alto da ilha, pelo pessoal que ali residia para atender a essa função.
Graças à sua posição privilegiada foi utilizada como auxílio à navegação, primitivamente com o auxílio de uma fogueira acesa em seu ponto mais alto (77 metros acima do [[nível do mar]]) por um eremita que ali habitava, possívelmente um escravo alforriado, que recebia a quantia de 1$000 [[real (moeda portuguesa)|réis]] por mês.<ref>MARTIRE FILHO, Amadeu. "Farol da Ilha Rasa: história e lendas". in ''Revista do Clube Naval'', ano 117, nº 349, jan/fev/mar 2009, p. 44-51.</ref>
 
Em [[1819]], a [[Junta do Commercio, Agricultura, Fábricas e Navegação]] encaminha a [[João VI de Portugal]] os planos e desenhos organizados pelo engenheiro [[João de Souza Pacheco]] para a construção de um farol na ilha Rasa. A construção, sob a direção do mesmo profissional terá sido autorizada a [[17 de setembro]] do mesmo ano, tendo sido utilizada a mão de obra de presos sentenciados.<ref>MARTIRE FILHO, Amadeu. "Farol da Ilha Rasa: história e lendas". in ''Revista do Clube Naval'', ano 117, nº 349, jan/fev/mar 2009, p. 44-51.</ref>
O [[João VI de Portugal|Príncipe-regente]] autorizou a construção de um [[farol]] em [[1812]], por iniciativa da Junta de Comércio, tendo sido inaugurado apenas em [[31 de julho]] de [[1829]], dado que estivera na posse de um [[corsário]] [[Argentina|argentino]] nos três anos anteriores.
 
OA [[Joãoobra VIfoi de Portugal|Príncipe-regente]] autorizou a construção de um [[farol]] em [[1812]], por iniciativa da Junta de Comércio, tendo sido inauguradoinaugurada apenas em [[31 de julho]] de [[1829]], dado que estivera na posse de um [[corsário]] [[Argentina|argentino]] nos três anos anteriores.
 
Quando o farol foi construído, o alto da escarpa foi utilizado também como uma [[bateria (arquitetura)|bateria]] militar, de que é testemunho uma antiga peça de [[artilharia]] que ainda ali se conserva. As demais, outrora existentes, foram lançadas ao mar pelas borrascas, não tendo sido mais recuperadas.<ref>MARTIRE FILHO, Amadeu. "Farol da Ilha Rasa: história e lendas". in ''Revista do Clube Naval'', ano 117, nº 349, jan/fev/mar 2009, p. 44-51.</ref>
 
Foi utilizada como [[prisão]] política, ali tendo estado detido o catedrático [[José Oiticica]], por ocasião da [[Insurreição anarquista de 1918]], e novamente durante o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]].
 
== Características do farol ==
O farol apresenta [[planta (geometria descritiva)|planta]] quadrangular em três pavimentos e circular no topo, elevando-se a 26 metros de [[altura]], em [[alvenaria]] com cantaria nos vértices. Originalmente iluminava a 3ª légua da barra, com altura de 441 palmos (101 metros) acima do [[nível do mar]], podendo ser visto até à 10ª légua. Utilizava uma lente de cristal francês com 2,5 metros de diâmetro e um sistema mecânico pesando 7,5 [[tonelada]]s. Esse conjunto podia ser facilmente movimentado graças a um anel de mercúrio líquido que servia de base à lente.
 
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Em nossos dias o farol opera com um motor elétrico de 0,5&nbsp;hp. Para os casos de emergência, ainda se mantém em reserva o antigo equipamento.
 
{{Referências}}
=={{Ver também}}==
 
=={{ Ver também}} ==
* [[Anexo:Lista de ilhas do Rio de Janeiro|Lista de ilhas do Rio de Janeiro]]
* [[Farol da Ilha Rasa]]
* [[José Oiticica]]
 
{{Hidrografia do Brasil}}
 
{{Hidrografia do Brasil}}
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[[Categoria:Ilhas da cidade do Rio de Janeiro|Rasa]]
 
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