Crise do encilhamento: diferenças entre revisões

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A "má-fé emissiva" de títulos privados foi um desastre, devido a leniência da nova lei bancária que permitia aos agentes emissores autorizados pelo governo agirem livremente, sem qualquer vigilância ou punição oficial.<ref>Ney Carvalho 2004 Ibidem; pág.174</ref> Tais emissões se davam quando uma empresa se lançava ao [[mercado de capitais]] sem sólidos fundamentos econômicos, e sempre que necessitava de mais dinheiro, simplesmente lançava novas subscrições. O investidor que não subscrevesse os novos lançamentos, perdia os direitos à subscrição e ao que já havia pago anteriormente.<ref>Schulz 1996 Ibidem; pág.84</ref></br>
Como na época, não havia mercado secundário para os papéis das empresas na bolsa carioca e a nova lei amarrava a negociação dos mesmos aos seus valores nominais, impedindo oscilação oficial que possibilitasse às partes tentar (via [[venda a descoberto|queda]] ou aumento nas cotações) tanto minimizar prejuízos, quanto maximizar lucros. Assim, tal entrave além de restringir a negociação dos títulos ao [[Mercado de balcão]], congestionando-o, levou no mercado normal a um encalhe das novas emissões, inviabilizando as empresas lícitas e causando perda total à maioria dos investidores.<ref>Ney Carvalho 2004 Ibidem; pág.146</ref><ref>Schulz 1996 Ibidem</ref> Em vez de financiar a indústria e o desenvolvimento, o processo provocou um dos piores surtos inflacionários da história do país, enquanto a economia brasileira sofria violento "colapso".<ref>Murilo de Carvalho 1987 Ibidem</ref>
 
O ato final do encilhamento se iniciou em decorrência da onda de choque financeira provocada pelo ''[[insolvência|default]]'' dos [[título público|títulos]] da [[Dívida governamental|dívida]] argentina e do 1º colapso do [[Barings Bank|Banco Baring Brothers]], a partir de setembro de 1890.<ref>Gustavo Franco 1987 Ibidem; págs. 41-42 e 127</ref><ref>Maria Eulália L.Lobo;"História do Rio de Janeiro; do Capital comercial ao capital industrial e financeiro" IBMEC 1978</ref>