João de Castro: diferenças entre revisões

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A armada de D. Garcia de Noronha chegou a Goa com próspera viagem, e achou o governador D. Nuno da Cunha com a armada pronta a socorrer [[Diu]], e pelejar contra as galés turcas, que o tinham sitiado no cerco, que defendeu António da Silveira. D. Garcia de Noronha, com a posse do governo, tomou a obrigação de socorrer a praça, "''para o que se lhe ofereceu D. João de Castro, que embarcou no primeiro navio como soldado aventureiro, parecendo já pressentir os futuros triunfos que o chamavam a Diu; porém a retirada dos turcos privou D. Garcia da vitória, ou lha quis dar sem sangue, se menos gloriosa, mais segura."''
 
Falecendo D. Garcia, sucedeu-lhe no governo D. [[Estêvão da Gama]], e D. João de Castro achou-se com ele na expedição ao [[Mar Vermelho|Mar Roxo]]. D. Estêvão partiu com 12 navios de alto bordo e 60 embarcações de remo, a [[31 de Dezembro]] de [[1540]], sendo D. João de Castro o capitão dum galeão. Esta viagem até Suez foi deveras notável, e D. João fez dela um roteiro minucioso, que ofereceu ao infante D. Luís. Oito meses depois recolheu a Goa, em [[21 de Agosto]], tendo adquirido pelas experiências que fizera durante a viagem, o nome de filósofo.
 
Regressando a Portugal, foi nomeado general da armada da costa em [[1543]], em prémio dos serviços. Saiu logo para comboiar as naus, que de viagem se esperavam da Índia, contra os [[corsário]]s que infestavam os mares. Conseguiu desbaratar sete naus dos corsários, e entrou com as da Índia pela barra de Lisboa, sendo recebido com o maior entusiasmo. D. João de Castro estava em [[Sintra]] quando o rei, perseguido por altos empenhos ao tratar-se de escolher o sucessor de [[Martim Afonso de Sousa]], 13.º governador da Índia, consultou, irresoluto, o seu irmão o infante D. Luís, o qual lhe aconselhou a nomeação de D. João de Castro. Aceitou o rei o conselho, e mandou chamá-lo à Corte em [[Évora]], e com palavras lisonjeiras o nomeou, por provisão datada de [[28 de Fevereiro]] de [[1545]]. D. João aceitou, beijando a mão do monarca reconhecido pela honra, que não solicitara.