Drogas legais sintéticas: diferenças entre revisões

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As '''drogas legais sintéticas''', também conhecidas como '''legal highs''', são substâncias desenvolvidas em [[laboratório]] que simulam os efeitos estupefacientes das drogas ilegais, tais como [[maconha]], [[ecstasy]], [[LSD]] ou [[cocaína]], mas que não utilizam ingredientes ou princípios psicoativos proibidos por [[lei]]. Em diversos países da [[Europa]], especialmente na [[Grã-Bretanha]], drogas pertencentes a esta nova categoria são vendidas legalmente em comércios de rua, em festivais de [[música]], ou pela [[Internet]] em lojas virtuais, através de [[cartão de crédito]]<ref>[http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2009/07/11/produtos-base-de-substancias-licitas-que-simulam-os-efeitos-de-drogas-ganham-forca-756778759.asp Produtos à base de substâncias lícitas que simulam os efeitos de drogas ganham força – O Globo 11-jul-2009]</ref>.
 
== História == bom bamb beibe
 
As drogas legais sintéticas surgiram na Europa a partir de meados dos [[década de 1990|anos 90]] na forma de drogas [[erva|herbáceas]] (''herbal highs'') vendidas em pílulas à base de [[efedrina]] (princípio ativo extraído da planta asiática [[ephedrales|ma huang]]), que prometiam efeito similar ao do [[ecstasy]] ou [[LSD]]. Em 1997, a empresa britânica Herbal High Company lançou uma nova geração de produtos mais fortes com efedrina: Bliss Extra (que simulava o ecstasy), Road Runner (cocaína) e Space Kadet (LSD). No ano 2000, com a proibição da efedrina, veio uma nova geração bem mais potente de drogas legais, à base da substância BZP (1-[[benzil]]-piperazina), desenvolvidas na [[Nova Zelândia]] pela empresa Stargate International, e que deram origem ao termo ''legal highs''. Segundo o dono da empresa, Matt Bowden, sua indústria passou a trabalhar junto ao governo neozelandês numa política de [[redução de danos]] que visava diminuir os riscos do usuário, regulando tais drogas em vez de proibi-las. Em 2008, no entanto, o novo governo da Nova Zelândia resolveu proibir o BZP, que continua sendo a base das ''legal highs'' mais populares e ainda é legal em alguns países da Europa.<ref>[http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2009/7/12/brasil-ja-comercializa-e-consome-drogas-legais Brasil já comercializa e consome 'drogas legais'] (O Globo, 12 jul. 2009 – Fábio Brisolla e Karla Monteiro)</ref>
 
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== Mapeamento do mercado ==
 
Em 2008, um estudo foi realizado pelo OEDT junto a 68 lojas virtuais que vendem drogas legais sintéticas, em sua maioria sediadas no [[Reino Unido]] e na [[Holanda]]. O estudo revelou que mais de 200 produtos psicoativos são comercializados atualmente na Europa, sendo que as ''legal highs'' mais comuns são a [[Salvia divinorum]], a trepadeira elefante ([[Argyreia]] nervosa), a kratom (Mitragyna speciosa), os cogumelos alucinogênicos e uma variedade de “pastilhas de festas” (''party pills''). A Salvia divinorum, a trepadeira elefante e a chamada campainha (''morning glory'' ou [[Ipomoea]] violacea) são oferecidas como substitutas do LSD; a kratom, dos [[opiáceo]]s; várias preparações como alternativas à maconha; e as “past ilhas de festa” como substitutas do ecstasy (MDMA), sendo que estas últimas podem conter matérias vegetais, substâncias sintéticas ou semi-sintéticas<ref>[http://www.emcdda.europa.eu/attachements.cfm/att_64560_PT_StimulantsCannabisMarkets_PT2008Final.pdf Mais de 200 substâncias psicoactivas publicitadas em lojas virtuais (Relatório da OEDT)]</ref>. Embora o principal ingrediente das “pastilhas de festa” seja o BZP (benzil-piperazina), as lojas virtuais parecem já estar prontas para substituí-lo por outras substâncias assim que ele for submetido a medidas de controle pelas autoridades da [[União Europeia]]<ref name=autogenerated2>[http://www.emcdda.europa.eu/themes/drug-situation/pt/new-drugs OEDT - Novas drogas e tendências emergentes]</ref>.
 
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==Reação dos governos==
 
Em 2007, o [[Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência]] (OEDT ou EMCDDA, na sigla em inglês) criou um sistema de alerta rápido para a detecção de novas substâncias psicoativas lançadas no mercado, com o objetivo de catalogar tais substâncias, investigar seus métodos de produção, riscos para a [[saúde]], e traçar um perfil dos usuários<ref>{{en}} [http://www.emcdda.europa.eu/themes/new-drugs/early-warning EMCDDA – Early warning system]</ref>.
 
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A repórter Gaia Vince, da revista [[New Scientist]], relatou ter fumado legalmente uma dose da erva alucinógena [[Salvia divinorum]], que a teria levado a uma “viagem de expansão de consciência” de cinco minutos, onde “objetos e pessoas pareciam de [[desenho animado]], [[surrealismo|surreais]] e maravilhosos”. No entanto, ela também relatou que sua [[boca]] ficou sem [[coordenação motora]], que teve dificuldades para se manter em pé por alguns minutos após o fim da “viagem”, e que pingava de [[suor]].<ref name=autogenerated1 />.
 
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== Notas ==
 
<references/>
 
== Ver também ==
 
* [[Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência]]
* [[Droga ilícita]]