República Romana (1849): diferenças entre revisões

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O governo emitiu algumas reformas liberais que Pio IX rejeitou quando estabelecido em Gaeta, planejando assim um novo governo. Uma delegação foi criada pelo Conselho Superior instituído pelo Papa e pelo prefeito de Roma, e enviada para tranquilizar o Papa e pedir-lhe que voltasse o mais rapidamente possível. Esta delegação era composta pelo próprio prefeito, Príncipe [[Tommaso Corsini]], três sacerdotes - [[Rezzi]], [[Mertel]] e [[Arrighi]] - [[Marquês Paolucci de Calboli]], médico e advogado [[Fusconi Rossi]]. No entanto, eles foram parados na fronteira do estado em [[Terracina]]. O Papa, informado do fato, recusou-se a falar com eles. Em Roma, foi formada uma Constituinte Romana, em [[29 de novembro]].
Sem um governo local, em Roma, pela primeira vez na história, assembleias populares foram reunidas. [[Margaret Fuller]] descreveu que o processo seu deu sob uma nova bandeira, a tricolor, enviada a partir de [[Veneza]], deixada nas mãos do cavaleiro Marco Aurélio, no [[CampidoglioMonte Capitolino|Capitólio]]. A irritação popular contra o papa aumentou por ele haver ameaçado de excomunhão os responsáveis pelas atuações políticas de novembro. A Constituinte decidiu convocar eleições com sufrágio universal (todos os cidadãos do estado, do sexo masculino maiores de 21 anos de idade) para [[21 de janeiro]] de [[1849]]. Uma vez que o papa havia proibido os católicos de votar nas eleições (porque ele considerou a convocação da eleição "um ato de monstruosidade patrocinada pela demagogia anárquica" (''abnormus et sacrilogus attentate'') merecendo os castigos descritos tanto nas leis divinas e humanas", o resultado das da eleições teve inclinação a uma assembleia constituinte republicana (mais de 50% dos potenciais eleitores foram às urnas nos Estados Pontifícios).
 
[[Imagem:Rossetti - Proclamazione della Repubblica Romana, nel 1849, in Piazza del Popolo - 1861.jpg|thumb|300px320px|left|Proclamação da República Romana, na ''[[Piazza del Popolo]]'']]
Os eleitores não foram solicitados a expressar-se sobre os partidos, mas sobre os indivíduos. O advogado [[Francesco Sturbinetti]], que havia liderado o Conselho dos Deputados, recebeu a maioria dos votos, seguido por [[Carlo Armellini]], o médico [[Pietro Sterbini]], [[Mons Muzzarelli]], em cujas mãos [[Papa Pio IX|Pio IX]] tinha deixado a cidade, e [[Carlo Luciano Bonaparte]], príncipe de Canino. A aristocracia era representada com um príncipe, seis marqueses, quinze condes e três nobres. A nova reunião foi dominada pela burguesia, os abastados, profissionais e trabalhadores. Vinte e sete proprietários, um banqueiro, cinquenta e três juristas e advogados, seis graduados, doze professores, dois escritores, vinte e um médicos, um farmacêutico, seis engenheiros, cinco funcionários, dois comerciantes, dezenove oficiais militares, um antes e um monsenhor.
 
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A legião aumentou para cerca de 1000 homens e ganhou disciplina e organização. O Papa pediu ajuda militar aos países católicos. Saliceti e Montecchi deixaram o triunvirato. Seus lugares foram preenchidos em [[29 de março]] por Saffi e Giuseppe Mazzini, o o fundador do movimento [[Jovem Itália]], que tinha sido o espírito orientador da República desde o início. Mazzini ganhou amigos entre os pobres ao distribuir algumas das grandes propriedades da Igreja aos camponeses. Ele inaugurou uma prisão e reformou um hospício, além de estabelecer a liberdade de imprensa, e a educação secular.
 
No entanto, as políticas do governo (impostos mais baixos, aumento da despesa) significaram problemas com as suas finanças e teve de recorrer a inflacionar a moeda, a fim de pagar as suas dívidas. A inflação fugiu inteiramente do controle da República, e também enfrentaram ameaças militares. O [[Reino da Sardenha]] e a República estavam em risco de ataques de forças austríacas (que foram capazes de atacar a própria Roma). O comandante-chefe das forças austríacas em [[Milão]], [[JosephJosef Wenzel Radetzky von Radetz|Josef Radetzky]], tinha observado durante o "Glorioso Cinco Dias" de [[Milão]]: "Três dias de sangue nos dará trinta anos de paz." Mas a República Romana teria cair para um outro inesperado inimigo: A [[Segundo Império Francês|França]], de Luís Napoleão, que havia sido recém-eleito, e que em breve iria declarar-se imperador [[Napoleão III]]. Ele próprio tinha participado de uma insurreição nos Estados Pontifícios contra o papa, em [[1831]], mas neste ponto ele estava sob intensa pressão por parte dos fanáticos católicos ultramontanos franceses, que tinham votado majoritariamente por ele. Embora ele hesitasse em trair os liberais italianos, ele decidiu enviar tropas para restabelecer o Papa.
 
==O cerco francês==