Grande Mesquita de Gaza: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Início da revisão. "Tie" como "empate"?
Revisando parte II
Linha 31:
'''Grande Mesquita de Gaza''' (em [[língua árabe|árabe]]: ''جامع غزة الكبير'') é a maior e mais antiga mesquita da [[Faixa de Gaza]], localizada na parte antiga da cidade de [[Gaza]].<ref name="PEDCAR">[http://www.pecdar.ps/etemplate.php?id=231 Gaza- Ghazza] Palestinian Economic Council for Development and Reconstruction.</ref><ref>[http://www.mideasttravelling.net/palestine/gaza/gaza_culture.htm Travel in Gaza] MidEastTravelling.</ref>
 
Acredita-se que tenha sido construída onde antes se localizava um antigo [[templo]] [[Filisteus|filisteu]], primeiro pelos [[bizantinos]] para erigir uma igreja no [[século V]] e, após a conquista [[muçulmanos|muçulamana]] no [[século VII]], foi convertida em uma [[mesquita]]. No [[século X]], o [[minarete]] desabou por causa de um [[terremoto]]. Em [[1149]], os [[cruzados]] construíram uma catedral dedicada à [[João Batista|São João Batista]], em grande parte destruída pelos [[aiúbidas]] em [[1187]]. No [[século XIII]], os [[mameluco]]s reconstruíram a mesquita, novamente destruída, desta vez pelos [[mongóis]] em [[1260]]. Apesar de logo restaurada, foi novamente destruída por terremotos ainda no mesmo século.<ref name="Pringle">Pringle, 1993, p.209.</ref>
 
Depois de 300 anos, foi reconstruída pelos [[otomano]]s. Durante a [[Primeira Guerra Mundial]] foi Severamenteseveramente foi danificada por um bombardeio britânico e, em [[1925]], foi restaurada novamente.<ref>Jacobs, 1998, p.454.</ref>
 
A Grande Mesquita situa-se no Bairro Daraj, no centro histórico da baixa de Gaza, no extremo leste da Rua Omar Mukhtar, a sudeste da Praça Palestina.<ref name="PEDCAR">[http://www.pecdar.ps/etemplate.php?id=231 Gaza- Ghazza] Palestinian Economic Council for Development and Reconstruction.</ref><ref>[http://www.mideasttravelling.net/palestine/gaza/gaza_culture.htm Travel in Gaza] MidEastTravelling.</ref> Adjacente, pelo lado sul, situa-se o Mercado de Ouro de Gaza, a nordeste a Mesquita Welayat e a este, na Rua Wehda, uma escola feminina.<ref name="Winter">Winter, 2000, p.429.</ref>
Linha 49:
A igreja bizantina foi transformada em mesquita no [[século VII]] pelos generais de ''[[Omar|Omar ibn al-Khattab]]'',<ref name="PEDCAR"/><ref name="Ma'an"/> no início da era do governo de [[Gaza]] pelo império [[Califado Rashidun]].<ref name="Pringle"/> A mesquita era também chamada de ''al-Omari'' em homenagem a Omar, o [[califa]] durante a conquista muçulmana da [[Palestina]].<ref name="PEDCAR"/> Em [[985|985 d.C.]], durante o [[califado abássida]], o árabe geógrafo [[Al-Muqaddasi]], descreveu a mesquita como "''جمي مسجد''" (em português: "bela mesquita").<ref name="Pringle"/><ref>[[al-Muqaddasi]] quoted in le Strange, 1890, p.442.</ref><ref name="Ring">Ring and Salkin, 1994, p.289.</ref> Em 5 de dezembro de 1033, um terremoto causou um grande colapso no [[minarete]] da mesquita.<ref>Elnashai, 2004, p.23.</ref><ref name="Ring and Salkin">Ring and Salkin, 1994, p.290.</ref>
 
Em 1149, asos [[cruzadacruzados]]s, que haviam conquistado Gaza em 1100, construiuconstruíram uma catedral dedicada a [[João Batista|São João Batista]] sobre as ruínas da igreja empor cimaordem de um decreto feito por [[Balduíno III de Jerusalém]].<ref name="Briggs">Briggs, 1918, p.255.</ref> No entanto, emnas descrições de [[Guilherme de Tiro]], as grandes cruzadas não foram mencionadas no processo histórico da mesquita.<ref name="Pringle"/> Acredita-se que partes de dois dos três corredores existentes no local, sãosejam parcelasremanescentes da catedral de São João de Batista.<ref name="Briggs"/>
 
Em 1187, a [[aiúbidas|dinastia aiúbida]], sob o controle de [[Saladino]], destruiu a catedral.<ref name="Ma'an"/> Os mamelucos a reconstruíram no [[século XIIXIII]], anos mais tardemas, em 1260, foi desabadanovamente arrasada porpelos [[mongóis]].<ref name="Ring"/> Logo depois, ela foi erguidareconstruída, porém em 1294, um terremoto causou outro desastre.<ref name="Ring and Salkin"/> O governador da cidade, ''Sanjar al-Jawli'' encomendou a restauração entre 1311 e 1319.<ref name="Pringle"/><ref name="ADL">[http://www.archnet.org/library/sites/one-site.jsp?site_id=8110 Great Mosque of Gaza] [[ArchNet]] Digital Library.</ref> Cumpriram a ordem dadaFinalmente, e os mamelucos refizerama reconstruíram em 1340.<ref name="MAH">[http://www.ville-ge.ch/mah/expos/pdf/212/Gaza_timeline.pdf Gaza at the crossroads of civilisations: Gaza timeline] Musée d'Art et Histoire, Geneva. 2007-11-07.</ref> Em 1355, o geógrafo muçulmano [[Ibn Battuta]] notou a existência anterior e afirmou: como uma "bela mesquita de sextas-feiras".<ref name="IB">Ibn Battuta quoted in le Strange, 1890, p.442.</ref>
{{Citação2
|quotetext=Daria uma excelente mesquita de sexta-feira!
|personquoted='''Ibn Battuta'''<ref name="IB">Ibn Battuta quoted in le Strange, 1890, p.442.</ref>
|cinza=n
}}
 
NasEntre as inscrições daencontradas na mesquita, estão encontrados, as assinaturas dos [[sultões mamelucos]] ''[[Al-Nasir Muhammad]]'' (datado em 1340), ''[[Qaitbay]]'' (datado em maio de 1498), ''[[Al-Ashraf Qansuh al-Ghawri]]'' (datado em 1516) e odo [[califa abássida]] ''[[Al-Musta'in]]'' (datado em 1412).<ref>Sharon, 2009, p.33.</ref>
 
No [[século XVI]], a mesquita foi restaurada após o dano aparente no século anterior,; oos [[Império Otomanootomanos]] realizouencomendaram a funçãoobra e também, construiuconstruíram outras seis mesquitas de mesmo porte na cidade.<ref name="Ring and Salkin">Ring and Salkin, 1994, p.290.</ref> Após,A omesquita interiortambém delaabriga passouuma ainscrição ostentar,com o governadornome do impériogovernador emotomano de Gaza, ''[[Musa Pasha'']], irmão do deposto Husayn Pasha, datada de 1663.<ref name="Ma'an"/>
 
===Era moderna===
[[Ficheiro:Great Mosque of Gaza.jpg|thumb|right|A visão exterior da mesquita no início do [[século XX]], antes da renovação.]]
Alguns viajantes ocidentais do final do [[século XIX]] informaram que esta foi a única estrutura histórica digna de nota digna em Gaza, considerando a arquitetura.<ref>Porter and Murray, 1868, p.250.</ref><ref>Porter, 1884, p.208.</ref> A Grande Mesquita foi severamente danificada por forças aliadas durante a Primeira Guerra Mundial. Os britânicos reivindicaram a munição otomana armazenada na mesquita e a derrubaram. Sob a supervisão do ex-prefeito de Gaza, ''Said al-Shawa'', foi restaurada pelo Conselho Supremo Muçulmano em 1926-1927.<ref>Kupferschmidt, 1987, p.134.</ref>
 
Alguns viajantes ocidentais do final do [[século XIX]] informaram que esta foi a única estrutura histórica de nota digna em Gaza, considerando a arquitetura.<ref>Porter and Murray, 1868, p.250.</ref><ref>Porter, 1884, p.208.</ref> A Grande Mesquita foi severamente danificada por forças aliadas durante a Primeira Guerra Mundial. Os britânicos reivindicaram a munição otomana armazenada na mesquita e a derrubaram. Sob a supervisão do ex-prefeito de Gaza, ''Said al-Shawa'', foi restaurada pelo Conselho Supremo Muçulmano em 1926-1927.<ref>Kupferschmidt, 1987, p.134.</ref>
 
Em 1928, o Conselho Supremo Muçulmano realizou uma manifestação, envolvendo tanto muçulmanos e cristãos, a fim de conseguir apoio para boicotar as eleições e participações no governo da Assembleia Legislativa do [[Mandato Britânico da Palestina]]. Para aumentar o número de pessoas no comício, eles ordenaram que todas as mesquitas de Gaza deveriam ser fechadas temporariamente.<ref>Kupferschmidt, 1987, p.230.</ref>