Reparo de ADN: diferenças entre revisões

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[[Imagem:brokechromo.jpg|frame|right|Lesões no ADN resultando de múltiplas fraturas nos cromossomos]]
 
'''Reparação de ADN''' é um processo em constante funcionamento nas [[célula]]s; sendo essencial para a sobrevivência das mesmas. A reparação protege o [[genoma]] de danos que podem levar a [[mutação|mutações]] nocivas. A reparação ocorre em todas as células e em todos os organismos. Em células humanas, tanto atividades [[metabolismo|metabólicas]] normais quanto fatores ambientais (como raios [[UV]]) podem causar danos no [[ADN]], resultando em cerca de 500 000 [[lesão molecular|lesões moleculares]] individuais por dia. Essas lesões causam danos estruturais à molécula de ADN, e podem dramaticamente alterar o resultado da transcrição gênica. ConseqüentementeConsequentemente, o processo de reparo de ADN precisa estar operando constantemente, para corrigir rapidamente qualquer dano a estrutura do ADN.
 
Conforme as células envelhecem, a taxa de reparo de ADN decresce até que não mais possa reparar todos danos ocasionados na sequência de ADN. A célula então terá um dos três possíveis destinos:
# um irreversível estado de dormência, conhecido como [[senescência celular|senescência]];(texto antigo, cientistas franceses já conseguiram reverter o envelhecimento celular, as celulascélulas voltam a condição de células-tronco pluripotentes (iPSC), cujas propriedades são semelhantes às das células-tronco embrionárias. http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/cientistas-conseguem-reverter-envelhecimento-celular
# a célula se "suicida", o que é conhecido como [[apoptose]], ou morte celular programada;
# [[carcinogênese]], a formação de [[câncer]].
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A maioria das células no corpo primeiramente tornam-se senescentes. Então, depois de danos irreparáveis ao ADN, ocorre a apoptose. Nesse caso, a apoptose funciona como um "último recurso" prevenindo a célula de tornar-se carcinogênica ameaçando o organismo.
 
Quando as células tornam-se senescentes, alterações na biossíntese fazem com que funcionem menos eficientemente. A capacidade do reparo de ADN de uma célula é vital para a integridade do genoma e conseqüentementeconsequentemente para o seu funcionamento normal e o do organismo. Sabe-se que vários genes que inicialmente foram demonstrados como influentes na [[longevidade]] estão envolvidos em proteção e reparo aos danos no ADN.
 
==Danos no ADN==
Danos no ADN, devidos a processos [[metabolismo|metabólicos]] celulares normais, ocorre a uma taxa de 50.000 a 500.000 lesões por célula diariamente. Ainda assim, várias outras fontes de danos podem elevar ainda mais essa taxa. Enquanto isso constitui apenas 0.0002% do genoma humano, 3.000.000.000 (3 bilhões) de bases, uma única lesão não reparada em um gene relacionado ao câncer (como um gene [[supressor de tumor]]) pode ter conseqüênciasconsequências catastróficas ao indivíduo.
 
=== Danos no DNA nuclear (nDNA) versus danos no DNA mitocondrial (mDNA)===
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Os danos no ADN podem ser divididos em dois tipos principais:
 
# Danos endógenos que são devidos a ataques pelas ERO produzidas do [[metabolismo]] normal celular, um processo conhecido por mutação espontânea;
# Danos exógenos causados por agentes externos, tais como:
## [[Radiação]] ultravioleta [UV 200-300[[nanometros|nm]]] de variadas fontes;
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Um tipo perigoso em particular de dano em DNA às células que estão em divisão é a quebra de ambas as fitas da dupla-hélice. Dois mecanismos existem para reparar esse dano. Eles são geralmente conhecidos como união terminal não-homóloga (em inglês, Non-Homologous End-Joining - NHEJ) e recombinação genética, reparo recombinante e reparo assistido por cópia, ou recombinação homóloga.
 
O reparo recombinante requer a presença de uma idêntica ou quase idêntica seqüênciasequência para ser usada como cópia para o reparo do dano. A maquinaria enzimática responsável para esse processo de reparo é quase idêntica àquela usada para o ''crossing-over'' (ou permuta) vista nas células germinativas durante a meiose. O reparo recombinante é predominantemente usado durante as fases do ciclo celular quando o DNA está em replicação ou está terminando a replicação do DNA. Isso permite que o cromossomo danificado seja reparado usando a nova cromátide-irmã como cópia, isto é, uma cópia idêntica que é, além disso, ordinariamente pareada à região danificada. Muitos genes no genoma humano são copiados várias vezes para prover muitas fontes de seqüênciassequências idênticas para suprir este mecanismo de reparo. Mas o reparo recombinante que confia nessas cópias como cópias de cada gene, é outra problemática porque isso leva a translocação cromossômica e outros tipos de rearranjos cromossômicos.
A união terminal não-homóloga (em inglês, Non-Homologous End-Joining - NHEJ) reúne dois términos de uma quebra na falta de uma seqüênciasequência copiada. Porém, há freqüentementefrequentemente seqüênciasequência de DNA perdida durante esse processo e então o reparo pode ser mutagênico. A NHEJ pode ocorrer em todos os estágios do ciclo celular, mas, nas células dos mamíferos é o principal mecanismo de reparo de DNA até que seja possível a utilização do reparo recombinante operado por cromátides-irmãs como cópias. Desde a vastidão do genoma humano até outros organismos multicelulares, o código genético é composto por regiões que não contém genes, chamadas então de DNA-lixo (sabe-se no entanto que essas regiões estão implicadas com o controle da expressão de vários genes, sendo importantes mecanismos de repressão e de ativação destes e até de mecanismos de reparo de outros genes que tenham sofrido danos eventuais), o potencialmente mutagênico NHEJ pode ser menos prejudicial do que mecanismos operados por cópias seqüenciaissequenciais múltiplas, desde então nos casos que são indesejáveis os rearranjos de DNA são gerados com mais facilidade do que por NHEJ. A maquinaria enzimática usada pelo reparo NHEJ é também utilizadas em linfócitos-B para reunir quebrar decorrentes de proteínas RAG durante a recombinação VDJ, um passo crucial na geração de variedades de imunoglobulinas diversas pelo sistema imune.
 
Veja também [http://carcin.oupjournals.org/cgi/content/full/23/5/687 Carcinogenesis]
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* Tricotiodistrofia: Pele sensível e cabelos e unhas frágeis
 
Retardo mental freqüentementefrequentemente acompanha as últimas desordens, sugerindo aumento na vulnerabilidade dos neurônios em desenvolvimento.
 
Outras desordens do Reparo de DNA incluem:
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* Ataxia Telangiectasia: sensibilidade à radiação ionizante e alguns agentes químicos.
 
Tudo sobre as doenças acima são freqüentementefrequentemente chamadas de “progerias segmentais” (doenças do envelhecimento precoce) porque suas vítimas aparentam ser anciãs e sofrem de doenças relacionadas ao envelhecimento numa idade que são muito mais novas do que elas de fato aparentam ser.
Outras doenças associadas com redução do reparo do DNA são anemia de Fanconi, câncer de seio e de cólon hereditários.
 
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==Reparo de Genes ==
 
Ao contrário, múltiplos mecanismos endógenos de reparo de DNA, reparo gênico ou correção gênica, referem-se a forma de uma terapia gênica, o qual precisamente objetiva e corrige mutações cromossômicas responsáveis por desordens. É feito então pela troca da seqüênciasequência quebrada de DNA com a seqüênciasequência desejada, usando técnicas tais como mutagênese dirigida a oligonucleotídeos. Mutações genéticas requerem reparos são normalmente herdados, mas, em alguns casos, eles podem ser induzidos ou adquiridos (assim como o câncer).
 
== Referências ==
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{{Bom interwiki|pl}}
 
{{Link FA|ca}}
{{Link FA|en}}
 
[[ar:ترميم الدنا]]
[[bg:ДНК корекция]]