Cancioneiro da Ajuda: diferenças entre revisões

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Recebe o seu nome por se conservar na biblioteca do [[Palácio Nacional da Ajuda]], em [[Lisboa]]. É um [[códice]] de [[pergaminho]] escrito por uma só pessoa em [[escrita gótica]] com miniaturas que ficou incompleto: aparecem os textos poéticos, mas não se terminaram as miniaturas nem se copiou a música — para a qual há um espaço reservado abaixo dos versos da primeira estrofe de cada cantiga. Trata-se duma coletánea que possui 310 composições poéticas, todas cantigas de amor.
 
As primeiras edições completas datam de [[1824]] e [[1849]], embora a edição clássica é a realizada por [[Carolina Michaëlis]] no ano [[1904]]<ref>C. Pulsoni - M. Arbor Aldea, Il Cancioneiro da Ajuda prima di Carolina Michaëlis (1904), in “Critica del testo”, VII (2004), pp. 721-89 (http://www.insulaeuropea.eu/pulsoni/il_cancioneiro_da_ajuda_prima_di_michaelis.pdf)</ref>.
 
Dos três cancioneiros conservados até hoje, este, é o menos completo, porque apenas abrange composições anteriores a morte de Afonso X, excluindo, por exemplo a vasta produção de D. Dinis; e porque o seu colecionador exclui os gêneros mais vulgares, isto é, as cantigas de amigo e as de escarnio ou de maldizer. Mas tem a vantagem de seu manuscrito pertencer a época da maioria dos poetas colaboradores, e é um documento valioso pela grafia, pela decoração e pelas iluminaturas, que testemunham o carater cantado e instrumental, embora tenha sido deixados em branco os espaços destinados a notação musical, entre outros sinais de inacabamento.