Cora (divisão territorial): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Maañón (discussão | contribs)
Maañón (discussão | contribs)
Linha 4:
 
== Etimologia ==
Segundo o dicionário da [[Real Academia Espanhola]], a palavra ''cora'' provém do árabetermo {{langx|ar|كوره||''kūrah''}}, e estaeste do grego ''χῶρα'', com o significado de "território".
 
==Organização territorial do al-Andalus==
O Califado foi organizado em seis grandes circunscrições, três interiores e três fronteiriças, todas com as suas respectivas coras. As demarcações ou regiões interiores (''nabiia'') eram: ''[[Gharb al-Ândalus|Al-Gharb]]'', que abrangia a atual província de [[Huelva]] e o sul de [[Portugal]]; ''[[Mawsat al-Andalus|Al-Mawsat]]'' ou "terras do centro", que se estendia pelos vales do [[rio Guadalquivir]] e do [[rio Genil]], além das zonas montanhosas da [[Andaluzia]], ou seja, a antiga "[[Bética]]";<ref name=ref_duplicada_1>http://www.juntadeandalucia.es/viviendayordenaciondelterritorio/atlashistorico/pdf/13_organizacionterritorialdealandalus.pdf</ref> e ''[[Xarq al-Andalus|Al-Sharq]]'' ou "terra de oriente", que abrangia o arco [[mar Mediterrâneo|mediterrâneo]], da atual [[província de Múrcia]] até [[Tortosa]]. Entre estas demarcações e a [[fronteira]] situavam-se as três ''[[Marca de fronteira|Marcas]]'': ''[[al-Tagr al-Ala]]'' ou Marca Superior ([[Saragoça]]); ''[[al-Tagr al-Awsat]]'' ou Marca Média ([[Toledo]]); e ''[[al-Tagr al-Adna]]'' ou Marca Inferior ([[Mérida (Espanha)|Mérida]]). Estas Marcas mantiveram-se até a aparição dos [[Reinos de Taifas]]. No modelo [[Al-Andalus|hispanomuçulmano]], a fronteira concebia-se como uma grande faixa desorganizada de separação, no exterior das [[Marca de fronteira|marcas]], sem fazer parte da estrutura territorial e com povoamento muito escasso, limitado a pontos concretos,<ref> Sabaté Curull, Flocel: ''Repoblación y feudalismo'', em LYNCH (2007), pag. 28 </ref> como ocorreu com o vale do [[rio Douro]] após o abandono, por volta de [[750]], da zona pelos [[Berberes]] inicialmente assentados nela e as migrações de [[moçárabe]]s para o [[reino das Astúrias]].<ref> Valdeón Baruque, Julio: ''El reino astur-leonés'', em LYNCH (2007), pag. 88 </ref>