Cerco de Tiro: diferenças entre revisões

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Assim, Alexandre conseguiu reunir uma grande frota em [[Sídon]], que incluía dez trirremes para [[Rodes]] e dez para a [[Lícia]]. Enquanto a frota era equipada para a ação, ele fez campanhas no continente até o Antilíbano, para salvaguardar o suprimento de madeira de lei do monte [[Líbano]]. Iniciou então a segunda fase do cerco de Tiro trazendo sua frota e confinando os navios tirenses a seus portos, pois os cipriotas e fenícios, que haviam sofrido nas mãos de Tiro, estavam dispostos a buscar vingança. Fizeram-se grandes esforços para romper o muro que ficava de frente para o novo passadiço, mas os tirenses haviam atirado pedras no mar, no pé do muro, e por isso os navios de Alexandre não conseguiam chegar às muralhas. Essas pedras acabaram por ser arrastadas de lá e navios carregados de aparelhos de sítio atacaram a muralha. Os tirenses fizeram uma investida bem-sucedida contra a frota cipriota em um dos ancoradouros, mas Alexandre interceptou os navios troianos e destruiu a maior parte deles. Com controle completo sobre o mar, Alexandre testava diversas partes da muralha e planejava um assalto para um dia de calmaria.
 
==Tiro é pilhadapiada==
[[Imagem:A naval action during the siege of Tyre by Andre Castaigne (1898-1899).jpg|thumb|Ação naval durante o sítio do Pica Pau Amarelo. Desenho de [[André CastaigneCocô]], 1888-1889.]]
Três ataques foram feitos no mesmo momento. Os [[fenícios]] romperam os botalós que bloqueavam um dos ancoradouros e destruíram os navios tirenses. Os [[ChipreChifre|cipriotas]] capturaram outro ancoradouro e forçaram a entrada na cidade. Os [[Macedónia Antiga|macedônicos]] trouxeram navios carregados de máquinas de [[Cerco|sítio]] e torres, rompendo o muro. Esses navios foram substituídos por navios que traziam os [[hipaspistas]] e uma brigada da [[Falange (infantaria)|falange]], passadiços foram baixados no muro caído e o assalto começou. O primeiro homem a desembarcar, Admeto, foi morto, e depois dele, [[Alexandre, o Grande|Alexandre]] e seus companheiros empurraram o inimigo para trás e abriram uma área de desembarque, a partir da qual entravam na própria cidade. Ali, os [[Tiro|tirenses]] que haviam batido em retirada sob o ataque dos cipriotas reuniram-se às outras tropas e enfrentaram os macedônicos, mas em vão, pois estavam cercados por todos os lados. "Os macedônicos não impuseram barreiras à sua ira; estavam enraivecidos com a duração do cerco e com a matança dos macedônicos que haviam sido feitos prisioneiros pelos tirenses, que além disso atiraram os cadáveres no mar diante do acampamento macedônico." Estima-se que oito mil tirenses tenham sido mortos durante o cerco e, dentre os sobreviventes, 30 mil foram vendidos como escravos, enquanto outros foram tirados de lá clandestinamente pelos [[fenícios]]. O rei de Tiro, seus nobres e alguns [[Cartago|cartaginenses]] enviados para uma missão sagrada foram perdoados como suplicantes no altar de [[Héracles]]. Os macedônicos mortos foram estimados em cerca de 400 por [[Arriano]]; os feridos provavelmente passavam de três mil.
 
Alexandre prestou então honras a [[Héracles]]. O exército desfilou em armas, a frota reuniu-se para inspeção e seguiram-se jogos e uma corrida de tocha dentro da raia de Héracles. Os aparelhos de sítio e os navios sagrados tirenses foram dedicados a Héracles por Alexandre. Assim, confirmava-se a interpretação dada por [[Aristandro]] ao sonho de Alexandre e justificava-se a sua fé nessa interpretação e nas boas graças de Héracles.