Bloqueio de Berlim: diferenças entre revisões

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A URSS encerrou o bloqueio à 00h01 de 12 de maio de 1949. Contudo, a ponte aérea continuou a funcionar até 30 de setembro, pois os quatro países ocidentais preferiram criar um estoque de suprimentos em Berlim Ocidental para o caso de novo bloqueio soviético.
 
Um outro factor que contribui para o bloqueio foi de que nunca houve um acordo formal garantindo o acesso ferroviário e rodoviário para Berlim através da zona soviética. No final da guerra, os líderes ocidentais se basearam na boa vontade Soviética para proporcionar-lhes um direito tácito para tal acesso.<ref name="miller6"/> Na época, os aliados ocidentais assumiram que a recusa soviética em proporcionar outros acesso para o transporte de carga, além da ferroviaria, e limitada a 10 trens por dia, era temporária, mas os soviéticos se recusaram a expansão para as várias rotas adicionais que foram propostas posteriormente.<ref name="miller7">{{Harvnb|Miller|2000|p=7}}</ref>
 
Os soviéticos também concederam apenas três corredores aéreos de acesso a Berlim, a partir de [[Hamburgo]], [[Bückeburg]] e [[Frankfurt]].<ref name="miller7"/> Em 1946, os soviéticos pararam a entrega de mercadorias agrícolas de sua zona no leste da Alemanha, e o comandante americano, Lucius D. Clay, respondeu, parando a transferência de indústrias desmantelados de oeste da Alemanha para a União Soviética. Em resposta, os soviéticos começaram uma campanha de relações públicas contra a política americana, e começaram a obstruir o trabalho administrativo de todas as quatro zonas de ocupação.
 
Até que o inicio do bloqueio, em 1948, a Administração Truman não tinha decidido forças americanas deviam permanecer em Berlim Ocidental, após o estabelecimento de um governo da Alemanha Ocidental, previsto para 1949.<ref>Larson (2011)</ref>
 
==O foco em Berlim e as eleições de 1946==
Berlim tornou-se rapidamente o ponto focal dos esforços de ambos, norte-americanos e soviéticos, para realinhar a Europa em suas respectivas visões. Como Molotov observou, "O que acontece em Berlim, acontece a Alemanha, o que acontece na Alemanha, acontece a Europa".<ref name=truback> Berlim tinha sofrido um dano enorme, a sua população pré-guerra de 4,6 milhões de pessoas fora reduzido para 2,8 milhões, mas a cidade podia produzir apenas 2% das suas necessidades alimentares.<ref name="miller6">{{Harvnb|Miller|2000|p=6}}</ref> Os aliados ocidentais não foram autorizados a entrar na cidade, até dois meses após a rendição da Alemanha, durante o qual a população local sofreu tratamento brutal nas mãos do exército soviético.<ref name="miller6"/>
 
Depois de um tratamento severo, emigração forçada, repressão política e o inverno particularmente difícil de 1945-1946, os alemães na zona controlada pela União Soviética eram hostis aos esforços soviéticos.<ref name="miller13">{{Harvnb|Miller|2000|pp=13–145}}</ref> As eleições locais em meados de 1946 resultou em um voto de protesto maciço anti-comunista, especialmente no setor soviético de Berlim.<ref name="miller13"/> Os cidadãos de Berlim esmagadoramente elegeram membros democráticos ao seu conselho municipal (com uma maioria de 86%) fortemente rejeitando os candidatos comunistas.
 
{{Referências}}