Imigração no Brasil: diferenças entre revisões

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== Povoamento imigrante no sul ==
Após a independência, a imigração passou a fazer parte da política Imperial, pois o Sul do Brasil continuava despovoado e alvo da cobiça dos países vizinhos. O governo passou a incentivar a implantação de núcleo de colonos imigrantes no [[Paraná]], [[Santa Catarina]] e [[Rio Grande do Sul]].
 
=== Imigração italiana para o sul ===
{{Artigo principal|[[Imigração italiana no Brasil]]}}
 
[[Ficheiro:Casanv.jpg|230px|direita|thumb|Casa de pedra em [[Nova Veneza (Santa Catarina)|Nova Veneza]]: marco da colonização [[italia]]na.]]
 
==== Rio Grande do Sul ====
As primeiras colônias italianas do Sul do Brasil nasceram na [[Serra Gaúcha]], entre os vales dos rios Caí e das Antas, limitando-se ao norte com os campos de Cima da Serra, e ao sul com as colônias alemãs do vale dos rios das Antas e Caí.
 
Os italianos foram atraídos para o Sul do Brasil com o intuito de substituir a colonização alemã, pois, na [[Alemanha]], criara-se mecanismos para impedir a imigração para o Brasil, pois muitas denúncias contra essa imigração eram feitas, tendo em vista que muitos passavam privações no país. Os colonos alemães, assim que chegavam ao Rio Grande do Sul, rumavam para as colônias já estabelecidas, apartando-se de se aventurar nas matas fechadas das serras. Para ocupar as matas fechadas, optou-se pela vinda de [[imigrante]]s [[italianos]].
 
No ano de 1875, foram criadas as colônias Conde D'Eu e Dona Isabel, atuais [[Bento Gonçalves (Rio Grande do Sul)|Bento Gonçalves]] e [[Garibaldi]]. No mesmo ano, criou-se a colônia Caxias (atualmente [[Caxias do Sul]]) e em 1877 [[Silveira Martins]]. A partir dessas quatro colônias, os italianos passaram a se expandir pelas região serrana.
 
Caxias do Sul tornou-se a colônia mais próspera da região, servindo de base para o surgimentos de diversas outras, como [[Mariana Pimentel]] (1888), [[Barão do Triunfo]] (1888), Vila Nova de Santo Antonio (1888), [[Jaguari]] (1889), [[Ernesto Alves]] (1890) e [[Marquês do Erval]] (1891). Ali plantavam produtos de subsistência, como o [[milho]] e o [[trigo]]. Mas o cultivo que marcou sua presença no Rio Grande do Sul foi a [[vinho|videira]].
 
A maior parte desses imigrantes eram camponeses vindos do Norte da Itália, e se tornavam pequenos cultivadores no Brasil. Estima-se que do total de imigrantes que veio para o estado, 54% era de [[vêneto]]s, 33% de [[Lombardia|lombardos]], 7% de [[Trento|trentinos]], 4,5% de friulanos e as outras regiões forneceram os restantes 1,5%. Calcula-se que, entre 1875 e 1914, entraram no estado entre 80 e 100 mil italianos.
 
==== Santa Catarina ====
Em Santa Catarina, imigrantes italianos vindos da [[Sardenha]] já habitavam a região de ''Nova Itália'' (hoje, ''[[São João Batista (Santa Catarina)|São João Batista]]'') desde 1836. Porém, a imigração só começaria de fato em 1875. Foram criadas as colônias de [[Rio dos Cedros]], [[Rodeio (Santa Catarina)|Rodeio]], [[Ascurra]] e [[Apiúna]], em torno da colônia alemã de [[Blumenau]]; Porto Franco (atual [[Botuverá]]) e [[Nova Trento]], em torno da colônia [[Brusque]]. A colonização italiana se deu em maior expressividade no sul do estado, no vale do rio Tubarão, as colônias de Azambuja, Pedras Grandes e Treze de Maio: no vale do Urussanga, os núcleos de [[Urussanga]], Acioli de Vasconcelos (atual [[Cocal]]) e [[Criciúma]]. Outras colônias foram criadas e ocupadas por italianos vindos do Rio Grande do Sul.
 
==== Paraná ====
No Paraná, os primeiros colonos italianos chegaram em 1878 e se fixaram no litoral, porém pouco tempo depois partiram para a região de [[Curitiba]], fixando-se em diversas cidades. Neste estado, os italianos vieram principalmente trabalhar na produção do [[café]].
 
=== Imigração alemã no sul ===
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| align="left"|'''Quantidade''' || |8.176 || 19.553 || 14.325 || 18.901 || 17.084 || 13.848 || 25.902 || 75.801 || 27.497 || 6.807 || 16.643 || 5.659
|}
 
=== Imigração italiana para o sul ===
{{Artigo principal|[[Imigração italiana no Brasil]]}}
 
[[Ficheiro:Casanv.jpg|230px|direita|thumb|Casa de pedra em [[Nova Veneza (Santa Catarina)|Nova Veneza]]: marco da colonização [[italia]]na.]]
 
==== Rio Grande do Sul ====
As primeiras colônias italianas do Sul do Brasil nasceram na [[Serra Gaúcha]], entre os vales dos rios Caí e das Antas, limitando-se ao norte com os campos de Cima da Serra, e ao sul com as colônias alemãs do vale dos rios das Antas e Caí.
 
Os italianos foram atraídos para o Sul do Brasil com o intuito de substituir a colonização alemã, pois, na [[Alemanha]], criara-se mecanismos para impedir a imigração para o Brasil, pois muitas denúncias contra essa imigração eram feitas, tendo em vista que muitos passavam privações no país. Os colonos alemães, assim que chegavam ao Rio Grande do Sul, rumavam para as colônias já estabelecidas, apartando-se de se aventurar nas matas fechadas das serras. Para ocupar as matas fechadas, optou-se pela vinda de [[imigrante]]s [[italianos]].
 
No ano de 1875, foram criadas as colônias Conde D'Eu e Dona Isabel, atuais [[Bento Gonçalves (Rio Grande do Sul)|Bento Gonçalves]] e [[Garibaldi]]. No mesmo ano, criou-se a colônia Caxias (atualmente [[Caxias do Sul]]) e em 1877 [[Silveira Martins]]. A partir dessas quatro colônias, os italianos passaram a se expandir pelas região serrana.
 
Caxias do Sul tornou-se a colônia mais próspera da região, servindo de base para o surgimentos de diversas outras, como [[Mariana Pimentel]] (1888), [[Barão do Triunfo]] (1888), Vila Nova de Santo Antonio (1888), [[Jaguari]] (1889), [[Ernesto Alves]] (1890) e [[Marquês do Erval]] (1891). Ali plantavam produtos de subsistência, como o [[milho]] e o [[trigo]]. Mas o cultivo que marcou sua presença no Rio Grande do Sul foi a [[vinho|videira]].
 
A maior parte desses imigrantes eram camponeses vindos do Norte da Itália, e se tornavam pequenos cultivadores no Brasil. Estima-se que do total de imigrantes que veio para o estado, 54% era de [[vêneto]]s, 33% de [[Lombardia|lombardos]], 7% de [[Trento|trentinos]], 4,5% de friulanos e as outras regiões forneceram os restantes 1,5%. Calcula-se que, entre 1875 e 1914, entraram no estado entre 80 e 100 mil italianos.
 
==== Santa Catarina ====
Em Santa Catarina, imigrantes italianos vindos da [[Sardenha]] já habitavam a região de ''Nova Itália'' (hoje, ''[[São João Batista (Santa Catarina)|São João Batista]]'') desde 1836. Porém, a imigração só começaria de fato em 1875. Foram criadas as colônias de [[Rio dos Cedros]], [[Rodeio (Santa Catarina)|Rodeio]], [[Ascurra]] e [[Apiúna]], em torno da colônia alemã de [[Blumenau]]; Porto Franco (atual [[Botuverá]]) e [[Nova Trento]], em torno da colônia [[Brusque]]. A colonização italiana se deu em maior expressividade no sul do estado, no vale do rio Tubarão, as colônias de Azambuja, Pedras Grandes e Treze de Maio: no vale do Urussanga, os núcleos de [[Urussanga]], Acioli de Vasconcelos (atual [[Cocal]]) e [[Criciúma]]. Outras colônias foram criadas e ocupadas por italianos vindos do Rio Grande do Sul.
 
==== Paraná ====
No Paraná, os primeiros colonos italianos chegaram em 1878 e se fixaram no litoral, porém pouco tempo depois partiram para a região de [[Curitiba]], fixando-se em diversas cidades. Neste estado, os italianos vieram principalmente trabalhar na produção do [[café]].
 
=== Imigração eslava no sul ===