John Locke: diferenças entre revisões

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'''John Locke''' (Wringtown, [[29 de agosto]] de [[1632]] — [[Harlow]], [[28 de outubro]] de [[1704]]) foi um [[filósofo]] inglês e [[Ideologia|ideólogo]] do [[liberalismo]], sendo considerado o principal representante do [[empirismo]] britânico e um dos principais teóricos do [[contrato social]]<ref name="BioEducação">{{Citar web|url=http://educacao.uol.com.br/biografias/john-locke.jhtm|título=John Locke - Biografia|publicado=OUL - Educação|língua2=pt|acessodata=4 de junho de 2012}}</ref>.
 
Locke rejeitava a doutrina das [[inatismo|ideias inatas]] e afirmava que todas as nossas ideias tinham origem no que era percebido pelos [[sentido]]s. A [[filosofia da mente]] de Locke é frequentemente citada como a origem das concepções modernas de identidade e do "Eu". <ref> ''Identidade pessoal'' por Theodore Sider - Universidade de Rutgers (Tradução de Vítor Guerreiro)</ref> <ref> Tratado da Natureza Humana de Hume por Vani L. F. dos Santos [http://www.theoria.com.br/edicao0410/o_tratado_da_natureza_humana_de_hume.pdf] </ref> <ref>Tratado da Natureza Humana, Livro I, Parte IV, Secção II e VI.</ref> O conceito de identidade pessoal, seus conceitos e questionamentos figuraram com destaque na obra de filósofos posteriores, como [[David Hume]], [[Jean-Jacques Rousseau]] e [[Kant]]. Locke foi o primeiro a definir o "si mesmo" através de uma continuidade de [[consciência]]. Ele postulou que a mente era uma lousa em branco (''[[tabula rasa]]''). Em oposição ao [[Cartesianismo]], ele sustentou que nascemos sem idéiasideias inatas, e que o conhecimento é determinado apenas pela [[experiência (filosofia)|experiência]] derivada da [[percepção sensorial]]<ref> Baird, Forrest E.; Walter Kaufmann (2008). ''From Plato to Derrida''. Upper Saddle River, New Jersey: Pearson Prentice Hall. pp. 527–529. ISBN 0-13-158591-6</ref>.<br />
 
Locke escreveu o ''[[Ensaio acerca do Entendimento Humano]]'', onde desenvolve sua teoria sobre a origem e a natureza do [[conhecimento]]. Suas ideias ajudaram a derrubar o [[absolutismo na Inglaterra]]. Locke dizia que todos os homens, ao nascer, tinham [[direitos naturais]] - direito à [[vida]], à [[liberdade]] e à [[propriedade]]. Para garantir esses direitos naturais, os homens haviam criado [[governo]]s. Se esses governos, contudo, não respeitassem a vida, a liberdade e a propriedade, o povo tinha o direito de se revoltar contra eles. As pessoas podiam contestar um governo injusto e não eram obrigadas a aceitar suas decisões.
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== Obra ==
Locke é considerado o protagonista do [[empirismo]]. Nega as [[ideias inatas]], afirmando que a mente é uma ''[[tabula rasa]]'' - expressão [[latim|latina]] que tem o sentido de "folha em branco".<ref>''Tabula'' se refere a uma superfície de pedra para se escrever, como uma lousa; ''rasa'', feminino de ''rasus'', significa raspado ou apagado, i.e. "em branco".</ref> Isto significa que todas as pessoas nascem sem saber absolutamente nada e que aprendem pela [[Experiência (filosofia)|experiência]], pela tentativa e erro. Esta é considerada a fundação do "[[behaviorismo]]". Essa aprendizagem através da experiência dá-se por dois meios: pelas ideias de sensação (ver, ouvir, tocar, etc) - o que vem dos sentidos, e pelas ideias de reflexão (pensar, acreditar, etc) - as diversas operações da mente). Primeiro, há as ideias simples de sensação, seguidas pelas de reflexão, onde a mente atua essencialmente de forma ''passiva''. Depois, a mente ''ativa'' monta ideias complexas fazendo combinações, comparações ou abstrações a partir de ideias simples.
 
A filosofia política de Locke fundamenta-se na noção de governo consentido, pelos governados, da autoridade constituída e o respeito ao [[direito natural]] do ser humano - à vida, à liberdade e à propriedade. Influencia, portanto, as modernas revoluções liberais: [[Revolução Inglesa]], [[Revolução Americana]] e a fase inicial da [[Revolução Francesa]], oferecendo-lhes uma justificação da revolução e da forma do novo governo. Locke costuma ser iincluído entre os empiristas britânicos, ao lado de [[David Hume]] e [[George Berkeley]], principalmente por sua obra relativa a questões [[epistemologia|epistemológicas]]. Em [[ciência política]], costuma ser classificado na escola do [[direito natural]] ou [[jusnaturalismo]]<ref name="BioEducação"/>.