Emirado de Bari: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
ajustes + ligações |
ajustes |
||
Linha 36:
==Antecendentes e primeiros anos==
Bari começou por ser alvo de assaltos de [[pirata]]s [[Piratas da Barbária|berberes]] e [[árabes]] no final de 840 ou início de 841, chegando a ser ocupada brevemente.{{HarvRef|Kreutz|1996|p=25}} Segundo o historiador [[Persas|persa]] do {{séc|IX}} {{ilc|Al-Baladhuri||Ahmad ibn Yahya al-Baladhuri}}, Bari foi conquistada ao [[Império Bizantino]] por {{ilc|Kalfun||Kalfün|Khalfun}}, um ''[[mirwah]]'', — possivelmente um [[Berberes|berber]], servo ou escravo fugido — do emirado [[Aglábidas|aglábida]] de [[Ifriqiya]] ([[África]]) ou dos territórios muçulmanos da [[Sicília]]. A conquista foi vista como pouco importante pelos contemporâneos muçulmanos, tendo sido levada a cabo por uma figura menor sem o apoio de qualquer outro estado muçulmano. Apesar disso, o sucessor de Kalfun, {{ilc|Mufarrag ibn Sallam||Mufarrag}}, enviou pedidos ao [[califa]] [[Abássidas|abássida]] {{ilc|Al-Mutawakkil||Jafar al-Mutawakkil}} em [[Bagdade]] e ao seu governador provincial do [[Egito]] para que lhe fosse atribuído o título de [[uale]] (''wali''; governador de uma província do [[califado]]), o qual acabaria por ser concedido ao seu sucessor.{{HarvRef|Kreutz|1996|p=38}} Mufarrag aumentou a influência muçulmana e expandiu o território do emirado.
==Reinado de Sawdan==
Linha 46:
Em 859, {{Lknb|Lamberto|I|de Spoleto}}, [[Ducado de Spoleto|duque de Spoleto]] juntou-se a Gerardo, conde de {{ilc|Marsos||Marsis}}, Maielpoto, ''[[gastald]]'' de [[Telese Terme|Telese]], e Wandelbert, ''gastald'' de [[Bojano]], para impedir Sawdan de reentrar em Bari depois de uma campanha contra [[Cápua]] e a [[Terra di Lavoro]]. Apesar da batalha que se seguiu ter sido sangrenta, Sawdan conseguiu voltar à sua capital.{{Carece de fontes|data=novembro de 2011}}
O emirado de Bari durou o tempo suficiente para estabelecer relações com os seus vizinhos cristãos. Segundo o ''{{ilc|Chronicon Salernitanum||Chronicum Salernitanum|Crónica de Salerno}}'' (''Crónica de Salerno''), o emirado enviou embaixadores (''legati'') a [[Salerno]], os quais ficaram hospedados no palácio episcopal, apesar do desagrado do bispo.<ref name=Kreutz39 /> Bari também serviu de refúgio a pelo menos um exilado político, um rival do [[Sacro Império Romano-Germânico|sacro imperador romano]] {{Lknb|Luís|II|da Germânia}}, que fugiu da sua terra natal, Spoleto, durante uma revolta. Em 865, Luís, talvez pressionado pela Igreja, sempre desconfortável com um estado muçulmano em Itália, emitiu uma {{ilc|capitularium||capitular}} ([[decreto]]) ordenando aos soldados do norte de Itália que se concentrassem em [[Lucera]] na primavera de 866 para lançarem um assalto a Bari. As fontes contemporâneas são omissas sobre esta força ter chegado a marchar sobre Bari, mas no verão desse ano o imperador visitou a [[Campânia]] na companhia da sua imperatriz [[Engelberga]], tendo sido pressionado veementemente
==Queda==
Linha 60:
Em 870, os muçulmanos de Bari intensificaram os seus [[raide]]s, chegando a devastar a [[península de Gargano]], incluindo o {{ilc|Santuário de Sant'Angelo||Santuário de São Miguel Arcanjo|Santuário de Gargano}} O imperador Luís respondeu atacando o interior dos territórios muçulmanos na [[Apúlia]] e [[Calábria]], mas evitando as povoações maiores, como [[Bari]] e [[Tarento]]. Ao que parece, algumas cidades foram libertas do controlo muçulmano e todos os bandos muçulmanos encontrados foram esmagados. Provavelmente encorajado por estas vitórias, Luís atacou Bari com uma força terrestre de lombardos e francos apoiada por uma frota [[Croácia|croata]] de ''{{ilc|sclavini||Sclaveni|Sklaveni}}s''. Em fevereiro de 871, a [[cidadela]] foi tomada e Sawdan foi capturado e levado para Benevento em cadeias.{{HarvRef|Kreutz|1996|p=45}} O relato que se encontra na obra ''[[De Administrando Imperio]]'' do imperador bizantino [[Constantino VII|Constantino VII Porfirogénito]] sobre o papel determinante dos bizantinos na queda da cidade é provavelmente uma invenção.{{HarvRef|Kreutz|1996|p=173}}
{{Refbegin|sec=Notas}}
{{Tradução/ref|en|Emirate of Bari|456913468}}
<references group=nt />
{{Refend}}
{{Referências|col=3}}
==
*[http://www.oeaw.ac.at/gema/benedicti.htm ''Chronica Sancti Benedicti Casinensis'']
Linha 76 ⟶ 74:
*[[Erchemperto]]. [http://www.oeaw.ac.at/gema/erchempert.htm ''Historiola''] {{Ligação inativa|data=novembro de 2011}}
{{Refend}}
*{{Citar livro|ultimo=Musca|primeiro=Giosuè|ano=1964|título=L'emirato di Bari, 847—871|editora=Università degli Studi di Bari Istituto di Storia Medievale e Moderna. Dedalo Litostampa|lingua2=it|local=Bari|ref=harv}}
*{{cite book|last=Jenkins|first=Romilly|title=Byzantium: The Imperial Centuries, AD 610–1071|publisher=University of Toronto Press|year=1987|isbn=0802066674|ref=harv}}
*{{Citar livro|ultimo=Kreutz|primeiro=Barbara M.|ano=1996|título=Before the Normans: Southern Italy in the Ninth and Tenth Centuries|editora=University of Pennsylvania Press|lingua3=en|isbn=978-0-8122-1587-8|local=Filadélfia|páginas=268|url=http://books.google.com/books?id=qamIQbPLMqgC&printsec=frontcover&dq=isbn:0812215877&hl=en&ei=iOm1ToyNNYbJhAe7-fGkBA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CC0Q6AEwAA#v=onepage&q&f=false|acessodata=5 de novembro de 2011|ref=harv}}
{{Refend}}
{{DEFAULTSORT:Emirado Bari}}
[[Categoria:Puglia]]
[[Categoria:Antigos Estados da Itália|Bari]]
[[Categoria:História do Islão
[[ar:إمارة باري]]
|