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O barroco teve como principal artista do nu a [[Peter Paul Rubens]], cujas figuras femininas robustas e de uma carnal sensualidade marcaram época no conceito estético de beleza do seu tempo, com obras como ''[[As três Graças (Rubens)|As três Graças]]'' (1636-1639) ou o ''[[Juízo de Paris (Rubens)|Juízo de Paris]]'' (1639). Autor de mais de dois mil quadros, talvez seja o artista que mais nus representou na história.<ref>{{Harvard citação sem parênteses|Aguilera|1972|p=200.}}</ref> No lado oposto ao idealismo de Rubens situa-se a obra de [[Rembrandt]], herdeiro das formas arredondadas do nu nórdico de origem gótica, com figuras tratadas de jeito realista, igual de exuberantes que as de Rubens mais mundanas, sem dissimular as pregas da carne ou as enrugas da pele, com um pateticismo que ressalta a crua materialidade do corpo, no seu aspecto mais humilhante e lastimoso.<ref>{{Harvard citação sem parênteses|Clark|1996|pp=326-329.}}</ref> Na Itália destacou-se a obra de [[Gian Lorenzo Bernini]], arquiteto e escultor que encenou a pompa da Roma papal de uma forma suntuosa e grandiloquente, e cujas obras expressam o movimento dinâmico e sinuoso tão próprio do barroco, como no seu ''[[Davi (escultura de Bernini)|Davi lançando a sua funda]]'' (1623-1624) ou ''[[Apolo e Dafne]]'' (1622-1625). Outro grande criador foi [[Caravaggio]], que iniciou um estilo conhecido como naturalismo ou [[caravaggismo]], baseado na estrita realidade natural e caracterizado pelo uso do [[claro-obscuro]] ([[tenebrismo]]) para conseguir efeitos dramáticos e surpreendentes graças à interação entre luzes e sombras.<ref>{{Harvard citação sem parênteses|Aguilera|1972|pp=214-215.}}</ref>
 
Entre Itália e França originou-se outra corrente denominada [[Pintura classicista|classicismo]], igualmente realista mas com um conceito da realidade mais intelectual e idealizado, e onde a temática mitológica evocava um mundo de perfeição e harmonia, similar à [[Arcádia]] romana. Iniciou-se na [[Escola Bolonhessa]], da mão de [[Annibale Carracci]], destacando-se igualmente [[Guido Reni]], [[Francesco Albani]] e [[Nicolas Poussin]].<ref>{{Harvard citação sem parênteses|Aguilera|1972|p=216.}}</ref> Espanha continuou sendo nesta época um país artisticamente casto e recatado, onde o nu via-se com olhos pudorosos, sendo predominantemente de tema religioso, como se percebe na obra de [[Francisco Ribalta]], [[José de Ribera]], [[Francisco de Zurbarán]], [[Gregorio Fernández]] e [[Pedro de Mena]]. Algo mais de liberdade teve [[Diego Velázquez]], sem dúvida pelo seu posto como pintor real, pelo qual do pôde efetuar mais nus que qualquer outro artista espanhol do seu tempo, destacando-se a ''[[Vênus do espelho]]'' (1647-1651), um dos nus mais magníficos e afamados da história.<ref>{{Harvard citação sem parênteses|Clark|1996|p=357.}}</ref>
 
====Rococó====